domingo, 13 de março de 2016

TIAGO: Como Reagir Frente às Provações (parte 3) - AULA 49 - 09-FASE 2 - 16.03.2016.

NAS PROVAÇÕES
4. Como Reagir Frente às Provações (parte 3)

Desafios da semana passada:
Na lição da semana passada, aprendemos sobre duas outras reações que devemos ter diante das provações:

  • Não confiar nas riquezas, que são frágeis e passageiras, mas, sim, em Deus, que é o nosso pai e provedor;
  • Perseverar até o fim. Aquele que persevera e é aprovado será recompensado.
Compartilhe com o grupo como foi sua semana no que se refere aos desafios propostos: qual foi sua avaliação quanto às suas reações frente às provações: você tem confiado em Deus ou em seus próprios recursos? Você tem perseverado até o fim ou desistido no meio do caminho?

Introdução:
Na lição de hoje, encerraremos o tema, abordando a quinta e última reação que devemos ter frente às provações, a partir do que Tiago diz em sua epístola. Vamos relembrar quais são as quatro primeiras?

  1. Com alegria (Tg 1.2-4);
  2. Pedindo a Deus sabedoria, se ela faltar (Tg 1.5-8);
  3. Não confiando nas riquezas (Tg 1.9-11);
  4. Com perseverança (Tg 1.12).
Que o Senhor nos abençoe ricamente!

Desenvolvimento do ensino:

Texto-base: Tiago 1.2-18

5. Tendo uma perspectiva correta a cerca de Deus
É muito comum que, em momentos de provações, tenhamos nossa visão sobre Deus distorcida. A escuridão e a neblina nos envolvem de tal maneira, que não conseguimos enxergar bem o que está ao nosso redor. Jó passava por algo assim, quando disse: “Se tão-somente eu soubesse onde encontrá-lo e como ir à sua habitação! (...) Mas, se vou para o oriente, lá ele não está; se vou para o ocidente, não o encontro. Quando ele está em ação no norte, não o enxergo; quando vai para o sul, nem sombra dele eu vejo!” (Jó 23.3,8,9 – NVI). O coração de Jó estava tão atribulado, que ele passou a pensar que Deus não estava presente, ao seu lado, mas havia se escondido, se tornado indisponível. Como bem sabemos, pelo menos em teoria, isso não é verdade. Davi, em contrapartida a Jó, afirmou: “Tu me cercas, por trás e pela frente, e pões a tua mão sobre mim. (...) Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? Para onde poderia fugir da tua presença? Se eu subir aos céus, lá estás; se eu fizer a minha cama na sepultura, também lá estás. Se eu subir com as asas da alvorada e morar na extremidade do mar, mesmo ali a tua mão direita me guiará e me susterá. Mesmo que eu diga que as trevas me encobrirão, e que a luz se tornará noite ao meu redor, verei que nem as trevas são escuras para ti. A noite brilhará como o dia, pois para ti as trevas são luz” (Salmo 139.5,7-12 – NVI). Davi tinha consciência de que, onde quer que estivesse e seja lá por qual situação estivesse passando, Deus estava ao seu lado, o guiando e sustentando. Mesmo que a luz se transformasse em trevas ao seu redor, Davi confiava que Deus o estava vendo e não o tinha abandonado.

  1. Você já se percebeu com uma visão distorcida a cerca de Deus em meio a uma tribulação? Deus já lhe pareceu estar longe e desinteressado?
Escrevendo a cristãos que passamo por provações, Tiago ensina sobre a perspectiva correta que se deve ter a cerca de Deus em momentos como esse. Dois pontos, quanto a isso, podem ser destacados.

a. Deus nos prova, mas não nos
tenta. Somos tentados pelo mal que habita em nós
Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte (Tg 1.13-15).

Até Tiago 1.12, o tema abordado pelo autor é provação. Entretanto, de repente, a palavra usada passa a ser tentação. Estariam falando essas duas palavras da mesma coisa? Não. As palavras gregas referentes a “provação” e “tentação” até são semelhantes, mas têm significados diferentes. Provação diz respeito a aflições externas, enquanto que tentação fala de uma atração interna pelo pecado. O que Tiago quer mostrar a seus leitores, nesse ponto, é que algumas provações podem ser acompanhadas de tentações ou, até mesmo, que podemos transformar provações em tentações ao agir de maneira imatura. Segundo Hernandes Dias Lopes, pastor presbiteriano, isso pode se dar da seguinte maneira: “quando passamos por dificuldades, somos tentados a questionar o amor e o poder de Deus. Então, Satanás oferece um caminho para escaparmos das provas. Essa oportunidade é uma tentação” (Tiago, transformando provas em triunfo; p. 25).

Outra importante diferença entre provação e tentação que precisa ser destacada é: as provações são testes enviados por Deus com o objetivo de nos santificar e fortalecer; tentações são armadilhas enviadas por Satanás para nos derrubar e enfraquecer. Por isso, conforme diz Tiago, não se pode creditar uma tentação a Deus, ou seja, Deus não pode ser responsabilizado por uma tentação ocorrida em meio a uma provação. Deus prova; Satanás tenta. Sendo assim, quando formos provados por Deus e cairmos em uma tentação que surgir, não poderemos culpar a Deus e, assim, nos desculparmos pela nossa queda.

Apesar de falarmos de Satanás como tentador no parágrafo acima, não é a ele que Tiago dá destaque no texto. Conforme Tiago, existe um tentador que nos acompanha constantemente, qual seja, um impulso para o mal que habita dentro de nós, a que ele chama de cobiça. Cobiça, não necessariamente, se refere a um desejo mal e impuro. Todavia, se um desejo legítimo não for controlado, ele pode se transformar em algo pecaminoso. A partir disso, pode-se dizer que nem o diabo deve ser responsabilizado por nossas derrotas. Como mostra o episódio da queda (cf. Gn 3), somos os grandes responsáveis pelas escolhas que fazemos.

A cobiça, segundo Tiago, é o primeiro de um processo de queda. Para ele, o pecado não é apenas um ato, mas um resultado de uma conjugação de fatores. Primeiramente, a cobiça atrai e seduz a pessoa. A idéia presente aqui é originada da pesca. A cobiça é semelhante a um anzol com uma isca. A vítima é atraída pela isca e, mordendo-a, é fisgada e arrastada pelo anzol. Posto isso, Tiago muda de figura: da pesca para a gravidez. Prevalecendo a cobiça, há a concepção e o nascimento de um bebê, o pecado, o qual, tendo nascido, produz a morte. Conforme diz Paulo, em Romanos 6.23: “o salário do pecado é a morte”.

  1. Você entendeu a diferença entre provação e tentação?
  2. Você já culpou a Deus por alguma queda decorrente de uma tentação?
  3. Você reconhece que é habitado por desejos maus? Já se sentiu atraído e seduzido por eles, ou seja, empurrado por eles na direção do pecado?
b. Deus é benevolente e imutável
Não vos enganeis, meus amados irmãos. Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança. Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas (Tg 1.16-18).
  Tiago, neste contexto, está tão preocupado com a perspectiva dos seus irmãos atribulados a cerca de Deus, que diz: “não se enganem, meus amados irmãos!”. Se Deus, por um lado, não nos tenta, ou seja, não nos dá coisas más, por outro, também não se mantém neutro. O texto diz que Ele é a fonte de todas as coisas boas que nós temos. E não apenas isso, mas que o seu caráter benevolente é imutável. Jesus disse: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” (Mt 7.11). Sendo assim, o cristão, além de não poder culpar e responsabilizar a Deus por suas quedas e derrotas, tem que ter a consciência de que todo o bem que alcança lhe é dado por Deus e que Ele quer nos dar boas coisas. Daí, conclui-se: com a provação, Deus não deseja o mal a ninguém, mas, pelo contrário, o bem (esse será o tema da próxima lição). Para Deus, conforme o versículo 18, nós somos as primícias das criaturas, ou seja, o que há de mais importante na criação.

  1. Você reconhece que tudo o que tem de bom lhe foi dado por Deus?
  2. Você consegue perceber as boas intenções de Deus por trás das provações?
Conclusão e Desafios:
 Na lição de oje, aprendemos muitas coisas importantes:

  1. Provação diz respeito a aflições externas; tentação a uma atração interna pelo pecado;
  2. As provações são testes enviados por Deus com o objetivo de nos santificar e fortalecer; tentações são armadilhas enviadas por Satanás para nos derrubar e enfraquecer;
  3. Somos tentados pela nossa cobiça. A cobiça nos leva ao pecado, o qual nos leva à morte;
  4. Deus é a fonte de todo o bem que temos e o seu caráter benevolente é imutável.

Nesta próxima semana, medite no que você aprendeu e aplique à sua vida:

  1. Nunca culpe a Deus por suas quedas e derrotas nas provações. Aliás, não culpe nem o diabo. O responsável é você;
  2. Esteja atento à cobiça que habita em você. A cobiça é que o leva ao pecado;
  3. Nunca duvide do caráter benevolente e imutável de Deus.

                       IGREJA BATISTA DO CALVÁRIO – SÃO JOÃO DO PARAÍSO - MG
                                                              www.ibatistacalvario.com.br

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