terça-feira, 11 de outubro de 2016

A Vida de Jesus – Getsemai – AULA 77 - LIÇÃO -37 - FASE 2 - 12.10-2016.

Itrodução
Desde o pecado de Adão e Eva no jardim do Éden, a história humana tem sido marcada por sofrimentos. O texto bíblico informa que tanto o homem quanto a mulher receberam como conseqüência da desobediência sofrimentos. “À mulher, ele declarou: ‘Multiplicarei grandemente o seu sofrimento na gravidez; com sofrimento você dará à luz filhos (...)’. E ao homem declarou:

‘Visto que você deu ouvidos à sua mulher e comeu do fruto da árvore da qual eu ordenara que não comesse, maldita é a terra por tua causa; com sofrimento você se alimentará dela todos os dias da sua vida’” (Gênesis 3.16-17). O ser humano caído, então, está sujeito a uma vida com sofrimentos.

O cristão, sendo ainda habitado pela natureza pecaminosa e vivendo em um mundo caído, não está livre disso. Em João 16.33, Jesus disse categoricamente aos seus discípulos que neste mundo eles passariam por aflições. Se o sofrimento, em pequena ou grande medida, é algo inevitável, surge, então, uma pergunta: como lidar com o sofrimento?

A resposta para essa indagação pode ser encontrada na vida de Jesus, no episódio do Getsêmani.
Fora a cruz, esse foi um dos momentos de maior
sofrimento para Jesus. O evangelista Lucas chega a escrever o seguinte: “Estando angustiado, ele orou ainda mais intensamente; e o seu suor era como gotas de sangue que caíam no chão” (Lucas 22.44). Como Ele agiu e reagiu nesse episódio? É sobre isso a ministração do Núcleo Familiar de hoje.


Desenvolvimento do ensino
Texto-base: Marcos 14.32-36*

O presente texto bíblico nos apresenta Jesus e seus discípulos no jardim do Getsêmani, momentos antes de sua prisão, julgamento e crucificação. A palavra Getsêmani significa “prensa de óleo”. Tratava-se de um jardim de oliveiras, árvores produtoras de azeitonas, a partir das quais, mediante prensa, se obtinha o azeite. Nesse jardim, à semelhança de uma azeitona, Jesus foi prensado, experimentando grande dor e sofrimento. Sua aflição se deveu ao fato de estar para beber o cálice da ira de Deus contra os pecados da humanidade. Quais lições podemos extrair disso? São elas:

1. Jesus, assim como nós, experimentou sofrimento

A primeira e básica lição dessa história está nos versículos 33 e 34, que dizem: “E começou a ficar aflito e angustiado. E lhes disse: ‘A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal’”. Aflição, angústia e tristeza. Sentimentos que expressam o sofrimento que uma pessoa está experimentando. Assim como nós, Jesus também sofreu. Hebreus 4.15 diz que Ele conhece exatamente os dilemas humanos. À exceção do pecado, Ele foi um homem como os demais. Sendo assim, ele pode se compadecer de nós em nossos sofrimentos e nos ensinar, com seu exemplo, a como lidar com eles.

2. Jesus não experimentou o sofrimento sozinho

O versículo 33 e 34 também nos informam que Jesus não passou pelo sofrimento do Getsêmani sozinho. Ao se retirar para orar, Ele levou consigo Pedro, Tiago e João, seus discípulos mais chegados. Ao começar a ficar aflito e angustiado, ele não guardou esses sentimentos para si, mas compartilhou-os com seus amigos e lhes pediu companhia e ajuda. Jesus se cercou de pessoas para o apoiarem em seu momento de sofrimento. Há uma lição nessa atitude. Não é bom enfrentarmos as tribulações sozinhos e isolados, mas, sim, acompanhados de pessoas que possam nos ajudar e com as quais possamos compartilhar nossas aflições e pedir auxílio. Se o Deus encarnado precisou de pessoas em um dado momento, por que nós não precisaríamos? Vale aqui, porém, uma ressalva.

Não devemos colocar nossa esperança e confiança completamente e somente em pessoas, pois, assim como os discípulos de Jesus, elas podem falhar em sua ajuda (vv. 37-42).

3. Jesus orou a Deus Pai em meio ao sofrimento

Jesus não recorreu apenas a pessoas em seu momento de sofrimento. Ele também recorreu ao auxílio divino. O versículo 35 diz que Ele se afastou um pouco dos seus discípulos, prostrou-se e orou ao seu Pai. O auxílio de pessoas não anula a ajuda de Deus e a ajuda de Deus não anula o auxílio de pessoas. Ambos são necessários. Conforme Ed René Kivitz, pastor da Igreja Batista de Água Branca, localizada na cidade de São Paulo: “Pessoas precisam de Deus, pessoas precisam de pessoas”.

Além disso, podemos aprender também com essa história como orar a Deus em momentos de sofrimento. O presente texto registra a oração feita por Jesus ao Pai, no Getsêmani (v.36). Ela tem três partes:

  1. “Aba, Pai, tudo te é possível”: Primeiramente, Jesus declarou sua fé no poder de Deus. Ele mesmo, anteriormente, já havia declarado: “Todas as coisas são possíveis para Deus” (Marcos 10.27). Jesus creu que para o seu Pai não havia pedido impossível de ser respondido e que poderia ser atendido em sua oração, independentemente de qual fosse. Ele se aproximou de Deus com a atitude correta, conforme Hebreus 11.6, que diz: “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam”;

  1. “Afasta de mim este cálice”: Em meio à aflição, angústia e tristeza e motivado pela fé, Jesus colocou sinceramente o seu pedido diante do Pai. A razão principal de sua encarnação era a morte na cruz para a salvação dos pecadores. Entretanto, na proximidade daquele evento, ele pediu ao Pai que o livrasse daquilo, que a obra não fosse realizada daquela maneira. Por mais absurdo que fosse o pedido, Ele teve confiança em Deus e não hesitou em fazê-lo;

  1. “Contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres”: Ao apresentar ao Pai o seu pedido, Jesus entregou-lhe sua causa e confiou na boa, agradável e perfeita vontade do seu

Deus. Ele expressou o seu desejo, mas se submeteu aos planos divinos. Não Ele tinha uma vontade, mas não trocaria por nada os desejos de seu Pai.

4. Jesus não desistiu de seus amigos, mesmo quando eles falharam

Os versículos 37 a 42 nos apresentam Pedro, Tiago e João, os discípulos mais íntimos de Jesus, falhando por três vezes com o seu Mestre. Ao invés de vigiarem e orarem “com” e “por” Jesus, eles adormeceram e o deixaram sozinho. Aliás, essas não foram suas únicas falhas. Pedro, anteriormente, o havia repreendido tolamente quando Ele anunciou que iria morrer e ressuscitar (Marcos 8.31-32). Tiago e João lhe fizeram um pedido também tolo e egoísta, ao requisitarem se assentar um à sua direita e outro à sua esquerda na glória (Marcos 10.35-40). E Pedro, uma vez mais, após lhe jurar fidelidade durante a última ceia (Marcos 14.27-31), o negaria por três vezes no pátio do sumo sacerdote (Marcos 14.66-72). Entretanto, apesar dessas tantas e outras falhas, Jesus não desiste de seus discípulos e, como diz João 13.1, ama-os até o fim. Um prova disso é a restauração experimentada por Pedro após ter negado a Jesus por três vezes (João 21.15-17). Também por três vezes, Pedro teve a oportunidade de confessar o tipo de amor que tinha pelo Mestre Jesus e de ouvir dEle o chamado para pastorear suas ovelhas.

Conclusão

Jesus, o Deus encarnado, também passou por sofrimentos. Ele sabe o que é ser humano. No que se refere a isso, podemos aprender o seguinte com Ele:

       É bom contarmos com pessoas e com Deus em momentos de tribulação. Com pessoas compartilhamos, a Deus oramos;

       Ao orarmos, devemos crer que tudo é possível para Deus, expor o nosso pedido com sinceridade e nos sujeitar à vontade divina (1João 5.14);

       Em momentos de tribulação, se nossos amigos falharem, devemos ser misericordiosos e não desistir deles.

Reflexão e Desafios



  1. Como você tem enfrentado seus sofrimentos: sozinho ou cercado de pessoas?
  2. Você ora a Deus em momentos de sofrimento? Como têm sido essas orações?
  3. Há algum amigo que você tenha abandonado por uma falha em um momento de sofrimento?
Será que não é o caso de uma reconciliação?

  1. Qual é o seu Getsêmani momento? Com que sofrimento você está lutando?
  2. Forme grupos de 2 ou 3 pessoas e estimule-as a compartilhar suas aflições e orar;
  3. Desafie as pessoas a orarem sinceramente, conforme a oração feita por Jesus no Getsêmani;
  4. Incentive as pessoas a, durante a semana, em momentos de aflição, procurar umas às outras para auxílio mútuo e oração. 

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