terça-feira, 30 de maio de 2017

Muitas opções para as crianças hoje


 Um dia desses, eu e minha esposa estávamos com nosso neto Theo, de cinco anos. Era um sábado à tarde e tínhamos levado-o para passear em um shopping. Seus pais tinham um compromisso à noite em uma determinada Igreja.

Na volta para casa, perguntamos a ele se desejava ou não ir à Igreja com os pais. Chegando em casa, já havia uma decisão de que os pais iriam levá-lo. Daí surgiu uma conversa interessante com minha filha sobre o erro que, como famílias, podemos cometer na educação religiosa dos filhos e netos.

Hoje em dia, os pais consultam os filhos acerca de muitas decisões, como esta, por exemplo, de perguntar se deseja ou não ir à Igreja. Lembrei-me então da minha infância, morando na pequena cidade de Pirapetinga - MG.

A Igreja Batista mais próxima distava 23 Km, situada na cidade de Santo Antônio de Pádua, já no território do estado do Rio de Janeiro. Todos os domingos minha mãe obrigava-nos a usar a melhor roupa, pegar um ônibus empoeirado e viajar, parando a cada cinco minutos, por mais de uma hora para chegar à Escola Bíblia Dominical (EBD).

Em nenhum momento, nenhum domingo sequer, ela nos perguntou se desejávamos ir ou não à Primeira Igreja Batista de Pádua para aprender um pouco da Bíblia.

Domingo, no interior, para quem conhece a cultura brasileira, é um dia diferente. Parece que um novo ar sopra sobre a praça da cidade. Na Pirapetinga, daqueles tempos, meus coleguinhas pediam um terreno emprestado e construíam campinhos de futebol e organizavam torneios que tinham a mesma importância para nós como a Champions League, nos dias de hoje para o futebol mundial.

Para piorar a situação, o ônibus que nos trazia de volta só saia de Pádua (quando não se atrasava) às 15 horas e chegava em Pirapetinga depois de uma hora. Neste horário, a partida de futebol do time principal da cidade já estava quase no final do primeiro tempo. Para mim e meus irmãos, isso era muito difícil. Então, se minha mãe me perguntasse se eu queria ou não ir para a Igreja, claro que minha resposta, todos os domingos, seria sempre não.

Mas quando olho para 47 anos atrás eu agradeço a Deus pela firmeza da minha mãe quando nos obrigava, todos os domingos, acordar, se arrumar, pegar o ônibus, participar da EBD e voltar, já quase no final da tarde.

No âmbito da educação religiosa não podemos abrir mão e deixar que nossos filhos escolham ou não ir à Igreja e receber as instruções bíblicas. É claro que podemos e devemos fazer das idas ao templo momentos felizes e alegres, mas vai ter aquele dia em que os filhos, especialmente quando forem pequenos, não desejarão ir. É para esses dias que devemos ser firmes.

Hoje, paira sobre as famílias cristãs um perigo tremendo, que é deixar de passar para as gerações futuras o valor dos trabalhos da Igreja e de participar da Escola Bíblica Dominical.

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Gilson Bifano é palestrante, escritor e Coach de casais e pais. É diretor do Ministério OIKOS.
oikos@ministeriooikos.org.br

sexta-feira, 26 de maio de 2017

MEU RELACIONAMENTO COM DEUS: UMA RELAÇÂO DE FÉ - 95 - 29.03.2017 - AULA 35 - FASE - 3


INTRODUÇÃO

No mundo natural, o tato, o olfato, a visão, a audição e o paladar são as maneiras pelas quais nos comunicamos com as realidades à nossa volta. Existe também um sentido em nosso ser, no nosso espírito, que é usado para nos comunicarmos com o mundo espiritual. Este sentido se chama fé. Não há como nos comunicarmos com o mundo espiritual apenas através dos cinco sentidos. Todo o relacionamento do homem com Deus é baseado na fé. A conversão de uma pessoa a Cristo só acontece por meio da fé (“pela graça sois salvos, por meio da fé...” Efésios 2:8). Só podemos viver a vida cristã genuína, se a vivemos pela fé. A Bíblia diz em II Corintios 5:7: “ Vimos que andamos por fé, e não pelo que vemos”. Paulo ainda afirma em Romanos 1:17 que “o justo viverá pela fé”. E para ser ainda mais enfático sobre a importância da fé no nosso relacionamento com Deus, o autor de Hebreus afirma que “de fato, sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11:6).

Tomé e Abraão são dois exemplos opostos de como se relacionar com Deus. Tomé teve uma falsa fé, baseada nos cinco sentidos. Em João 20:24-29, os discípulos disseram terem visto o Senhor Jesus ressurreto. Sabe o que Tomé lhes disse? Que se não o visse e não o apalpasse (sentidos), não creria nele. E mais tarde Jesus apareceu a Tomé, que o tocou mesmo. A partir deste momento, deixou de ser incrédulo, e tornou-se crente. Não queria mais este tipo de fé, a fé que precisa ver.

Outro exemplo é a fé de Abraão. Em Romanos 4:17-21 lemos:

“Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí, perante aquele no qual creu, o Deus que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem. Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim será a tua descendência. E, sem enfraquecer na fé, embora levasse em conta o seu próprio corpo amortecido, sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara, não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus, estando plenamente convicto de que ele era poderoso para cumprir o que prometera”.

Note a diferença com a fé de Tomé. Enquanto Tomé tinha apenas a fé natural, Abraão, o pai da fé, desconsiderou o próprio corpo, a visão e as sensações físicas. O texto demonstra que a fé de Abraão não dependia dos cinco sentidos, não dependia das

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Quando uma família sofre

Falar sobre a morte e o sofrimento é sempre algo incômodo. A morte sempre nos confronta com a nossa finitude e a maior limitação de nossa frágil humanidade. Somos apegados à vida e, mesmo tendo conhecimento intelectual sobre a eternidade, tal saber não é, necessariamente, sinônimo de tranquilidade e menos ansiedade diante da imperiosa realidade da morte.
A sociedade moderna faz apologia à juventude e à negação do sofrimento e da morte. Na Idade Média, os cemitérios eram quase sempre colocados ao lado das igrejas para que os fiéis, enquanto ouvissem a pregação, olhassem para fora e fossem lembrados da realidade da morte.
De modo geral, quando pensamos em sofrimento na Bíblia, vem-nos à mente o livro de Jó. Entretanto, o livro de Rute é o melhor exemplo de como uma família consegue superar as dificuldades que se abatem sobre ela e seguir adiante. A trajetória de Noemi, que é a verdadeira protagonista desta história, é de dor e sofrimento, mas, acima de tudo, é também um exemplo de superação e confiança em Deus.
Era uma família composta de um casal e dois filhos -- uma estrutura incomum para aquela época, pois as famílias, especialmente no Antigo Testamento, tinham cerca de doze, quinze, até 25 filhos. Então, devemos nos perguntar por que essa família era tão reduzida. A resposta pode estar no significado dos nomes dos filhos desse casal: Malom, que significa fraco, doente, e Quiliom, que significa tristeza, morte.
Talvez Noemi tenha tentado ter outros filhos, mas possivelmente os tenha perdido na gestação por causa da mesma enfermidade que fazia seus dois filhos serem frágeis fisicamente -- quem sabe alguma doença genética que Elimeleque também tivesse (e que talvez tenha sido a causa de sua morte precoce). Se essa hipótese é uma possibilidade real, temos nesse casal uma história de sofrimento de longa data. A narrativa informa também que esses fatos aconteceram na época dos juízes. O povo judeu tinha invadido aquele espaço geográfico e isso resultou em angariar inimigos, entre estes o povo de Moabe. Logo, levar a família para viver no meio de inimigos pode ser entendido como uma atitude de desespero mesclado com coragem da parte de Elimeleque. A coragem se fundamentava na fé do casal, que deve ter chorado muitas vezes diante de Deus por perder seus bebês ainda em gestação ou recém-nascidos e por, depois, ter recebido do Senhor dois presentes especiais.
Noemi, que já havia sofrido tantas perdas, perde também seu esposo e depois seus dois filhos (talvez da mesma doença do pai), e retorna para sua terra como miserável e amargurada (Rt 1.20), tendo apenas a companhia de sua nora, Rute, para consolo. Entretanto, Noemi renova suas esperanças quando Rute é favorecida pelo parente Boaz -- supera a tristeza elaborando estratégias funcionais de sobrevivência, as quais acabam mostrando-se efetivas e resultam, ao final, no nascimento de um bebê (Rt 4.13).
A vida que surge dos contextos de morte! A essência da ressureição, que mostra aqui seus pequenos lampejos e alcança a plenitude no descendente maior desta família -- Jesus.
Este é o princípio que permeia toda a Bíblia: não há morte sem ressurreição. E no último tempo todos hão de ressuscitar (Ap 20). Não estamos isentos de sofrimentos ao longo da vida (Jo 16.33), mas podemos ter a certeza de que a ressurreição que sucede a morte, a dor e o sofrimento é sempre mais gloriosa. Isso é o que nos ensinam Noemi e sua família.

• Carlos “Catito” e Dagmar são casados, ambos psicólogos e terapeutas de casais e de família. São autores de Pais Santos, Filhos Nem Tanto. Acompanhe o blog:

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Valorizemos a EBD

Francisco Mancebo Reis, pastor, colaborador de OJB                           
   Ouvi de um senador evangélico, recentemente, que a Igreja não tem o papel de educar, mas os pais. Certo? Ainda que a base seja o lar, a Igreja que não educa merece o nome de Igreja? Quando se afirma que o púlpito deve ser também cátedra, que isso significa? E que dizer da Escola Bíblica Dominical? Sua função é apenas informar?

Por que a EBD reclama especial atenção e prática? Vão aqui ligeiras considerações.
1- A EBD tem como livro-texto as Escrituras, sem dispensar leituras complementares como auxílio na aprendizagem. E não faltam ótimos livros devocionais e exegéticos. Recorde-se que a Bíblia informa e forma. Informando sobre valores da vida cristã, contribui para a formação do caráter. É um compêndio de educação cívica, moral e religiosa. Jesus mandou fazer discípulos, o que inclui ensino, educação (Mateus 28.19,20).

2 - Abrange todas as idades. Para atender a cada faixa etária, editoras evangélicas produzem literatura didaticamente diversificada.

3 - Propõe leituras diárias relacionadas aos diferentes assuntos, favorecendo a interpretação e maior proveito em cada estudo dominical. Convém dar atenção a essa provisão que aparece nas revistas.

4 - Propicia participação dos alunos, sem discriminação. Todos têm direito à palavra, mesmo para dar palpite errado. Por vezes, ajudando a classe a crescer. Não deve ser, portanto, aula apenas expositiva. Passou o tempo da chamada Escola Tradicional, em que o professor era o “dono da verdade” e somente ele falava. Nem as crianças aceitam esse monopólio hoje. O debate enriquece o ensino. O questionamento também. Ouvi de certo professor que declarou: “Só gosto de um aluno”. Perguntaram: “Como é possível, se o senhor tem muitos alunos?” Resposta: “É que somente um me questiona, e me constrange a pesquisar mais e aprender mais”.

5 Não oferece férias. De janeiro a dezembro, ocupa a mente dos discípulos com assuntos sempre inacabados, em um processo crescente e constante. Nunca se sabe tudo da Bíblia. Nenhum aluno matriculado espera diploma de formatura.


  Por que menosprezar a EBD? Rompimento com o tradicional? Receio de rotina? Busca de alternativas mais atraentes? Há mesmo substituto melhor?

  Fica subentendido que os professores hão de ser capazes de ministrar com o máximo de dedicação e habilidade, a fim de cativar seus alunos e nem um deles vá buscar capim mais verde em outros pastos. 

quinta-feira, 11 de maio de 2017

TIMIDEZ AO EVANGELIZAR?

Temor dos homens

Pergunta: “Sou uma jovem cristã e ouvi uma pregação sobre 1 Samuel 16.14-23. O evangelista disse que, se tememos os homens e somos tímidos, temos uma obsessão demoníaca! Isso é verdade? Ele também disse que é fácil reconhecer quem tem esse problema, pois trata-se de pessoas retraídas. Não consigo entender isso. Se for verdade, por favor, diga-me o que devo fazer, pois sou tímida”.
Resposta: Conforme Provérbios 29.25, o temor dos homens é um grande perigo espiritual: “O receio do homem armará laços, mas o que confia no Senhor será posto em alto retiro” (Ed. Revista e Corrigida). Isso não significa, entretanto, de forma alguma, que aqueles que têm problemas com temor dos homens estejam sob uma obsessão demoníaca! Afirmar algo assim é, no mínimo, atrevimento e arrogância. Todo filho de Deus tem suas lutas pessoais: uns lutam com a inveja, outros tem tendências à mentira, alguns sofrem com sua avareza, outros com sua mania de saber tudo, alguns com suas tentações na área sexual... Freqüentemente enfrentamos lutas em diversas áreas ao mesmo tempo, em frentes de batalha onde precisamos combater o bom combate da fé. Mas Jesus é Vencedor!
Se você tem natureza temerosa, sua luta espiritual será olhar não para sua insuficiência mas para o Senhor Jesus Cristo, que tornou-se seu Salvador e Senhor e assumiu a responsabilidade sobre sua vida. Não existe nada maior e mais belo do que saber disso!
Por outro lado, o temor dos homens – e isso também precisa ser dito – não é algo inocente, pois paralisa nosso testemunho e pode até nos levar a negar o Senhor! Ele sabe desse problema e diz aos Seus: “Não temais!”, e: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mt 10.28). Devemos aprender a depositar nossa confiança completamente no Senhor em todas as circunstâncias da nossa vida diária, que certamente são bem menos dramáticas que as apresentadas no versículo acima. Temos um Deus maravilhoso e onipotente, que podemos chamar de Pai por meio de Jesus! O verdadeiro temor a Deus expulsa de nosso coração o temor dos homens.
Muitos que seguem a Jesus e amam o Senhor de todo o coração conhecem esse temor dos homens por experiência própria, por serem tímidos por natureza ou, talvez, por se sentirem inferiores aos outros. Todo filho de Deus que tem problemas em falar de Jesus no meio de uma conversa e de dar-Lhe honra em público pode testar se isso é apenas timidez ou se o problema é o temor dos homens. É fácil descobrir a diferença; basta perguntar-se qual é seu comportamento quando surgem outros assuntos na roda de conversas: existe a mesma barreira que impede minha expressão ou me sinto livre, leve e solto para falar sobre tudo, menos sobre Jesus? Em geral sou uma pessoa de contato fácil, que gosta de compartilhar e conversar? Se existir uma diferença muito grande entre as duas áreas, ou seja, quando não temos a coragem de testemunhar de Jesus, então nossa posição em relação a Cristo precisa ser reavaliada com urgência, pois não estamos apenas sendo tímidos, mas covardes. Talvez nosso relacionamento com o Senhor esteja interrompido por causa do pecado. Apocalipse 21.8 fala com muita seriedade sobre a covardia: “Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte”. Cada um julgue a si mesmo, se ainda está firme na fé! Jamais deveríamos julgar os outros, pois somente o Senhor vê o que há nos corações! Por isso, está escrito em Tiago 4.12: “Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o próximo?”
Portanto, querida irmã no Senhor, seja firme, consolada no Senhor, e tenha novo ânimo, pois Jesus é maior que tudo! Ele a ama com amor infinito e certamente vai concluir a obra que começou em sua vida (Fp 1.6). (Elsbeth Vetsch)

Fonte: http://www.chamada.com.br/perguntas_respostas/temor_dos_homens.html

sexta-feira, 5 de maio de 2017

MEU RELACIONAMENTO COM DEUS: UMA RELAÇÃO DE CONFIANÇA E ENTREGA- 94 - 22.03.2017 - AULA 34 - FASE - 3


INTRODUÇÃO

Objetivo da lição: Ensinar sobre como lidar com a ansiedade, um dos grandes problemas enfrentados pelas pessoas e uma considerável barreira em nosso relacionamento com Deus.

Para muitos de nós, a notícia de que a depressão é o mal do século não é mais uma distante frase estampada em uma revista ou jornal. Essa enfermidade que afeta a alma e o corpo humano tem, ano após ano, invadido um número cada vez maior de lares. Cerca de 370 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão. Qual é a sua origem? Desconsiderando causas físicas, como desajustes hormonais, a depressão pode iniciar sua trajetória através de crises de ansiedade. Tomando o caso de um jovem como exemplo, podemos citar a chamada crise dos 20, em que ele se sente pressionado a, sem erros, escolher a carreira, conseguir o primeiro emprego e se tornar adulto. Não sendo, mesmo que aparentemente, bem-sucedido nisso, e não sabendo lidar com a frustração e a ansiedade, esse indivíduo pode mergulhar no poço da depressão.

Sabemos, a partir da Bíblia, que Deus não está interessado em lidar apenas com as questões espirituais do ser humano. Aliás, desvincular o espiritual dos aspectos físicos, emocionais e intelectuais é um erro. O homem é, sim, constituído de corpo, alma e espírito, mas esses três não atuam independentemente. Há uma forte interdependência entre eles. No dia-a-dia, somos o resultado da interação do nosso corpo, com nossa alma, com nosso espírito. Sendo assim, ansiedade e depressão são assuntos do interesse de Deus e sobre os quais a Bíblia tem algo a dizer.

O Evangelho de Jesus possui uma resposta para os ansiosos e deprimidos. Na verdade, um convite. Jesus disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11.28-30). Note com atenção algo que Cristo diz: “aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma”. Jesus nos dá aqui a resposta para o enigma sobre como achar descanso para a alma. A solução é aprender com ele a ser manso e humilde de coração. O que isso significa? As palavras “manso” e “humilde”, nesse contexto, são usadas para expressar um mesmo sentido. Jesus se utiliza de duas palavras para reforçar o que quer transmitir. Manso e humilde é aquele que se submete a Deus, não resistindo à sua vontade. Essa submissão, entretanto, não tem a ver apenas com obediência, mas, também, com uma confiança total em Deus, mais do que nas próprias forças. Os que aprendem com Cristo a agir dessa forma, encontram descanso para suas almas.

É sobre isto que vamos aprender na célula de hoje: como agir de modo a vencer a ansiedade ou, até mesmo, como agir para não cair na armadilha da ansiedade. Que o Espírito Santo ministre profundamente ao seu coração e às ovelhas que ele te deu!

DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

Texto-base: Salmo 37.4,7

Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará. (...) Descansa no SENHOR e espera nele.

Como vimos, para lidar com a ansiedade é necessário aprendermos com Cristo a sermos mansos e humildes de coração. O Salmo 37 nos ensina a como ter essa atitude. Nos seus versículos 4 e 7, ele contém quatro verbos, que expressam passos que nos ajudam a lidar de maneira direta com a ansiedade. São eles:
1. Confiar

Confiança é a base de tudo. Sem confiança não há relacionamento. Não tem como respondermos sim ao convite de Cristo para sermos aliviados se não confiarmos nele.

Há quatro aspectos que a Bíblia apresenta sobre a confiança em Deus:

a)    Só confia no Senhor quem o conhece. Salmos 9.10: “Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome, porque tu, SENHOR, não desamparas os que te buscam”;
b)    Confiar no Senhor é uma escolha. Salmos 20.7: “Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do SENHOR, nosso Deus”;
c)    Aquele que confia no Senhor certamente não será abalado. Salmos 125.1: “Os que confiam no SENHOR são como o monte Sião, que não se abala, firme para sempre”. Salmos 55.22: “Confia os teus cuidados ao SENHOR, e ele te susterá; jamais permitirá que o justo seja abalado”;

d)    Confie no Senhor e não em si mesmo. Provérbios 3.5: “Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento”.

2.  Entregar

A entrega é o passo natural após a confiança. Quem confia, entrega. Só entrega quem confia. Entregar-se também pode ter o sentido de render-se. A partir disso, podemos perceber que não é algo fácil para o ser humano fazer. Geralmente, nos redemos apenas quando não temos nenhuma alternativa. Não gostamos de abrir mão do controle. Não gostamos que outro tome a decisão por nós. Agindo assim, diante de um problema que é maior do que nós, caímos nas garras da ansiedade. A proposta do Senhor é que, confiando nele, entreguemos toda a nossa vida em suas mãos, o que inclui aquilo que nos traz ansiedade. Eis alguns versículos da Bíblia que falam sobre isso:

        Salmos 38.9: “Na tua presença, Senhor, estão os meus desejos todos, e a minha ansiedade não te é oculta”;

        1 Pedro 5.7: “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”;
        Filipenses 4.6: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças”.

3.  Descansar

Conforme Filipenses 4.7, a conseqüência natural de quem entrega sua ansiedade a Deus é desfrutar de uma paz que vai além do que nossa mente pode alcançar. Como o problema não está mais nas mãos da pessoa, mas, sim, nas do Deus todo-poderoso, ela não precisa se preocupar, podendo ficar em paz. Sendo assim, o próximo passo a ser dado por aquele que confia e entrega é descansar. O que descansa no Senhor goza de segurança e paz. Leia o Salmo 91, um belo poema que retrata bem o que estamos dizendo.

4. Esperar

Aquele que descansa no Senhor deve, também, esperar. Isso significa não tomar o controle para si novamente, mas esperar pacientemente pelo agir de Deus. O Salmo 40.1 diz: “Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro”. Quanto ao ato de esperar em Deus, eis o que a Bíblia tem a dizer:

a)    Aquele que espera no Senhor é cuidado por ele. Salmos 33.18: “Eis que os olhos do SENHOR estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia”. Lamentações 3.25: “Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca”;

b)    Aquele que espera no Senhor não fica frustrado. Salmos 25.3: “Com efeito, dos que em ti esperam, ninguém será envergonhado; envergonhados serão os que, sem causa, procedem traiçoeiramente”;

c)    Aquele que espera no Senhor é renovado em suas forças. Isaías 40.31: “Mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam”.

CONCLUSÃO E DESAFIOS


Em Mateus 6.25,31,32,34, está escrito: “Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? (...) Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas (...). Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal”. Aqueles que têm a Deus por Pai não precisam andar ansiosos quanto à sua vida. Deus, pessoalmente, cuida deles. Confie sua vida nas mãos de Deus. Deixe ele cuidar de você. Não seja independente. Confie. Entregue, Descanse. Espere. E o mais Ele fará...

IGREJA BATISTA DO CALVÁRIO – SÃO JOÃO DO PARAÍSO – MG

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Famílias irresistíveis são misericordiosas

(Mateus 5.7)
Vamos de início entender o significado de misericórdia. É um sentimento de dor e solidariedade com relação a alguém que sofre uma tragédia pessoal ou que caiu em desgraça. É também sentir dó, compaixão, piedade de alguém, não importa quem seja.
Com certeza em nosso lar com frequência estamos precisando exercitar misericórdia.
Deus é o exemplo máximo desta qualidade, e cabe a nós seguirmos o seu exemplo. Jesus não fez diferente do Pai ao vir a este mundo. Em cada oportunidade, ser misericordioso era parte da vida e do ministério dele.
 Em Lucas, capítulo 15, encontramos uma história bem conhecida da Bíblia, a parábola do filho que deixou a casa do pai para se aventurar pelo mundo. Na verdade a história deste filho é a nossa história. Saímos do paraíso, a casa que Deus preparou para nós. O pai da parábola representa o nosso Deus.
Então em três oportunidades vemos o pai no exercício de misericórdia. Quando o filho pede a parte da fazenda que lhe pertencia (Lucas 15.12). Pelas leis da época, o filho só teria direitos sobre o patrimônio da família com a morte do pai. Mas o texto diz que o pai “repartiu por eles a fazenda”. Um primeiro ato de misericórdia daquele pai.
O segundo momento está registrado em Lucas 15.20. O pai viu ao longe seu filho retornando. “E movendo-se de grande compaixão, correu o abraçou e o beijou”.  Era a hora de ser indiferente, crítico, no máximo tratar o filho como ele pediu: como um dos empregados da fazenda.  Mas não, o pai faz uma grande festa e coloca o filho rebelde em uma posição de honra.
O texto diz ainda que o filho mais velho estava no campo. Ao retornar no final do dia, percebeu que acontecia uma festa em sua casa. Surpreso chamou um empregado e perguntou o que estava acontecendo. Foi informado de que seu irmão havia voltado. Indignado não queria entrar em casa, participar daquela festa. Afinal seu irmão havia desperdiçado tudo. Então vem mais um grande gesto de misericórdia, registrado em Lucas 15.28. Assim como o pai tinha saído ao encontro do filho mais novo, sai ao encontro também do filho mais velho. Insiste com ele para que entre, para que se alegre “porque este teu irmão estava morto e reviveu, tinha se perdido e achou-se”.
Nosso padrão ao exercer misericórdia é o bíblico.
Que em nosso lar a misericórdia esteja sempre presente, seja na relação conjugal, pais e filhos, noras e sogras, entre irmãos.

Se cultivarmos em nosso coração a verdadeira misericórdia de que fala Jesus, seremos famílias felizes e irresistíveis, acima de tudo, aos olhos de Deus.

Autor: Pr. Alcione Tadeu dos Santos

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