quarta-feira, 9 de novembro de 2016

A Vida de Jesus – M – AULA 79 - LIÇÃO -39 - FASE 2 - 25.10-2016.


Introdução
A morte por crucificação era uma das formas de punição da lei romana contra os criminosos. Era reservada para escravos e para crimes considerados graves, tais como insurreições contra o domínio romano. A maior crucificação de que se tem notícia ocorreu em 71 a.C., após o controle de uma revolta de 200.000 escravos. Em um só dia, foram crucificados cerca de 6.000 dos revoltosos vencidos.

Por que Jesus foi condenado à morte por crucificação? Os líderes religiosos dos judeus se reuniram e, apresentando diversas falsas testemunhas, tentaram condenar Jesus à morte. Como os testemunhos eram incoerentes e Jesus a nada respondia, permanecendo em silêncio, eles decidiram pressioná-lo, perguntando-lhe, explicitamente, se ele era o Cristo, o Filho de Deus bendito. Mediante a reposta positiva de Jesus, eles o acusaram de blasfêmia e o julgaram digno de morte (Marcos 14.55-65). Entretanto, como não podiam executar esse tipo de pena, tiveram que levar Jesus a Pilatos, governador romano na época, fazendo contra ele falsas acusações (subversão da ordem da nação, proibição de pagamento de impostos a César e declaração de ser o rei dos judeus, Lucas 23.2). Pilatos, contudo, após avaliar o caso, disse aos líderes religiosos dos judeus: “Vocês me trouxeram este homem como alguém que estava incitando o povo à rebelião. Eu o examinei na presença de vocês e não achei nenhuma base para as acusações que fazem contra ele. Nem Herodes, pois ele o mandou de volta para nós. Como podem ver, ele nada fez que mereça a morte. Portanto, eu o castigarei e depois o soltarei” (Lucas 23.14-16).

Após isso, sabemos que, mediante pressão popular e fraqueza de caráter da parte de Pilatos, Jesus foi entregue à morte por crucificação. Entretanto, a pergunta ainda permanece: Por que Jesus foi condenado à morte? Ele disse, em João 10.17-18: “Eu dou a minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la”. O apóstolo Paulo escreveu, em 1Coríntios 15.3: “Cristo morreu pelos nossos pecados”. João 3.16 diz: “Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. Deus, por causa de seu amor pelo mundo e dos pecados da humanidade, entregou Jesus para ser morto na cruz, de modo que a pena devida aos pecados fosse paga e aqueles que
crerem em Cristo e se entregarem a Ele sejam livres da condenação e voltem a se relacionar com Deus.

Na lição de hoje, vamos estudar com um pouco mais de profundidade os benefícios da morte de Jesus na cruz. Que o Espírito Santo nos revele as riquezas da obra da cruz!

Desenvolvimento do ensino

Como já foi citado, 1Coríntios 15.3 diz: “Cristo morreu pelos nossos pecados”. Quais são os benefícios que essa morte pode nos dar? Para entendermos melhor isso, é necessário, antes, entendermos quais são os malefícios provocados aos seres humanos pelo pecado. São eles:
  1. Morte: Merecemos a morte como castigo pelos nossos pecados. Romanos 3.23 diz: “Pois o salário do pecado é a morte”. Efésios 2.1 diz: “Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados”;

  1. Ira de Deus: Merecemos receber a ira de Deus por causa dos nossos pecados. Romanos 1.18 diz: “A ira de Deus é revelada dos céus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça”;

  1. Separação de Deus: Estamos separados de Deus por causa dos nossos pecados. Isaías 59.2 diz: “As suas maldades separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dele, e por isso ele não os ouvirá”;

  1. Escravidão: Estamos escravizados ao pecado e ao reino de Satanás. João 8.34 diz: “Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado”. Romanos 7.14 diz: “Sabemos que a Lei é espiritual; eu, contudo, não o sou, pois fui vendido como escravo ao pecado”.

Para cada um desses malefícios, a morte de Jesus na cruz tem uma contrapartida de benefícios. Nisso consiste a salvação providenciada pela cruz à humanidade. Esses benefícios são:

1. Expiação

“Expiação” é uma palavra presente apenas no Antigo Testamento, principalmente nos livros de Levítico, Números e Êxodo, apesar de o seu conceito também estar presente no Novo Testamento. Ela estava associada aos sacrifícios de animais que eram feitos por causa dos pecados humanos. Um animal, ao ser sacrificado por causa de um pecado, estava substituindo um ser humano no recebimento do castigo devido. Desse fato é que origina a atual expressão “bode expiatório”, usada quando uma pessoa recebe a culpa e o castigo no lugar de outra. Após o sacrifício, simbolicamente, a pessoa estava livre da condenação merecida.

Jesus morreu na cruz recebendo o castigo que nós merecíamos receber por causa dos nossos pecados. Segundo Hebreus 10.4, era impossível que o sangue de touros e bodes tirasse pecados. Esses sacrifícios eram apenas símbolos do sacrifício perfeito de Cristo, o qual expiaria por completo os pecados da humanidade (Hebreus 9.26).

2.  Propiciação

“Propiciação” é uma palavra presente nos dois testamentos bíblicos. Ela está relacionada à ira manifestada por Deus por causa dos pecados da humanidade. Propiciar significa desviar a ira mediante uma oferenda. Para nos livrar da ira de Deus, Jesus morreu como propiciação pelos nossos pecados. Uma das reações de Deus ao pecado foi a ira, porque o pecado lhe foi uma ofensa. Mediante a oferta sacrificial de Jesus, a ira de Deus foi acalmada e satisfeita.

Moisés disse, em Êxodo 32.30: “Vocês cometeram um grande pecado. Mas agora subirei ao Senhor, e talvez possa oferecer propiciação pelo pecado de vocês”. Paulo escreveu, em Romanos 3.25: “Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos”. 1João 2.2 diz: “Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo”.


3. Reconciliação

A humanidade está separada de Deus por causa de seus pecados, sem relacionamento com Ele. Através da morte de Jesus, por causa da expiação dos pecados humanos e da propiciação da ira
divina, o ser humano pode se aproximar de Deus para ter comunhão com Ele. Paulo escreveu, em Romanos 5.11: “Nos gloriamos em Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, mediante quem recebemos agora a reconciliação”. Em 2Coríntios 5.18-19, está escrito: “Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação”.

O conceito de reconciliação está presente nas três parábolas de Lucas 15: a ovelha perdida, a moeda perdida e o filho perdido. Todas essas histórias têm a idéia de algo que estava perdido (ou seja, distante) e foi encontrado (ou seja, reaproximado). Esse conceito está bem claro na história do filho perdido, o qual estava distante do pai e decidiu voltar para casa, reaproximando-se, assim, do pai e voltando a ter comunhão com ele.

4. Redenção

O significado de “redenção” pode ser bem expresso pela palavra “resgate”.
Quando uma pessoa é seqüestrada, é exigido um resgate em troca dela. Igualmente, no mundo antigo, um escravo poderia ser resgatado, ou redimido, quando alguém pagasse por ele o devido preço.

Estando a humanidade escravizada a Satanás e ao pecado, para ser livre, um preço de resgate deveria ser pago. Isso foi feito através da morte de Jesus na cruz. O sangue de Jesus foi o preço pago por Deus a Satanás pela liberdade dos seres humanos cativos. Em Efésios 1.7, está escrito: “Nele temos a redenção por meio de seu sangue”. Colossenses 1.13-14 diz: “Ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção”. Jesus disse: “Nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Marcos 10.45). 1Timóteo 2.5-6 diz: “Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, o qual se entregou a si mesmo como resgate por todos”.

Conclusão

A morte de Jesus na cruz proporcionou os seguintes benefícios aos seres humanos.

         Expiação do castigo devido aos pecados;
         Propiciação da ira de Deus devida aos pecados;
         Reconciliação com Deus;
         Redenção da escravidão ao pecado e a Satanás.

Entretanto, só recebe esses benefícios aquele que, pela fé, aceita e recebe o sacrifício de Jesus pelos pecados. João 3.16 diz: ”Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. Romanos 5.1-2 diz: “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes”.

Reflexões e Desafios

  1. Você aceita ou rejeita a morte de Jesus em seu favor?
  2. Você, verdadeiramente, crê em Jesus e já recebeu os benefícios de sua morte?

IGREJA BATISTA DO CALVÁRIO – SÃO JOÃO DO PARAÍSO – MG
                            www.ibatistacalvario.com.br - www.marcelooquadros.blogspot.com

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