terça-feira, 1 de janeiro de 2019

A IGREJA E OS DESAFIOS DA PÓS-MODERNIDADE

“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos”.
II Tim. 3:1
                   O primeiro grande desafio que a Igreja atual enfrenta é a crescente urbanização do mundo, com o inchamento das grandes cidades, metrópoles e megalópoles, como é o caso do Rio de Janeiro, São Paulo, Dubai, Tóquio e outras do mesmo porte mundo a fora, que geram desafios que devem ser encarados com muito critério. O primeiro deles é a diversificação cultural. Desta forma, Paulo que era de origem judaica, nasceu em Tarso e sofreu a influência helênica, vivenciou a diversidade como característica cultural do Império Romano. O latim era o idioma oficial, mas o grego predominava erm suas fronteiras entre povos de raízes culturais bem distintas. De igual modo, os centros urbanos, hoje, não são culturalmente homogêneos.
                   Há de se pensar também na falta de oportunidades sociais, pois a grande maioria não consegue sequer chegar à base da pirâmide social e acaba vivendo à margem do processo, nos subempregos, entregues às drogas, à mendicância, à prostituuição, ao banditismo e toda sorte de violência. Em função disso, constata-se o surgimento de favelas. Esse fator, afeta diretamente a sociedade. Nos últimos meses, o Brasil como outros paises do mundo, enfrenta o problema dos refugiados. Pessoas que fogem de seus paises a procura de refúgio e segurança para suas familias.
                   O materialismo é também, uma característica da metropolização. Se, de um lado a luta pela sobrevivência leva os mais pobres a pensar apenas no que comer hoje, isto é, sem qualquer tempo para os assuntos espirituais, por outro lado, os detentores de riquezas agem como o rico da parábola de Lc. 12: os bens materiais somente lhes interessam. Nessa premissa, o reflexo nas igrejas é inevitável. Um país capitalista como o nosso, onde a possibilidade de ascenssão às camadas sociais mais elevadas tem levado muitos cristãos a ocuparem seu tempo com tudo aquilo que lhe projeta socialmente e financeiramente, estabelecendo isso como prioridade, colocando o reino de Deus em segundo ou terceiro plano.
                   Outro aspecto são as novas tendências sociais que alteram valores sagrados para a saúde moral da sociedade, ditando um novo conceito de familia, completamente divorciado dos princípios do Evangelho e, perigosamente vem atingindo até mesmo nossos arraiais. Isto sem falar na incidência de outras circunstãncias como a secularização, a defesa do aborto, a prática da homossexualidade, vida em comum entre jovens sem o compromisso do matrimônio, corrupção, entre outras situações que tornam os defensores dos padrões bíblicos aparentemente antiquadros e ultrapassados.
                   O avanço das seitas se constitui, também, noutra face do desafio da vida urbana. Elas surgiram na época de Paulo conforme ele escreveu à Timóteo na 2ª Carta cap. 2:14-19 e nos anos subsequentes do Cristianismo mas em nenhum outro tempo da história tiveram expansão considerável como nos dias atuais. Carregadas de apelações e estratégias de auto-ajuda utilizam de todos os recursos disponíveis pela mídia e pregam uma teologia completamente adversa dos princípios do Evangelho genuíno atraindo multidões. Seus objetivos são puramente comerciais cujo marketing possibilita uma rápida proliferação enriquecendo seus líderes que se revelam como donos e fundadores de suas igrejas, cujos nomes estão a todo tempo em evidência e nunca o nome de Jesus, o verdadeiro idealizador do cristianismo.
       Por último, entre outros desafios, está o da solidão cósmica. Apesar da multidão que o cerca, da imensa selva de pedra na qual vive e o imenso rol de problemas próprios da grande cidade, o indivíduo tem se demonstrado extremamente só, deprimido e  perdido no cosmo. O grande desafio ocorre quando líderes religiosos são vítimas desta catástrofe, os quais de promotores de condutas moderadas, passam a ser vítimas do desequilíbrio chegando até ao suicídio e outros desvios de conduta. Cada vez mais se tem notícia de que jovens deixam a casa e o convívio de seus pais e passam a morar sozinhos em busca de uma “pseudo liberdade”. Na verdade, este comportamento só contribui cada vez mais para o desmoronamento social como: a desestrutura familiar, a porta aberta para a sexualidade livre e o consumo de drogas, entre outros.

SAMUEL AMARO, PASTOR
Presidente da CBM

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