quinta-feira, 28 de maio de 2015

Impossível Igreja sem Escola Bíblica

pr.-julio_sanches

Pensar na Igreja sem o estudo sistemático da Bíblia é anomalia. Por mais atuante que seja a Igreja, sem estudar a Bíblia com seriedade, jamais cumprirá sua missão com integridade. É da essência da mensagem bíblica o seu estudo e análise contínua de suas verdades. No Velho Testamento o estudo da Palavra de Deus no lar e nas sinagogas servia para relembrar ao povo o seu compromisso em adorar exclusivamente a Javé. Cabia inicialmente aos pais estudar a Bíblia com os filhos. Ensinar-lhes os mandamentos e vivê-los em suas ações diárias. A recomendação de Deuteronômio 6.1-9 significava que o lar era o lugar ideal para ensinar os filhos a temer a Deus. Verdade não colocada em prática nos lares hoje; com resultados negativos para toda a sociedade. Ao findar seu ministério, Moisés reitera o compromisso que o povo devia manter ao adentrar a terra prometida, como relata Deuteronômio 30.11-20.
Todo o futuro promissor que Deus disponibilizaria ao seu povo estava ligado ao compromisso de guardar os ensinos transmitidos. Em cumpri-los, haveria prosperidade e longevidade. Desprezá-los, significaria a morte prematura de todo um processo iniciado por Deus ao convocar Abraão a obedecê-lo. Deus toma como testemunhas os céus e a terra. Vida e morte integravam o compromisso de Deus para com o povo escolhido, como está escrito em Deuteronômio 30.19. O povo esqueceu a Bíblia e pagou elevado preço de destruição, morte, lágrimas e tristezas. Hoje pagamos preço semelhante ao ver a nossa juventude e adolescência envolvidas nas drogas assassinas.
No Novo Testamento a ênfase no estudo bíblico continua com mais intensidade. Jesus inicia seu ministério de ensino na sinagoga, em Nazaré. Agora, com nova ênfase. As profecias se cumpriram, de acordo com Lucas 4.21. Todo o ministério de Jesus é realizado tendo como base o ensino. Foi chamado de Mestre porque ensinava com autoridade, segundo Mateus 7.29. Conhecia o que ensinava. Vivia o que transmitia. Ensinava não para agradar os ouvintes, mas para levá-los à reflexão e mudança de vida. Ordenou aos seus discípulos que ensinassem o que havia aprendido, como em Mateus 28.19. Toda a expansão do Evangelho estava sujeita ao ensino. Os discípulos seguiram com fidelidade a recomendação do Mestre. Nas casas, no templo, nas ruas, nas sinagogas, à beira de rios, nos caminhos, nos tribunais onde eram julgados, a preocupação era sempre a mesma: ensinar a verdade aprendida.
Quando satanás tentou desviar a Igreja do seu objetivo principal, a reação dos apóstolos foi unânime: “Nós perseveraremos na oração e no ministério da Palavra” (At 6.4). Distribuir alimentos, qualquer pessoa pode fazer, mas ensinar com sabedoria, sob a direção do Espírito Santo, só conseguem fazê-lo os que conhecem os segredos bíblicos.
A Igreja tem se desviado do seu objetivo ao desprezar o ensino. Ao abolir a Escola Bíblica, substituindo-a por outros ministérios que não estão centralizados na Bíblia e não estudam a Bíblia de modo sistemático, a Igreja perde sua razão de existir.
Gera membros que não conhecem a Bíblia, não sabem expressar a razão da fé, como exemplifica I Pedro 3.15.
Nada substitui a Escola Bíblica no aprimoramento dos salvos. Bons corais, conjuntos, programações especiais perdem sua razão de ser, caso seus componentes não conheçam a Bíblia. O estudo da mesma evita o cântico
Herético, as interpretações supersticiosas e místicas tão comuns em apresentações apoteóticas atuais. Isso significa que a Escola Bíblica prima por literatura séria e comprometida com a doutrina. Há no mercado evangélico atual literatura sem compromisso doutrinário. Sem cor denominacional, que não edifica a Igreja e não leva os salvos ao comprometimento com as verdades bíblicas. São baratas, dizem, mas prejudiciais à edificação da Igreja. O dia do estudo não importa. O que se deseja é que todos os membros da congregação estudem a Bíblia de modo sistemático e conheçam o seu conteúdo. Para conseguir este desiderato, a Igreja precisa investir na formação de professores, materiais didáticos adequados a cada faixa etária, salas equipadas – especialmente para as crianças – e disposição de investimento financeiro. A Escola Bíblica merece a melhor fatia do orçamento. Quando isto ocorre, há retornos e vidas são abençoadas. Ser aluno da Escola Bíblica é privilégio para o salvo que almeja chegar à maturidade cristã, como diz Efésios 4.13.
 Pastor Júlio Oliveira Sanches- SP
Fonte: http://www.batistas-mg.org.br/expresso-mineiro-ano-2-edicao-49-maio-de-2015/


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