domingo, 21 de junho de 2015

Brigas conjugais são inúteis


O que narro hoje, aconteceu de verdade. Apenas resguardei os nomes verdadeiros das pessoas que viveram este fato. Quero compartilhar isso com os leitores como alerta aos casais que gastam o seu tempo em brigas e ofensas fúteis. Tudo se passou assim...
O calor era inquietante. Na parede do fundo, o grande climatizador estava ligado, trabalhando como nunca. Ao centro do imenso salão ainda havia ventiladores funcionando a toda velocidade. Não eram ainda 15 horas quando o encontrei. Romualdo andava cabisbaixo por entre as prateleiras, seu carrinho estava pela metade. Na verdade, ainda estava abaixo do meio. Olhava com certo ar de meditação todos os produtos. Coçava o pescoço na parte de trás; parecia ter dúvida se levaria ou não esta ou aquela marca. Caminhei alguns passos e o cumprimentei alegremente, sem ter a resposta de sempre. Estranhei. Aonde fora parar o ânimo de Romualdo? Resmungou algo que eu não entendi e, simplesmente, me abraçou. Forte! Perguntei da família; como andariam os filhos e a esposa? O supermercado aqui em Presidente Venceslau não estava tão cheio e o único barulho vinha da movimentação do ar dos aparelhos de ventilação. Fomos para um cantinho mais isolado, perto de uma “pilha” de refrigerantes. Ali, disse estas palavras:
“Eu nunca havia tirado férias no mês do meu aniversário, em novembro. Tive a oportunidade de fazê-lo em 2012. Minha mulher, a Isautina, estava entusiasmada com a ideia e sugeriu que reformássemos a nossa casa. Na verdade, casamos há pouco mais de oito anos e a residência precisava apenas de uma pintura nova. Eu sei fazer o serviço e comprei todo o material. Lixas, pincéis, tintas. Minha ajudante era a esposa. Estávamos ainda preparando as paredes, raspando alguns rebocos soltos pela umidade e lixando cada cômodo. Iniciamos o segundo dia de trabalho. Mal havíamos começado a usar as tintas quando Isautina me disse que 'não estava boa'. Falei para deitar-se e descansar, já que não estava acostumada com aquele tipo de serviço.
Os minutos foram passando. Do momento em que ela se retirou, já havia decorrido pouco mais de uma hora. Chamei a minha filha mais velha e pedi que fosse até o quarto ver como estava sua mãe. Cinco minutos depois retornou dizendo assim: 'Pai, a mamãe não está passando bem!'. Larguei tudo, fui até o cômodo onde encontrei a minha esposa já desmaiada. Tentei levantá-la, reanimá-la com um “chacoalhão”. Percebi que as suas vestes estavam sujas. Assustado, solicitei ajuda. Não conseguia encontrar o telefone. Procura dali, daqui. Nervoso, não havia percebido que o celular estava no bolso da camisa, onde já havia apalpado. Pedi auxílio ao Resgate, que chegou oito minutos após. Oito minutos que pareciam uma eternidade! A ambulância veio com três bombeiros, que fizeram os procedimentos que o caso requeria. Depois, permitiram que eu a acompanhasse na viatura, onde fui ao lado da maca em que ela estava. Chegamos ao hospital onde Isautina foi atendida prontamente.
A porta do corredor abriu, ela entrou acompanhada por duas enfermeiras. Vi, ao fundo, possivelmente o doutor, com um estetoscópio no pescoço gesticulando para que fossem pela direita. Fiquei aguardando por aproximadamente 20 minutos. Mais outro tempo que parecia não ter fim. Eis que aquela porta se abre novamente. O médico sai de cabeça baixa, deu dois tapinhas nos meus ombros. Balançou a cabeça negativamente e nada me disse, continuando sua trajetória até sair do prédio. Minha perna bambeou e ainda pensei que haveria jeito de transportá-la até Presidente Prudente, porém, uma enfermeira me explicou que 'Não seria mais necessário'. Um coágulo, que se desprendeu de varizes, havia chegado até o pulmão pela corrente sanguínea provocando a morte. Sem saber como agir; sem saber o que pensar; sem saber o que dizer; sem saber o que fazer, saí dali cambaleante. Arrasado! Fui a pé para casa. As pernas caminhavam como se estivessem em uma esteira. Parecia que eu não saia do lugar. Porém, aos poucos, um filme estranho começou a ser projetado na minha mente. Toda a nossa vida: de namoro, de noivado e de 'casado' foi relembrada. O que fazer agora para cuidar dos filhos sem Isautina? O que mais me perturbou foram as brigas desnecessárias que tivemos ao longo da nossa convivência. Todas fúteis”.
Agora, as noites passaram a ser um tormento. De muita, muita solidão. Na cama vazia durmo abraçado a um travesseiro. Isautina foi embora no dia do meu aniversário. Muitos casais alcançam tudo que querem financeiramente. No entanto, não dão valor a convivência mútua que foi preparada por Deus. Diga: meu companheiro (a) é um (a) bênção!
Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

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