sexta-feira, 21 de outubro de 2016

A Vida de Jesus – Pilatos – AULA 78 - LIÇÃO -38 - FASE 2 - 18.10-2016.


Introdução

Tomar uma decisão é uma ação que está mais presentes em nossas vidas do que imaginamos. De símplices a complexas, desde a hora em que acordamos até a hora em que adormecemos, tomamos um incontável número de decisões.

Na época de Jesus, Pilatos era o governador romano da província da Judéia. Como governador, certamente, ele era um homem que tinha que tomar muitas decisões diariamente, as quais traziam conseqüências para as vidas de milhares de pessoas. Entretanto, diante da decisão mais importante de sua vida e da história da humanidade, ele se mostrou fraco e pressionável. É sobre isso que iremos estudar na lição de hoje. Que o Espírito Santo faça de nós pessoas fortes e inabaláveis na fé!

Desenvolvimento do Ensino


Texto-base: Mateus 27.11-26 e João 18.28-19.16*

Esses textos-base de Mateus e João são complementares. Algumas coisas que são narradas em um não são narradas no outro e vice-versa. Eles nos apresentam o encontro de Jesus com Pilatos e os diálogos ocorridos entre Pilatos e a multidão de judeus comandada pelos líderes religiosos e entre Pilatos e Jesus. Nesses diálogos, algumas perguntas cruciais são feitas por Pilatos, as quais demonstram o estado agitado de sua alma. Vamos a elas:

1. Você é o rei dos judeus?

Ao se encontrar com Jesus, a primeira pergunta que Pilatos lhe fez foi se ele era o rei dos judeus (Mateus 27.11; João 18.33). O objetivo dessa pergunta era verificar se Jesus era de fato um criminoso merecedor de pena de morte, ou seja, digno de ser acusado e condenado por traição ao Império Romano, por se auto-proclamar rei dos judeus, ou não. Em Mateus, Jesus simplesmente responde:

“Tu o dizes” (Mateus 27.11). Já em João, ele apresenta uma resposta provocativa: “Essa pergunta é tua, ou outros te falaram a meu respeito?” (João 18.34).

Jesus foi acusado pelos judeus de se auto-proclamar o Messias, o Cristo, o que poderia ser
erroneamente interpretado como uma reivindicação ao trono político da Judéia. Entretanto, o próprio Jesus disse a Pilatos: “O meu Reino não é deste mundo” (João 18.36). Jesus viera para inaugurar o Reino de Deus na face da terra e não para libertar os judeus do domínio político dos romanos. Ele era um Messias espiritual e não um Messias político, como era esperado. Sendo assim, podemos interpretar a primeira pergunta feita por Pilatos como uma dúvida a cerca da pessoa de

Jesus. Seria ele o Ungido? A isso, Pilatos parece encontrar uma resposta: “‘Então, você é rei!’, disse Pilatos” (João 18.37).

2. O que é a verdade?

A essa afirmação, Jesus responde: “Tu dizes que sou rei. De fato, por esta razão nasci e para isto vim ao mundo: para testemunhar da verdade. Todos os que são da verdade me ouvem” (João 18.37). A isso, Pilatos pergunta: “O que é a verdade?” (João 18.38).

No mundo atual, essa é uma pergunta muito perigosa. A sociedade chamada pós-moderna não aceita a existência de verdades absolutas e únicas, ou melhor, nega a existência da verdade. Para o homem contemporâneo, a verdade é relativa e plural, ou seja, há diversos tipos de verdade e as pessoas podem escolher as que melhor lhes convierem. Um ditado popular expressa muito bem esse pensamento: “Religião, futebol e política não se
discute. Cada um tem a sua opinião”.

Será, entretanto, que uma realidade construída a partir de verdades relativas e plurais é possível? É possível a existência de um mundo sem certos e errados, em que cada um escolhe a opção que melhor lhe satisfizer? Será que esse tipo de realidade não faria com que as pessoas perdidas e sem limites?

Uma pergunta pela verdade, como a feita por Pilatos, está fazendo referência à busca pelo sentido da vida. Quando alguém pergunta “O que é a verdade?”, essa pessoa, na realidade, está perguntando “Qual é o sentido da minha vida?”, “Qual é a origem, razão e propósito da minha existência?”. A pergunta de Pilatos, então, revelou uma crise existencial pela qual ele estava passando, a perplexidade com que ele estava enxergando a vida.

Jesus afirmou, em resposta à pergunta de Pilatos e apesar de todas as oposições da mente pós-moderna: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14.6). Ele não disse ser um dos caminhos e uma das verdades. Ele afirmou ser o único caminho e a única verdade. Para Jesus, a verdade não era uma idéia, mas, sim, uma pessoa; ele mesmo. E apenas através dEle as pessoas poderiam ser salvas e encontrar a origem, a razão e o propósito de suas vidas, ou seja, Deus Pai.

3. O que farei de Jesus?

“Jesus é o Messias? Jesus é a verdade? O que farei, então, de Jesus?”. Essa foi a pergunta feita por Pilatos aos judeus que estavam reunidos no pátio de sua residência (Mateus 27.22). Ao que eles responderam: “Crucifica-o! Crucifica-o!”. A partir o dilema que existia em sua alma se intensifica ainda mais. “O que farei de Jesus? O que farei de Jesus?”. Se o liberasse, os judeus poderiam começar um grande tumulto, o que poderia gerar grandes problemas entre ele e o César. Se o condenasse, poderia estar matando um inocente ou o Messias ou a verdade, e os seus discípulos poderiam começar um grande tumulto.
Esse dilema e suas conseqüências psicológicas sobre Pilatos é bem expresso quando ele fala a seguinte frase a Jesus: “De onde você vem? (...) Você se nega a falar comigo? (...) Não sabe que eu tenho autoridade para libertá-lo e para crucificá-lo?” (João 19.8-10). De diversas maneiras, Pilatos tentou se esquivar da decisão que tinha que ser tomada. Tentou “passar a bola” para Herodes, mas ele a enviou de volta (Lucas 23.6-11). Tentou fazer com que o povo escolhesse entre Jesus e um prisioneiro político, Barrabás, mas o povo, manipulado pelos líderes religiosos, escolheu Barrabás

(Mateus 27.15-21; João 18.39-40). Tentou satisfazer ao desejo dos judeus apenas açoitando a Jesus, mas eles não aceitaram e pediram a sua crucificação (João 19.1-6). Por fim, ele, tentando se desvencilhar do dilema e criar uma terceira alternativa, “mandou trazer água, lavou suas mãos diante da multidão e disse: ‘Estou inocente do sangue deste homem; a responsabilidade é de vocês’” (Mateus 27.24).

Ao lavar as mãos, Pilatos se deixa vencer pela pressão dos líderes e do povo judeu e tenta renunciar


à sua responsabilidade quanto ao destino de Jesus. Mas ele não poderia fazer isso! Ele era o governador romano! Ao se omitir da decisão e entregar Jesus nas mãos dos judeus, ele estava tomando a decisão de crucificá-lo, pois sabia que isso iria acontecer. Não havia terceira alternativa! Era sim ou não! Liberá-lo ou crucificá-lo! Aceitá-lo ou rejeitá-lo! O silêncio significou não!
Conclusão

Nessa história, Pilatos fez três perguntas cruciais, que demonstraram a agitação em que se encontrava a sua alma:

          Jesus é o Messias? Dúvida quanto à pessoa de Jesus;
          Jesus é a verdade? Perplexidade quanto ao sentido da vida;
          O que farei de Jesus? Dilema quanto ao destino que Jesus teria em suas mãos.

As possibilidades de respostas a essas perguntas são limitadas:

          Sim ou não;
          Sim ou não;
          Aceitá-lo ou rejeitá-lo.

Reflexão e Desafios


  1. Quem é Jesus para você? Ele é o Messias, o Salvador?
  2. O que é a verdade para você? Jesus é a verdade?
  3. O que você fará de Jesus? Irá aceitá-lo ou rejeitá-lo?
  4. Lembre-se de que, para cada uma dessas perguntas, há apenas duas alternativas de respostas.
                         IGREJA BATISTA DO CALVÁRIO – SÃO JOÃO DO PARAÍSO – MG
                                         www.marcelooquadros.blogspot.com

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