domingo, 2 de agosto de 2015

Identificando as prioridades na liderança

 Guilherme de Amorim Ávilla Gimenez
 Pastor da Igreja Batista Betel em São Paulo e conferencista nas áreas de liderança e espiritualidade. Graduado em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (Rio de Janeiro), com Mestrado em Ciências da Religião pela UMESP (São Bernardo do Campo) e Doutorado em Teologia pelo ITEPAR (Paraná). Site www.prgimenez.net  
“As coisas mais importantes nem sempre são as que gritam mais alto” (Bob Hawke)
Guilherme de Amorim Ávilla Gimenez Pastor da Igreja Batista Betel em São Paulo e conferencista nas áreas de liderança e espiritualidade. Graduado em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (Rio de Janeiro), com Mestrado em Ciências da Religião pela UMESP (São Bernardo do Campo) e Doutorado em Teologia pelo ITEPAR (Paraná). Sitewww.prgimenez.net

Estabelecer prioridades é um dos maiores desafios dos líderes. Descobrir o que realmente deve ser feito antes não é tarefa muito fácil, até porque nem sempre o que é mais importante nos incomoda mais ou, como escreveu Bob Hawke, fala mais alto. Há prioridades silenciosas que passam despercebidas dentre tantas atividades e ações que nem sempre são importantes. Um exemplo disso é a saúde do líder. Quantos líderes não têm tempo para fazer um check-up anual, exercícios físicos, alimentar-se adequadamente e, quando menos esperam, acabam adoecendo e alguns até são obrigados a interromper um momento de ascensão profissional em virtude de enfermidades. Cuidar da saúde é algo muito importante, uma prioridade para qualquer pessoa, mas até que se adoeça, não é uma prioridade do tipo barulhenta. Aliás, é exatamente esse o título que Identificando as prioridades na liderança Guilherme de Amorim Ávilla Gimenez Pastor da Igreja Batista Betel em São Paulo e conferencista nas áreas de liderança e espiritualidade. Graduado em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (Rio de Janeiro), com Mestrado em Ciências da Religião pela UMESP (São Bernardo do Campo) e Doutorado em Teologia pelo ITEPAR (Paraná). Site www.prgimenez.net  “As coisas mais importantes nem sempre são as que gritam mais alto” (Bob Hawke) Peter G. Northouse utiliza para descrever aquelas atividades que não são tão importantes, mas que acabam ocupando o
topo de nossa lista de afazeres: “atividades barulhentas” (Leadership: Theory and Practice). Por barulho, podemos entender movimentos como cobranças, reclamações, insatisfações e outras manifestações que tentam chamar nossa atenção. Por vezes, o barulho é grande, feito por várias pessoas, mas nem por isso torna aquela solicitação relevante a ponto de ser colocada na lista de prioridades. Talvez seja até uma prioridade para determinada pessoa ou para um pequeno grupo, mas não é para a maioria e, principalmente, para o líder que, estrategicamente, terá que investir seu tempo, talento, energia e criatividade naquilo que impactará de maneira mais positiva a maioria das pessoas. Cabe ao líder tomar a decisão: escolher como prioridade o que de fato é importante ou o que é mais barulhento. Alguns líderes cedem facilmente e são guiados pelo barulho. São capazes de sacrificar visão pessoal, ações estratégicas, técnicas, conselhos sábios, projetos, e tudo se torna menos importante do que o barulho. E depois que algum barulho é capaz de interferir dessa forma na liderança, pessoas começam a fazer mais barulho, na intenção de interromper uma obra que está sendo feita. Muitas são as histórias de líderes que fracassaram porque acabaram interrompendo seus projetos várias e várias vezes em função dos barulhos feitos por outros líderes, equipes etc. Ser guiado pelo barulho é sinônimo de abortar bons projetos, sacrificar excelentes ideias e retroceder muitas e muitas vezes. É difícil resistir e seguir firme em meio ao barulho. Por vezes, ele se torna tão alto que o líder não consegue ouvir a si mesmo. Fica perdido entre um barulho e outro e acaba desistindo. Para não ser vencido pelo barulho, é necessário ao líder ter muito foco. Ele não poderá prestar mais atenção ao barulho externo do que em suas convicções internas. Não poderá prestar atenção em outra coisa senão naquilo que de fato importa e que poderá levar toda sua equipe para um ideal de excelência. O foco no que deve ser feito se torna um verdadeiro protetor auricular que vai, aos poucos, abafando os barulhos e tornando a caminhada um pouco mais fácil, pelo menos do ponto de vista da atenção às prioridades. Todo líder, em todo o tempo, teve que enfrentar os barulhos comuns dos insatisfeitos, dos que têm outra visão, dos que discordam e até dos maldosos, que não têm outra intenção senão a de interromper o avanço e progresso. Cabe ao líder tomar a decisão difícil de seguir em frente, fechando os ouvidos aos barulhos e concentrando-se no que trará benefício a todos, ainda que seja muito menos perceptível e, às vezes, até silencioso. Muitas prioridades não fazem barulho. Não chamam tanto a atenção. Mas, colocá-las no topo das prioridades será sinônimo de tomar a decisão certa, ainda que, emocionalmente, ela não seja tão tranquila. Os barulhos existirão. Eles provarão as convicções do líder e exigirão um planejamento cada vez mais preciso, a fim de que ele não perca o foco e nem abandone projetos que, mesmo sendo silenciosos, são muito importantes. Persistência, foco, propósitos firmes e força emocional são as ferramentas que abafarão os barulhos e darão ao líder motivação e garra para nunca sacrificar o que é de fato importante em nome de algo sem importância, mas muito barulhento. Todo líder deseja ser reconhecido por seu trabalho. Por ter realizado um grande projeto ou desenvolvido algo relevante e que possa ser incluído em seu currículo. Em busca desse reconhecimento, alguns líderes acabam exagerando e começam a pensar mais em si mesmos e em sua necessidade de reconhecimento do que na instituição – ou equipe – e na necessidade deles. Há projetos que nascem única e exclusivamente da vontade do líder ser
petição se tornou a única razão do movimento, se não há 23 uma necessidade real de fazer aquilo, então é hora de substituí-lo por algo que seja necessário. Há esforços desnecessários, ainda que emocionalmente importantes para nosso ego ou história. Muitos movimentos já foram necessários no passado, mas hoje perderam seu lugar e razão de ser. Abandoná-los é praticamente um imperativo, diante de tantas outras necessidades que nos cercam. Mensurar os resultados é um caso à parte na avaliação produtiva. Muitas pessoas temem mensurar qualquer coisa, pois podem perceber resultados negativos e bem abaixo de uma expectativa razoável. Ao mensurarmos algo, estamos trabalhando com alvos, definições e nos obrigamos a avaliar resultados. Então, se um movimento não pode ter resultados mensuráveis, se não conseguimos dizer exatamente qual é o resultado prático e real que ele nos tem trazido, é hora de substituí-lo por algo que nos traga resultados vantajosos e de excelência. Fazer por fazer é, no mínimo, perda de tempo, recursos e talento. Devemos aproveitar bem as oportunidades e tudo quanto dispomos de recursos humanos e materiais. Não há como viver apenas de movimentos que não nos levam a lugar algum. Movimentos que nos levam ao avanço devem ser nossa expectativa. É bem possível que, após uma avaliação produtiva, cheguemos à conclusão de que nossa agenda pode ser enxuta, deixando mais tempo para o que de fato é importante. Nossa lista de prioridades se tornará melhor, e nossa atenção estará focada em menos itens. Nosso esforço será destinado àquilo que de fato importa e teremos mais energia a ser dispensada nessas coisas. E o avanço que virá nos fortalecerá de tal forma que será um elemento motivador a, de tempos em tempos, reavaliarmos nossos movimentos e optarmos pelo que é melhor. Vivemos em um mundo novo. E para vivermos bem nele, é necessário desenvolver novas habilidades. Michael Jordan, famoso jogador de basquete norte-americano, disse certa vez que “todo mundo tem talento, mas é preciso muito esforço para traduzi-lo em habilidade” (Citado por Brian Tracy em O ciclo do sucesso). Na prática, ele estava dizendo o seguinte: não basta ser talentoso; é necessário também desenvolver habilidades que tornem seus talentos úteis diante das realidades do cotidiano inseridas nesse mundo novo. Muitas de nossas habilidades não funcionam tão bem em um mundo novo. Nossa maneira excelente de realizar determinadas tarefas se tornou insólita nesse novo tempo. Por esse motivo, alguns se sentem obsoletos, ultrapassados e até inúteis. Não são sentimentos adequados, ainda que verdadeiros. A questão não é essa mas, sim, que pequenos ajustes e algumas adaptações precisam ser feitos para se viver esses novos tempos. O talento é o mesmo, como usá-lo é que é diferente. Aliás, essa é a questão do desenvolvimento de habilidades. A habilidade é simplesmente a utilização de determinado talento de maneira funcional, adequada e contextualizada. Não adianta um talento que não pode ser utilizado. Ainda que no passado tenha servido tanto, se não serve hoje, precisamos transformá-lo, para que sirva à nova realidade. Algumas pessoas entenderam bem isso e, hoje, estão avançando na carreira e sendo relevantes nesse mundo novo. Outras, ainda guardam memórias do passado com tanta intensidade que não admitem mudanças. Acham que o talento, ainda que sem uso, é o que basta. E aí, pessoas talentosas, que poderiam fazer grande diferença nesse mundo novo, acabam ficando à margem de tudo o que está acontecendo, apenas por não quererem operar as mudanças necessárias. Outros, com pouco talento, acabam tomando lugar de destaque e aproveitando as oportunidades. E no final, talento por talento, o que de fato importa é como utilizá-lo, ou seja, transformá-lo em habilidade. Muitas mudanças ainda estão por vir. E muita gente talentosa precisará se adaptar, promovendo mudanças necessárias em sua maneira de aplicar seus talentos, a fim de contribuir de maneira significativa nesse momento histórico tão particular, em que não basta ter talento: é necessário também ter habilidade.   

Em Cristo Nossa Única Esperança,


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