domingo, 12 de novembro de 2017

Trabalhando as diferenças no casamento, por pr. Dr. David Merkh e Carol Sue

Deus tem senso de humor. Caso contrário, nunca teria juntado pessoas tão diferentes na instituição sagrada que chamamos “casamento”:

· O introvertido casa-se com a “vida da festa”;
· O “dorminhoco” junta-se àquela que acorda com os pássaros’
· Ele esmaga o tubo de pasta de dentes; ela faz carinho no tubo para persuadir a pasta a sair;
· Ele coloca o rolo de papel higiênico para sair de cima; ela, para sair de baixo;
· Ele que tirar férias nas montanhas; ela, na praia;

· Ele gosta de churrascarias; ela adora comida chinesa;
· Ele expressa amor por meio de atos de serviço; ela quer ouvir as palavras “Eu te amo”;
· Ele quer dormir com a janela aberta e o ventilador ligado, mesmo no inverso; ela usa dois cobertores, mesmo com a temperatura de 35 graus.

Infelizmente, nem todos acham graça nas diferenças que existem entre cônjuges. Pior, às vezes essas diferenças levam alguns casais à conclusão de que são “incompatíveis”. Logo nos primeiros anos de casamento, ficam desiludidos, frustrados, decepcionados.
Não tem de ser assim. Para valorizarmos a individualidade de cada um, precisamos entender o propósito divino por trás das diferenças entre nós. Além disso, precisamos aprender a aproveitá-las para tornar o casamento ainda mais forte. Deus chamou o homem e a mulher para se completarem, não para competirem!

Por que as diferenças?

Para entendermos esse “senso de humor divino” que une pessoas tão diferentes, precisamos voltar para o estabelecimento do casamento dentro do plano de Deus. Em Genesis 2.15-24, descobrimos alguns princípios importantíssimos que explicam por que o ditado “os opostos se atraem” é verdadeiro para tantos casais.

1.  O homem precisava de ajuda para realizar sua tarefa no jardim. Quando Deus fez o homem e o colocou no jardim do Éden, deu-lhe a tarefa de cuidar e cultivar o jardim (Gn 2.15). Logo em seguida, Deus declarou que não era bom que o homem estivesse só (2.18). Nos seis dias da criação, esta foi a única vez que Deus declarou que algo não era bom. Em outras palavras, Deus disse: “Não dá! O homem não consegue realizar sozinho a obra que eu lhe entreguei para fazer na terra. Está faltando alguém”. O que faltava era a mulher – Eva. Em Genesis 2.18b e 20, Eva foi chamada de “auxiliadora idônea”. Infelizmente, muitos distorcem estes termos para fazer da mulher/esposa uma espécie de “capacho eficiente”. Nada pode estar mais longe da verdade! O termo “auxiliadora” não significa “escrava” – alguém para lavar a roupa e fazer a comida. No Antigo Testamento, a mesma palavra hebraica foi usada para referir-se somente a uma outra pessoa – o próprio Deus! Quando se refere a Deus, o termo é traduzido por “auxílio”(Sl 33.20), “aparo”(Sl 115.9-11), “socorro”(Os 13.9) e “ajuda” (Dt 33.7). Em outras palavras, Deus é descrito como aquele que socorre os seres humanos na hora das suas maiores necessidades. Seria difícil imaginar um título mais nobre que “auxiliadora”. Por sua graça, Deus colocou um representante ao lado de cada homem casado – um auxílio e amparo que o socorre e ajuda em todas as suas necessidades. Assim deve ser a esposa para o homem e, por implicação, o homem para sua esposa – complementos idôneos um para o outro!

2.  Deus criou a mulher para completar o que faltava no homem, e vice-versa. O outro termo – “idônea” – significa literalmente “conforme o seu oposto” ou “de acordo com o que está diante dele”. Em outras palavras, a mulher corresponde ao homem, mas também completa o homem. Ela é o que ele não é, faz o que ele não faz, supre o que ele não tem, e vice-versa. Assim como os dedos de duas mãos se correspondem, mas também se entrelaçam, homem e mulher, juntos, “fecham” as respectivas lacunas na vida de cada um.

Como aproveitar as diferenças?

Infelizmente, demoramos um pouco para perceber que as diferenças contribuem para a saúde do casamento. Alguns fazem de tudo para criar seu cônjuge à sua imagem. Por exemplo, alguém apaixonado por agendas e longas listas de afazeres casa-se com alguém que é bem mais “à vontade”. Nos primeiros anos do casamento, cada um tenta fazer o outro à sua imagem; mas normalmente isso não funciona – e ainda bem! Afinal de contas, quem quer casar consigo mesmo? Escolhemos nosso cônjuge justamente pelo fato de serdiferente de nós.
Um dos segredos de um bom casamento não é que, com o passar do tempo, os dois eliminem as diferenças entre si. A chave é saber trabalhar as diferenças!
Um exemplo da biologia ilustra esse princípio. Dizem que quanto mais diversificados os genes, mais forte torna-se a espécie. Isso pelo fato de que quando dois animais com genes semelhantes cruzam, tendem a reforçar as fraquezas no código genético. No entanto, a diversidade genética enriquece e fortalece a cria, pois, genes prejudiciais são contrabalanceados por genes saudáveis.
O casamento é assim também. O casal sábio aproveita as diferenças entre si para ministrar um para o outro justamente nas áreas de fraqueza ou falha. Por exemplo:

·         Uma esposa extrovertida ajuda seu marido tímido em situações nas quais ele se sente desconfortável;
·         Um marido que não enxerga bem à noite deixa que sua esposa dirija o carro de volta para casa;
·         Uma esposa com muita capacidade de discernimento usa seu “sexto sentido” para advertir o marido contra maus negócios;
·         Um marido perfeccionista ajuda sua esposa menos detalhista a melhorar a qualidade de seu serviço;
·         Uma esposa compassiva amolece a rigidez do seu marido, que tem gênio forte;
·         Um marido menos voltado para os estudos conta com a ajuda da sua esposa estudiosa para auxiliá-lo no preparo da sua aula de escola dominical.

Poderíamos multiplica os exemplos, mas o ponto fica claro: o casal sábio aprende cedo a trabalhar as diferenças entre si para fortalecer, e não enfraquecer seu lar. Esse casal sabe que as diferenças foram criadas por Deus não para competição, mas para a complementação em casa. Quando um é fraco, então o outro é forte, e vice-versa.
É bem melhor dar risada diante das diferenças que há entre nós do que discutir sobre elas!


Pr. Dr David Merkh e Carol Sue.

Extraído do livro: "Estabelecendo alicerces:  os fundamentos de um lar cristão - 2 ed. rev. e ampl. - São Paulo: Hagnos, 2013. p. 83-86.

Fonte: https://mulherdapalavra.blogspot.com.br/2017/07/trabalhando-as-diferencas-no-casamento.html

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