sexta-feira, 22 de maio de 2015

Dor, lágrimas e muita emoção “regam” o último adeus a policial assassinado


Dor, tristeza, vazio, saudade e um coração, mesmo tão machucado com a morte prematura e bárbara de um filho, disposto a perdoar assassinos frios e cruéis, responsáveis por essa tragédia."Eles apagaram o sorriso do meu filho, mas uma coisa eu digo, eu não quero que nada de mal aconteça com eles. Sabe porque? Eu confio num Deus poderoso, que pode ter misericórdia da alma deles. Não quero ver a mãe deles sofrendo a dor que eu estou sentindo".

A mãe do soldado Denisson Rodrigues Sampaio, de 31 anos, emocionou a todos, ao falar, durante o velório, no templo da Assembleia de Deus, no bairro Sarinha, sobre o presente que um dia recebeu de Deus. Ela estava se referindo ao filho, alvo da ação covarde de três bandidos na manhã de ontem (21), em São José da Vitória. “A dor é grande, a alma dói, está chorando, está doendo, mas o Senhor vai me dar vitória”, disse dona Rute Rodrigues.  Centenas de pessoas marcaram presença, não só no velório como no sepultamento. Parentes, amigos, irmãos na fé, policiais militares, civis, rodoviários federais e estaduais, delegados, guardas municipais, agentes da Settran (Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito), e o próprio secretário, Roberto José, além de autoridades como o prefeito Claudevane Leite e o Geraldo Simões, todos solidários com a dor da família.  O cortejo fúnebre saiu da
igreja por volta das 10 horas da manhã e seguiu pelas ruas da cidade, até o cemitério. Lá, ocorreram as últimas homenagens e honrarias prestadas pela corporação a um herói, que se despediu da vida tão abruptamente. Os projetos, o sorriso tão espontâneo, o jeito amigão de ser, o filho carinhoso e o respeito por sua profissão foram simplesmente destruídos por criminosos sem escrúpulos.  Denisson foi mais um PM morto num país de injustiças, de hipocrisias, de desigualdades, de desrespeito, mas, sobretudo, o país da falta de reconhecimento de uma maioria, infelizmente, pelo trabalho prestado pela Polícia Militar. Profissionais que abrem mão da própria segurança para assegurar a paz de uma população.
Homens que defendem uma cidade, que vão à guerra e que nem sempre voltam dela. No caso de Denisson, ele nem sabia o que estava acontecendo. As investigações avançam. Os suspeitos já foram identificados.  As imagens da câmera de segurança dos Correios exibem cenas fortes e tão repugnantes de um bandido que atira contra o vidro da porta principal, alvejando o pescoço do militar.
Denisson carregava uma arma, como todos os policiais, mas estava desarmado de intenções quando se aproximou daquela agência. No chão, tentando estancar o sangue com as mãos, ainda foi pisoteado pelos assassinos, que agora se escondem, tentando ser envolvidos pelos “laços” da impunidade. Porém, a caça aos acusados continua e não deve cessar até que eles sejam localizados.

“O filho que toda mãe queria ter”

No velório hoje pela manhã, dona Rute, mãe de Denisson, emocionada, recordou alguns momentos da vida do filho. “Esse menino que o Senhor me deu é o filho que toda mãe, que todo pai queria ter”, disse, chorando. “Ele pegava o livro e ficava sentadinho na porta lendo. O Senhor deu a ele uma inteligência. Ele armazenava tudo, ele sabia de tudo”, orgulhou-se.

Grata pela presença de tanta gente num momento de tamanha comoção, ela fez questão de agradecer. “Muito obrigada amigos irmãos, amigos policiais, amigos de faculdade do meu filho, do curso de Direito, do curso de História, meus amigos lá da loja onde passei 34 anos, ao pastor da minha igreja. Muito obrigada por esse apoio”.
O pai do militar também agradeceu pela presença de todos. Também emocionado, ele lembrou quando viu o filho pela última vez. “Ele me abraçou e disse: ‘pai, pai’, duas vezes, como se estivesse se despedindo. Ele escolheu defender as pessoas, porque era uma pessoa muito boa. Era um menino espetacular. Morreu sem ter condição de se defender. Isso é covardia, mas isso é coisa da vida”.

O homem ainda mostrou muita sensibilidade ao se solidarizar com a realidade da Polícia Militar. “O mundo está numa violência terrível e a sociedade parece que está acreditando que os policiais são contra a população. Não é verdade. A corporação luta pelo bem da sociedade. Esses homens saem todos os dias, mas não sabem se voltam. A maioria dos policiais não tem defesa, porque a sociedade, quando acontece qualquer coisa, todo mundo vem pra cima”, desabafou.
Denisson era formando em História e fazia curso de Direito. O soldado era lotado em Camacan, mas trabalhava em São José da Vitória. Assim como a família, o rapaz era evangélico. A morte do militar chocou uma multidão de pessoas.

Alguns nem o conhecia, mas só de saber da maneira covarde como foi morto, abraçaram a causa, sofrendo, igualmente a dor compartilhada por todos: a dor da revolta e da indignação.

fONTE:http://www.verdinhoitabuna.com.br/2015/05/dor-lagrimas-e-muita-emocao-regam-o.html

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