segunda-feira, 19 de novembro de 2018

COLUNA VIDA EM FAMÍLIA O segredo de um casamento duradouro

Recentemente, a imprensa noticiou que o Guinness Book, o livro dos recordes, reconheceu o casal japonês, Masao e Mitako, como o casal que tem o casamento mais longo do mundo. Eles estão casados há 80 anos. Perguntada sobre o segredo para um casamento durar tanto tempo, ela respondeu que é a paciência, a tolerância.

Interessante que a repórter perguntou somente a ela e não a ele também. Mas isso é outro problema que muita gente não percebe, que é de fundo ideológico. Mas vamos ao que interessa.
T-o-l-e-r-â-n-c-i-a!

Ela está absolutamente certa. Um casamento, para durar muitos anos, é preciso que aja, em ambas as partes, esta atitude: paciência ou tolerância.

Tolerância é arte de conviver com o outro, sabendo que muitas coisas no cônjuge não  mudarão e temos que administrar isso na relação conjugal para a permanência do próprio casamento.

Em um dos seminários para casais que eu e minha esposa, ElizabeteBifano, oferecemos nas Igrejas, há mais de 20 anos, e que tem ajudado centenas de casais, lembramos que existem dois tipos de conflitos: os conflitos temporários e os permanentes. Os permanentes são aqueles que estão arraigados à nossa personalidade, na nossa formação, que são muito difíceis de serem resolvidos. Então, o segredo para conviver com esses conflitos, os permanentes, é uma boa dose de paciência, de tolerância.

Não adianta ficar, como diz o adágio popular, dando murro em ponta de faca para que o outro mude. Nesse caso, é necessário ter somente a paciência, aprender a tolerar. É importante lembrar que quando usamos a expressão “tolerar”, de forma alguma recomendamos tolerância a abusos, violência doméstica e outras coisas que diminuem o outro. Tolerância, aqui, são aquelas atitudes que não gostaríamos de ver no outro, mas estão lá.

Vou dar um exemplo do meu próprio casamento.  Sempre quando chego em casa, na maioria das vezes, deixo minha carteira, óculos e chaves sobre a mesa da sala. Eu sei que minha esposa, Bete, não gosta, mas minha atitude é quase instintiva. Ela já falou comigo várias vezes sobre isto e, muitas vezes, eu tomo cuidado de colocar esses objetos em um lugar apropriado. Mas quando tenho uma recaída, ela já não fala mais nada. Já cansou de falar. Agora, quando cometo este deslize, ela pratica a tolerância, a paciência. Para que ficar brigando todas as vezes que faço isso? Entre brigar e tolerar, ela escolheu a bifurcação entre paciência e tolerância. O apóstolo Paulo quando escreveu sobre o amor, em I Coríntios 13, afirmou que o amor é paciente, é tolerante (I Coríntios 13.4,7).

A tolerância ou a paciência deve ser cultivada e exercida a cada dia da relação conjugal sempre pensando que este é o melhor caminho para o bem da relação. Com certeza, temos muitos motivos que nos aborrecem e que gostaríamos que não existissem na relação, mas estão lá.

Para a tolerância fazer parte de nossa atitude no casamento precisamos pedir a Deus por ela. Deus é paciente conosco. Ele pode nos ajudar neste sentido. Um outro exercício é contar de 1 a 100, pausadamente. Um terceiro caminho é maximizar as virtudes e minimizar os defeitos do cônjuge. Se caminharmos pela estrada da tolerância podemos, quem sabe, bater o recorde dos idosos japoneses.
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Gilson Bifano. Escritor, palestrante e coach na área de casamento e família. Siga-o no Instagram: @gilsonbifano
Contato: oikos@ministeriooikos.org.br

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