quarta-feira, 30 de abril de 2014

O Neopentecostalismo e a ética cristã

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Por Johnny Bernardo

“Crédito ou débito? - Quem pergunta é o pastor da Igreja Internacional da Graça de Deus que recolhe o dízimo e outras doações munido da máquina para registrar operação com cartão de crédito."

O trecho acima introduz a matéria Templo é dinheiro, da jornalista Sarah Corazza, da revista paranaense Ideias. A matéria é resultado de um mês de visitas a templos neopentecostais de Curitiba, quando a autora constatou que os “neopentecostais fazem sucesso de público e de bilheteria.” Segundo Corazza, houve um tempo em que Curitiba era conhecida como a “cidade das farmácias”, dada a quantidade de farmácias por metro quadro. Hoje a realidade é outra: são os templos neopentecostais que chamam atenção.

Presentes na capital paranaense desde pelo menos o começo dos anos 80, uma das que mais se destacam é a IURD, que, segundo a reportagem, adquiriu a antiga fábrica Matte Leão para abrigar o seu rebanho que não para de crescer. A jornalista atribuí tal façanha ao crescimento desenfreado e ambicioso dos cofres da instituição.

“Logo se vê que as neopentecostais fazem sucesso não apenas de público, mas também de bilheteria. É incalculável o que arrecadam diariamente. O suficiente para abrir templos e também para financiar o proselitismo eletrônico que ocupa boa parte do horário televisivo e radiofônico. Isso custa dinheiro. Muito dinheiro. Tanto que a Universal do Reino de Deus, do financista e bispo Edir Macedo, comprou a sua própria rede de televisão.” [1]

O que vemos em Curitiba se perpetua por todo o país e atravessa as fronteiras, com adeptos nos EUA, Europa e também nos países abaixo do Saara. Não apenas a IURD, mas também boa parte das igrejas neopentecostais vivem o bom da ignorância de milhares de brasileiros que diariamente peregrinam para seus templos em busca de cura e prosperidade. São massas sem doutrina que orbitam em torno de crendices populares e sessões de descarrego da Igreja Universal, passando pelas campanhas do sabonete ungido da Graça de Deus e do lenço abençoado do Valdomiro. Isaltino Gomes Coelho completa.

“As igrejas neopentecostais, e a IURD é o maior exemplo, não são compostas de pessoas envolvidas em uma Koiononia cristã. A maior parte não se conhece. Não há um projeto eclesiástico comum aos frequentadores, que são apenas clientes que buscam uma resposta mágica para seus problemas”. [2]

Essas igrejas, diria Antonio Gouveia Mendonça em sua obra “O Neopentecostalismo, Excerto de Estudos da Religião”, são controladas por pessoas ou por grupos sem dever para com os clientes, a não ser passar-lhes um produto, normalmente sob contribuição financeira. São usuários sem os direitos e sem um procon ao qual recorrerem. Consomem o produto, mas não têm poder de ingerir no sistema.

De acordo com o sociólogo Ricardo Marinho, autor de “Neopentecostais – Sociologia do Novo Pentecostalismo no Brasil” -, “a preocupação dos neopentecostais é com esta vida. O que interessa é o aqui e o agora”. Essa citação consta da matéria “Evangélicos, quem são eles, por que crescem tanto e o que essa expansão significa para o Brasil e para o mundo”, publicada em fevereiro de 2004 pela revista Super Interessante. Nela, o jornalista Sérgio Gwevman faz uma análise do crescimento dos evangélicos brasileiros e atribui ao Neopentecostalismo um papel central nessa expansão. Uma das características do proselitismo praticado pela IURD, segundo Gwevman, é a atribuição aos demônios boa parte dos males que atingem os fieis.

“Para os neopentecostais, os homens não são responsáveis pelos atos de maldade que cometem: é o Diabo que os leva a pecar. Numa sessão de descarrego da Igreja Universal, o pastor explicou que, se o fiel enfrenta um problema há mais de três meses, é provável que esteja carregando um encosto. ‘Se a dificuldade completar um ano, daí não há dúvida: a culpa é do demônio’, disse a congregação. Ele não se referia só a entraves financeiros ou comportamentais. A receita vale para tudo, inclusive para doenças incuráveis. Assim, expulsar o demônio do corpo é a receita única para todos os males, de casamento infeliz até câncer no pulmão”. [3]

Wemerson Marinho, em sua análise “Pontos Discutíveis do Movimento Neopentecostal” levanta estas e outras questões relacionadas ao sistema litúrgico e isolamento espiritual que são submetidos os frequentadores das igrejas neopentecostais. Ele cita, entre outras coisas, a falta de uma liturgia eclesiástica e a pouca atenção dada às Escrituras Sagradas como a única regra de fé e conduta.

“Os neopentecostais afirmam que a Bíblia é a Palavra de Deus e, com isto, nós concordamos. Mas para eles, a palavra dos “profetas”, dos visionários, também é a Palavra de Deus. E, por isto, baseiam suas vidas e suas doutrinas também em visões, ‘novas revelações’ e em experiências místicas.” [4]

Esse é o ponto “x” da questão colocada pela maioria dos estudiosos do movimento, ou seja, a falta de uma doutrina sólida acompanhada de um discipulado sistêmico e bíblico. Há casos de indivíduos que se deixam batizar por mais de cinco vezes nos templos da IURD por acreditar que tal prática irá “purificá-lo por completo” (sic) como se as águas batismais possuíssem qualquer poder a não ser o simbolismo que proporciona aos verdadeiros nascidos da água e do Espírito.

É a falta de uma hermenêutica sadia a causa da maioria das crenças e práticas impuras praticadas pela liderança da IURD, segundo conclui o dossiê “Análise da Teologia e Práxis da Igreja Universal do Reino de Deus” publicado pela Igreja Presbiteriana do Brasil e que se encontra disponível no livro “Igreja Universal do Reino de Deus – Sua doutrina e prática” (S. Paulo: Editora Cultura Cristã, 1997 p. 28). O documento faz a seguinte afirmação com relação à maneira como os líderes da IURD interpretam as Escrituras.

“O método de interpretação das Escrituras utilizado por bispos e pastores da IURD consiste em geral numa atualização ou transposição das experiências religiosas de personagens bíblicas para os dias atuais. Isto ocorre em virtude do que entendem ser a Bíblia. Macedo não parece ver a Bíblia como a revelação proporcional de Deus, mas como um livro de experiências religiosas, que começa com Israel no Velho Testamento e termina com a humanidade em Apocalipse, experiências estas que podem ser repetidas nos mesmos moldes, nos dias atuais.

Assim, a repetição ou re-encenação de episódios e eventos bíblicos é utilizada como ferramenta que lhes permite usar as Escrituras como base de sua prática... Por exemplo, assim como Noé fez uma aliança com Deus, podemos nós também fazê-la. Assim como Josué cercou as muralhas de Jericó e ao som de trombetas elas caíram, assim podemos cercar as muralhas das dificuldades e problemas e derrubá-los em nome de Jesus (usando uma trombeta de plástico e uma muralha de isopor). A vara que Moisés usou, o cajado de Jacó, os aventais de Paulo – todas estas coisas, e muitas outras tiradas das histórias bíblicas, se tornam tipos da utilização de apetrechos semelhantes, aos quais é atribuída (apesar das negações em contrário) algum valor espiritual na resolução de problemas”. [5]

Leonildo Campos, usado como referência pelo dossiê, faz coro ao dizer que a Bíblia é muito mais que um depósito de símbolos, alegorias e de cenas dramáticas ou até um amuleto para exorcizar demônios e curar enfermos do que a Palavra de Deus, encarada por outros protestantes como “regra de fé e prática”, e para os fundamentais, a “regra infalível”. Campos é autor do livro “Teatro, Templo e Mercado” (S. Paulo: Simpósio Editora, 1999, p. 82) onde faz uma análise do uso da fé como instrumento de riqueza pelas igrejas neopentecostais e demais grupos positivistas.

Superficialidade e engodo psicológico

Devido à ênfase na liturgia envolvente, curas e exorcismos, os neopentecostais são na sua maioria superficiais na fé e no conhecimento das Escrituras, segundo expõe Marinho em “Pontos Discutíveis do Movimento Neopentecostal”. Não somente isso, mas também a falta de uma doutrina bíblica e discipulado fazem com que os indivíduos que recorrem aos templos neopentecostais permaneçam ignorantes em suas crendices e continuem a praticá-las. Nesse ponto, a IURD se assemelha ao catolicismo ao incorporar todo tipo de religiosidade oferecendo-lhe valores cristãos, ao mesmo tempo em que libera seus dizimistas para que frequentem outros locais de culto e não tenham que se submeter aos princípios bíblicos e cristãos.

Por outro lado, existe uma tentativa de “isolamento” desses indivíduos, tirando-lhes sua capacidade de discernimento e/ou compreensão dos fatos que ocorrem em seu entorno. Um exemplo disso é o uso da psicanálise nas reuniões da IURD, como revela o artigo A ciência dos transes (Época, 28 de abril, 2003) que compara as práticas neopetencostais aos princípios psicológicos defendidos por Emile Durkhein (autor do estudo sobre a função dos transes nas sociedades primitivas) e o neurologista Jean-Martin Charcot (que mostrou como as técnicas de hipnose induzem as incorporações de “espíritos”). Na matéria, a revista cita uma declaração de uma ex-fiel da Igreja Universal que revela como os bispos e seus auxiliares aprendem a induzir o transe.

“Quando a pessoa está tonta, fica mais aberta para manifestar os demônios”, diz a obreira Aparecida Santos, ex-fiel da Igreja Universal, atualmente na Igreja Internacional da Graça de deus. Ela costuma pôr a mão na cabeça dos fieis e fazê-la rodar. Outro recurso que funciona é tocar músicas altas no teclado, com acordes bem tenebrosos. ‘Porque o demônio não gosta de silêncio’, explica a obreira. Aparecida aprendeu as técnicas do exorcismo na Universal, onde passou cinco anos como auxiliar de pastores.” [6]

Outro recurso utilizado pela IURD é o chamado “Jejum dos 21 dias” período em que os fieis devem se concentrar nos discursos da igreja e se isolar do mundo externo, sendo proibidas de ter acesso a qualquer tipo de informação, seja por meio de jornais, sites, rádio ou televisão. “O Bispo Romualdo e os pastores têm sugerido acessar apenas o blog do Bispo Macedo onde haverá textos para meditação nesse período de Jejum”, revela o frequentador Alexandre Fernandes em uma página da web.

O objetivo do “jejum da separação”, segundo os líderes da IURD, é a busca de uma vida espiritual equilibrada. No site IURD.pt encontramos a seguinte afirmação.

“O jejum, para muitos, indica apenas o abster-se da bebida e da comida, e esse é o jejum normal. Já o santo jejum não está relacionado só com isso. E o que é que o/a impede de estar em espírito? Por exemplo, ler livros ou revistas que não falem de Deus, ouvir músicas ou notícias que não falem de Deus, ou seja, que não o/a conectem a Ele e não alimentem o seu espírito.

Iremos fazer um jejum que inclui não assistir televisão, não usar a Internet, não ler revistas e livros, etc. Vamos orar três vezes por dia, de manhã, à tarde e à noite, e você vai fazê-lo e vai-se santificar, fortalecer e investir no seu espírito, para que seja cheia d’Ele”

Apesar do objetivo aparentemente louvável da Igreja Universal, existe por trás um engodo psicológico perigoso e que nos remete aos grupos conhecidos como “seitas destrutivas”. Tais segmentos recrutam novos discípulos com promessas de cura, prosperidade e encontro com Deus. Uma vez fisgado, o indivíduo é convidado a se juntar à igreja e se afastar de tudo que possa impedi-lo de desenvolver sua espiritualidade, como familiares e amigos próximos. A partir de então ele passa a pertencer à comunidade, isolando-se física e psicologicamente do mundo exterior. Nestas condições, a manipulação ou lavagem cerebral torna-se fácil, fazendo com que o novo discípulo concorde em entregar suas economias e se dedicar exclusivamente à comunidade religiosa, desenvolvendo atividades que beiram ao “escravismo”. É o caso da Seita do Rev. Moon, a Família (antiga Meninos de Deus), o Templo dos Povos etc.

A Igreja Deus é Amor, com toda sua ritualística e imposição doutrinária, promove algo semelhante ao submeter seus membros a um fanatismo cego e quase doentio, proibindo-lhes de assistir televisão, participar de festas ou mesmo ir à praia. O motivo pelo qual não há uma modernização nos padrões doutrinários da Igreja deve-se ao fato de que submetidos ao manto do fanatismo seus membros continuarão a ofertar e seguir fielmente os desmandos de seu líder máximo, o missionário David Miranda.

Na IURD, apesar da não-obrigatoriedade de se desenvolver uma vida religiosa pautada em usos e costumes, há problemas sérios relacionados às campanhas de prosperidade, como a fogueira santa que todos os anos arrecada milhões de reais e deixa famílias desamparadas, com a entrega quase que total de suas propriedades. Sendo não poucos os casos de ex-fieis que recorrem à justiça para reaver seus bens, com a alegação de indução ao erro.

Ausência da ética cristã

O maior problema relacionado às igrejas neopentecostais, e a IURD é o principal exemplo, é a ausência da ética cristã. Ela compreende diversos aspectos, desde a questão doutrinária até princípios morais defendidos pelo cristianismo bíblico. Augustus Nicodemos define a ética cristã nos seguintes termos:

“A ética cristã, em resumo, é o conjunto de valores morais total e unicamente baseado nas Escrituras Sagradas, pelo qual o homem deve regular sua conduta neste mundo, diante de Deus, do próximo e de si mesmo. Não é um conjunto de regras pelas quais os homens poderão chegar a Deus – mas é a norma de conduta pela qual poderá agradar a Deus que já o redimiu. Por ser baseada na revelação divina, acredita em valores morais absolutos, que são à vontade de Deus para todos os homens, de todas as culturas e em todas as épocas.”

A ética cristã pressupõe defesa dos bons costumes, da moral e de uma vida pautada nas Escrituras Sagradas. Aí temos a questão da defesa da vida, da família e da sociedade como pertencentes a Deus. Questões como o casamento e o aborto são uma das problemáticas quando comparamos a IURD a outras denominações cristãs. Com base em fatos puramente comerciais (digo “comerciais” no sentido literal da expressão), a IURD deixou de ver a vida como elemento máximo das decisões humanas, para transformá-la em uma oportunidade de negócio. A defesa do aborto nada mais é do que uma estratégia, um meio encontrado pela igreja para atrair católicos descontentes com sua religião. É com base em tais parâmetros que a Igreja Universal se define, delineando para o mundo que tipo de indivíduos frequentam seus templos.

São esses mesmos indivíduos que traem seus cônjuges, segundo pesquisa realizada pelo BEPEC – Bureau de Pesquisa e Estatística Cristã. De acordo com o estudo, a porcentagem de neopentecostais que afirmam terem alguma vez praticado infidelidade conjugal é de 26,51%, contra os 21,43% de pentecostais. Os dados revelados pela pesquisa comprovam que a ausência de um discipulado eficiente e ética cristã nas igrejas neopentecostais, resultam em uma massa crua e sem vida composta por indivíduos das mais diferentes confissões religiosas que procuram seus templos atraídos pela propaganda de prosperidade e cura divina. Uma nova reforma se faz mais que urgente.

Notas:

1. CORAZZA, S. Templo é Dinheiro, Curitiba. Revista Ideias, maio de 2011
2. COELHO, I.G. Neopentecostalismo, Campinas – SP. Palestra ministrada em abril de 2004 na Faculdade Teológica de Campinas.
3. MARINHO, R. Evangélicos, quem são eles, por que crescem tanto e o que essa expansão significa para o Brasil e para o mundo. São Paulo – SP. Revista Super Interessante, fevereiro de 2004, pág. 55
4. MARINHO. W. Pontos Discutíveis do Movimento Neopentecosta. Ipatinga – MG.
5. Comissão Permanente de Doutrina da Igreja Presbiteriana do Brasil. Igreja Universal do Reino de Deus – Sua Teologia e Sua Prática. S. Paulo: Editora Cultura Cristã, 1997, p. 28
6. A Ciência dos Transes. São Paulo – SP. Época, abril de 2003 págs. 73 e 74
7. NICODEMOS A. Ética Cristã. São Paulo – SP. O Tempora, O Moraes, 2010.

Fonte: NAPEC 
Fonte: http://bereianos.blogspot.com.br/2012/10/o-neopentecostalismo-e-etica-crista.html#.U2GiXIFdXV4

Igreja da Lagoinha: Um Celeiro de Heresias

  
Por Thiago Oliveira


A Igreja Batista da Lagoinha ficou famosa em todo o Brasil devido ao grupo Diante do Trono, ministério de louvor da igreja liderado por Ana Paula Valadão, filha do então Pastor Márcio Valadão. A igreja tem a sua linha assumidamente pentecostal desde os anos de 1960. O pastor José Rego, o primeiro pastor da Lagoinha, pregava que o batismo com o Espírito Santo era uma experiência distinta da conversão e era adepto da glossolalia. Em 1964, a Convenção Batista excluiu a Igreja da Lagoinha do seu rol.

O pastor Márcio Valadão, que hoje se denomina apóstolo, chegou ao pastoreio em 1972 e foi o responsável pelo projeto expansionista da Lagoinha. Chegou a abrir diversas congregações. Uma de suas “filhas” é a Igreja Batista Getsêmani, liderada pelo pastor Jorge Linhares, autor de um livro herético intitulado “Benção e Maldição”.

No entanto, fica evidente que o “boom” da Igreja da Lagoinha está estritamente ligado ao grupo Diante do Trono. Este ministério de louvor que gravou seu primeiro CD em 1998, logo se tornaria uma potência da crescente indústria gospel com os álbuns seguintes “Águas Purificadoras” (2000) e “Preciso de Ti” (2001). O projeto inicial era gerar receita para investir no combate à prostituição infantil na Índia. Porém, o sucesso foi tão rápido que logo fez do ministério um dos expoentes da música cristã contemporânea. Hoje é o maior grupo de louvor da América Latina, com milhões e milhões de discos vendidos, além de vários prêmios musicais.

Não demorou para que as músicas do Diante do Trono tivessem espaço nos cultos de diversas denominações. Suas canções eram carregadas de emoção, falavam sobre a dependência do homem e incentivavam a busca por Deus. Todavia, pessoas mais atentas já haviam notado alguns equívocos teológicos em suas letras. Temos o exemplo de “Vitória na Cruz” que tem no mínimo dois erros: 1. Diz que o Diabo e o Inferno festejaram a morte na cruz. 2. Diz que Jesus tomou as chaves do Inferno da mão do Diabo. Bem, o Inimigo não comemorou a morte na cruz, pelo contrário, ele tentou Jesus para não ir até ela, pois sabia bem que o Filho de Deus triunfaria no madeiro. E a outra coisa é: Satanás nunca teve as chaves de coisa alguma, ele nunca foi dono de nada. Não existe respaldo bíblico para tais afirmações.

Com a consolidação do Diante do Trono no cenário nacional, houve um forte investimento midiático, hoje a Igreja da Lagoinha tem o seu próprio canal de televisão, a Rede Super, e lá vincula seus cultos e também os diversos congressos realizados pelo Centro de Treinamento Ministerial Diante do Trono. Foi justamente com esse espaço midiático que as heresias desse ministério começaram a repercutir. Coisas muito estranhas como o episódio em que a Ana Paula engatinhou como um leão, dizendo que estava recebendo uma nova unção. Vale ressaltar que o uso do termo unção no Novo Testamento está vinculado ao fato de termos recebido a Cristo no ato da conversão e seu Espírito se faz presente em nós (1 Jo 2: 20 e 27). 

Talvez o maior agravante tenha sido o ocorrido nesse último feriado de Páscoa. Ana Paula Valadão protagonizou um tal de ato profético que só vendo para crer:


Meu Deus! O que foi isso? O que são aquelas danças? O “aviãozinho” da Ana Paula muito se assemelha aos movimentos dos terreiros de umbanda. Tais atos proféticos não tem base neotestamentária. O que acontecia no Antigo Testamento, com o movimento profético era puramente didático (não tinha poderes místicos) e geralmente apontava ou para Cristo ou para o juízo de Deus sobre Israel. Ademais, hoje Deus não nos fala por meio dos profetas, mas sim através da revelação de seu Filho:

Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.” (Hebreus 1:1-2)

Engraçado é ver no vídeo que “apóstolos” estão transferindo o poder para a outra geração. Mas acontece que  apostolado cessou no século primeiro. Indo para a Bíblia vemos que para exercer o ofício apostólico existiam duas condições: 1. O apóstolo tinha que ser testemunha ocular da ressurreição de Cristo (Atos 1:2-3, 1:21-22, 4:33 e 9:1-6; 1Co 9:1 e 15:7-9). 2. O apóstolo tinha que ter sido comissionado diretamente por Jesus (Mt 10:1-7, Mc. 3:14, Lc 6:13-16, At 1:21-26, Gl 1:1 e  1:11-12 ). Não existe nenhuma condição bíblica para crer que o ofício apostólico é válido em nossos dias, até porque, quem chamou os apóstolos contemporâneos? Quais os requisitos de seu apostolado? Quantos são os apóstolos nos dias atuais? Basta se auto-intitular? 

Infelizmente vi, nas redes sociais, diversas pessoas dizendo que não enxergaram nada demais no dito ato profético e que sentiram uma forte emoção durante a encenação. Pobre da igreja que coloca as emoções pessoais a frente das Escrituras. Lembrem-se de que a Bíblia é um livro que foi inspirado pelo Espírito Santo, sendo assim, ele nunca iria impelir alguém a encenar ou agir algo que não tem o respaldo da Palavra. Lembro de Jeremias 28, lá o falso profeta Ananias fez um grande estardalhaço, falando que o jugo da Babilônia seria quebrado em 2 anos e Judá estaria livre. Para isso ele arrancou o jugo de madeira do pescoço do profeta Jeremias (seria um ato profético?). Então Deus ordenou que Jeremias falasse a Ananias que ele quebrou um jugo de madeira, mas o Senhor iria por um de ferro e todos iam ter que se submeter a Nabucodonozor, rei babilônico. Também afirmou que o falso profeta morreria por ter feito o povo crer numa mentira. E tal como profetizou Jeremias, assim aconteceu.

Como se não bastasse as invencionices da líder do Diante do Trono, agora a Igreja da Lagoinha tem um outro expoente tão polêmico e equivocado como a Ana Paula Valadão tem se portado. É o tal do Pastor Lucinho Barreto, que ganhou fama após ter uma imagem sua “cheirando” a Bíblia exposta na internet. Ele se diz uma referência para a juventude evangélica brasileira e promove “loucuras por Jesus”. Sua teologia é infundada, todavia, suas pregações são muito visualizadas no YouTube. Realmente o Lucinho tem sido venerado.

A heresia da vez foi ter falado que Deus criou esposas para Caim e Abel assim como criou Eva para Adão (veja aqui). Sinceramente, esta é uma tremenda de uma sandice. Como alguém que se diz pastor defende algo que não é bíblico, como sendo uma verdade? Gênesis 5:4 diz que Adão gerou filhos e filhas e isso nos dá respaldo para dizer que Caim e Abel casaram com irmãs ou sobrinhas, e que naquele contexto o incesto não era pecado. Por mais bem intencionado que seja o Lucinho, isso não serve como desculpa para distorcer a Palavra de Deus como ele vem fazendo. Uzá foi fulminado por tocar na arca da aliança, algo proibido. Ele fez isso quando os bois tropeçaram (2 Samuel 6:6-7), talvez com a intenção de livrá-la de uma possível queda, mas Deus não o poupou. Por mais “irrelevante” que seja a doutrina, Lucinho peca por não fazer das Escrituras a sua fonte de revelação, embasando seus argumentos em mero achismo. 

Não há dúvidas de que a Igreja Batista da Lagoinha tem se tornado um verdadeiro celeiro de heresias e como isso é ruim. Gostaria muito de não ver o que vi e nem ouvir o que ouvi, todavia, diante do que ouço e do que enxergo, não me calarei e me posicionarei em defesa da Palavra. Cabe a mim clamar a Deus por misericórdia: Misericórdia Senhor, para que eu não venha a cometer os erros que hoje denuncio. E misericórdia para a liderança da Lagoinha, que eles possam se voltar a sã doutrina, abandonada faz tempo, trazendo-lhes condenação. Ajuda Senhor. Preciso (realmente) de ti!

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Divulgação: Bereianos Fonte: http://bereianos.blogspot.com.br/2014/04/igreja-da-lagoinha-um-celeiro-de.html

quarta-feira, 16 de abril de 2014

O trabalho mais duro do mundo: bela campanha para o dia das mães



Se você visse uma lista de exigências para uma vaga de emprego chamada de "Diretor de Operações", com os seguintes itens: jornada de 135 horas por semana; trabalhar em pé a maior parte do tempo; habilidades de culinária, medicina e economia; gestão de crise; sem hora certa para dormir ou comer; e o mais importante, sem receber nenhuma remuneração, você toparia?
Parece um trabalho brutal, não é? A vaga de emprego foi visualizada por milhares de candidatos neste site e teve 24 concorrentes efetivos. Depois de passar pela absurda lista de exigências, eles reclamaram: "quem faria tanto trabalho de graça?". Surge a sacada genial e a choradeira dos participantes começa. Simplesmente porque essa é a descrição das tarefas de uma mãe.
Todos sabemos do que uma mãe faz - e é capaz de fazer - por um filho. Mas quando essas tarefas são descritas e enumeradas, nos damos conta de que centenas de milhões de mulheres mundo afora fazem esse trabalho todo dia sem receber um tostão em troca. Um dos candidatos exclama: Vou telefonar para minha mãe ainda hoje". A campanha é da empresa de cartões virtuais cardstore.com. Lindo, né?
PS - Aproveito o post para agradecer à dona Maria Nisz, minha mãe. (vi no Huffington Post Canadá)
Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/blogs/vi-na-internet/o-trabalho-mais-duro-mundo-bela-campanha-para-200808310.html

terça-feira, 15 de abril de 2014

Conselho de pastores lança campanha por um Brasil melhor

 Entre os dias 8 e 10 de abril o Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (Cimeb) reuniu líderes evangélicos de diversas denominações para uma campanha em favor do país. Presidido pelo pastor Silas Malafaia, o Cimeb deu início à campanha “2014 Igreja Orando e Agindo, Brasil Mudando”.

O projeto não tem viés político, e não pretende apoiar e nem atacar os candidatos das eleições deste ano. A reunião aconteceu em Curitiba (PR) e Malafaia fez algumas considerações sobre este projeto, lembrando da importância do evangélico exercer sua cidadania.

No texto o pastor presidente da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) cita Jeremias 29 lembrando da passagem que Deus pediu para que o seu povo produzisse, crescesse e orasse pela terra que não era deles. “Se Deus ordena ao povo fazer estas coisas em uma terra estranha, que dirá na sua própria terra!”, escreveu o pastor. “Temos responsabilidade com a nossa nação, o bem estar dela passa por nós.

Somos cidadãos como qualquer outro, temos direitos e deveres, e temos que influenciar em todas as áreas com nossas crenças e valores”, diz Malafaia. A campanha de oração começou com os líderes e agora deve se estender para todos os evangélicos do país. Ao longo do ano diversos eventos deverão ser marcados com o propósito de ajuntar intercessores para clamar a Deus por um país melhor.
Fonte: http://www.verdinhoitabuna.com.br/2014/04/conselho-de-pastores-lanca-campanha-por.html

domingo, 13 de abril de 2014

Usuários do Facebook lançam campanha contra cantores gospel

No meio evangélico há diversos críticos que condenam as letras cantadas pelos principais cantores do gospel nacional. Os erros teológicos e interpretações questionáveis de passagens bíblicas geram muita polêmica nas redes sociais. 

A página do Facebook “Reforma que passa” lançou uma campanha para denunciar esses cantores que na visão dos seguidores da fanpage são “hereges”. Usando a campanha contra o abuso de mulheres – que divulgava a hashtag #eunãomereçoserestuprada – como modelo, os evangélicos criaram a versão “#eunãomereçoouvir” deixando que os internautas completem a frase citando um cantor. 

O primeiro a postar mostrou a foto com um cartaz dizendo “Eu não mereço ouvir Thalles” em seguida diversas fotos foram enviadas para os administradores da página. Entre os artistas citados estavam Regis Danese, Damares, Diante do Trono, Ana Paula Valadão, Fernanda Brum, Cassiane e outros. 

Até mesmo pastores foram citados como Silas Malafaia, Sarah Sheeva, Samuel Ferreira e Marco Feliciano. Mas há cartazes mais criativos como um internauta dizendo “Sou Malaquias 3:10 #eu não mereço ser deturpado” e outro com “eu não mereço ouvir a teologia da prosperidade”.
Fonte: http://www.verdinhoitabuna.com.br/2014/04/usuarios-do-facebook-lancam-campanha.html

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Padre é indiciado por estupro e tortura de três mulheres na França

Um padre integrista foi indiciado e preso pela justiça francesa, que o acusa de atos de barbárie, tortura e estupro de três mulheres, todas professoras em um colégio católico particular na periferia de Paris.

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Membro de uma comunidade ligada à extrema-direita, a Fraternidade São Pio X, e ex-diretor de um colégio de Goussonville, perto de Paris, o sacerdote é suspeito de ter estuprado em 2010 as três professoras, e de tê-las submetido a atos de violência e humilhação.
O padre, de 40 anos, foi preso na quarta-feira, informou a promotoria de Versalhes, que não divulgou mais detalhes alegando respeito às vítimas.
Segundo a imprensa francesa, o padre teria utilizado sua influência espiritual para abusar sexualmente de uma das mulheres, submetendo-a a um exorcismo antes do ato sexual. As outras duas teriam passado pelo mesmo ritual, que incluía objetos cortantes como tesouras. Indagado, o padre afirmou que teve o consentimento das vítimas.
Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/padre-%C3%A9-indiciado-estupro-tortura-tr%C3%AAs-mulheres-fran%C3%A7a-134747527.html

terça-feira, 8 de abril de 2014

' EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE '

    ‘EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE’
“Eu sei que o meu Redentor vive e que por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19,25)
    Estas palavras não foram ditas por alguém que estivesse “vendendo saúde”, ou cercado de filhos alegres e saudáveis. Não, o texto diz que Jó, o autor destas palavras, estava tomado de uma grave enfermidade, ferido que foi por uma chaga maligna pelo próprio satanás. E isto depois de perder os filhos e propriedades. Estas palavras foram ditas, repito, por um homem que era sincero, reto e temente a Deus. Não obstante ser temente a Deus experimentou, de maneira cruel, um sofrimento atroz. Nem sempre o crente tem boa de saúde, embora seja reto e temente a Deus. Nem sempre o crente é livre das tentações do inimigo, embora sirva a Deus com fidelidade e amor. O que maravilhoso em todo o texto do Livro de Jó é saber que ele cultuava ao Senhor, buscava o Senhor e tinha comunhão com Ele. Jó sabia que por fim a vitória viria, pois de qualquer maneira estava nas mãos de Deus.
    A declaração de Jó “Eu Sei” nos faz pensar em Paulo, que também sofrendo podia dizer “Eu sei em quem tenho crido”. Isto é, “estou nas mãos de Deus e o que ele mandar pra mim, me deixará alegre”. Esse “ei sei” de Jó e Paulo  deve nos desafiar a crer mais no Senhor em toda e qualquer circunstância.
    Para Jó, o Senhor não estava morto, o Senhor não o desprezara, não o castigara. Pelo contrário, tomava conta de sua vida, não deixaria que morresse daquela doença que Ele não lhe deu. Muitas vezes somos provados em nossa fé, mas feliz do que sabe esperar em Deus e receber dele o que é melhor para sua vida. A mulher cananéia de Mateus 15 sofria por sua filha que estava endemoninhada, mas mantinha sua fé em Jesus e recebeu a dupla recompensa: Foi elogiada por sua grande fé e sua filha ficou completamente livre de seu mal.
    Ainda hoje, Deus não está morto, senão para os incrédulos. Para Jó e milhares dos que creem em Deus, o Senhor está vivo e ainda hoje está agindo e levantando vidas para o seu Reino bendito.
    A declaração mais linda do livro de Jó – EU SEI QUE ME REDENTOR VIVE – não era apenas de boca, como muitos fazem. Só pode ter uma convicção deste porte aquele que vive com Deus. E o primeiro capítulo deste livro é aberto com estas palavras: “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a Deus, e desviava-se do mal”.
    Jó possuía os três requisitos que mais agradam o coração de Deus: Sinceridade, temor e retidão. Quem, em sã consciência, pode declarar isso de si mesmo? Quem, sofrendo como o patriarca do passado, pode em meio ao sofrimento confessar que o Senhor está vivo? Tomemos, pois, o exemplo do patriarca e sejamos fiéis a Deus.
Fonte: http://www.ebaronline.com.br/index.php?page=devocionais.php

quarta-feira, 2 de abril de 2014

UJBC - Vargem Grande do Rio Pardo

Bom Dia Juventude...no dia 12 de abril a UJBC se reunirá em Vargem Grande do Rio Pardo na congregação do Pr.Edson.
Esperamos por você...quem vai?

MINI P70 EM CURRAL DE DENTRO - 17/11/12

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