Mesmo
com as campanhas governamentais (“se beber não dirija”) destinada aos
motoristas, a “lei seca” e apesar da antiga proibição vender bebidas
alcoólicas a menores de 18 anos, o consumo de bebidas alcoólicas tem
crescido e iniciado com menos idade.
Em
uma reportagem na TV a cada grupo de dez adolescentes, quatro iniciam o
uso de bebida alcoólica aos 13 anos de idade. Destes, 50% o fazem com a
permisão e participação dos familiares, ou seja, em casa. Os outros 50% o
fazem com amigos. Cabe aqui destacar que quanto mais cedo iniciar o uso
de bebidas aumenta potencialmente a probabilidade de e tornar
alcoólatra.
Sem
nenhuma base de pesquisa científica, apenas na observação, percebemos
que no meio evangélico a bebida alcoólica acompanha em certo sentido os
mesmos dados mencionados acima.
O QUE LEVA UM ADOLESCENTE EVANGÉLICO AO USO DE BEBIDA ALCOÓLICA?
1 –
IDENTIFICAÇÃO – Considerando o argumento de que o adolescente está em
busca de identidade pois a
infantil já não existe mais, sendo o uso do
álcool “coisa de gente grande” torna-se a ingestão do álcool, uma ato
ritualístico, uma passagem para o mundo adulto. Ora! Se de fato há esta
busca de identidade de criança para adulto, há outros ritos de passagem!
O primeiro emprego, uma viagem sozinho, sem os pais...por que tem que
ser o álcool?
2 –
RELATIVIZAÇÃO – As novas interpretações, as releituras bíblicas, por
parte dos liberais, argumentos da culturalidade, abrem as portas para a
permissividade da bebida alcoólica. Sem adentrarmos nas exegeses dos
textos bíblicos, basta uma leitura em Provérbios para verificarmos as
várias, claras e literais advertências e consequências do uso de bebida
alcoólica. 23:19-21 - "Ouve, filho meu, e sê sabio; guia retamente no
caminho o teu coração. Não estejas entre os bebedores de vinho nem entre
os comilões de carne. Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a
sonolência vestirá de trapos o homem" 23: 29-35 "Para quem são os ais?
Para quem, os pesares? Para quem, as rixas? Para quem, as queixas? Para
quem, as feridas sem causa? E
para quem, os olhos vermelhos?Para os que se demoram em beber vinho,
para os que andam buscando bebida misturada. Não olhes para o vinho,
quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa
suavemente. Pois ao cabo morderá como a cobra e picará como o basilisco.
Os teus olhos verão cousas esquisitas, e o teu coração falará
perversidades. Serás como o que se deita no meio do mar e como o que se
deita no alto do mastro e dirás: Espancaram-me, e não me doeu;
bateram-me, e não o senti; quando despertarei? Então tornarei e
beber" 20: 1 "O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora;
todo aquele que por eles é vencido não é sábio" 31: 1-7 "Palavras do rei
Lemuel, de Massá, as quais lhe ensinou sua mãe. Que ti direi,
filho meu? Ó filho do meu ventre? Que ti
direi, ó filho dos meus votos? Não dês às mulheres a tua força, nem os
teus caminhos, às que destroem os reis. Não é próprio dos reis,
ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar
bebida forte. Para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o
direito de todos os aflitos. Dai bebida forte aos que perecem e vinho,
aos amargurados de espírito; para que bebam e se esqueçam da sua
pobreza, e de suas fadigas não se lembrem mais"
3 –
SOCIALIZAÇÃO – A desculpa de beber socialmente (a turma bebe) é a defesa
mais requerida pelos adeptos do álcool. Os argumentos, “normal”, “todo
mundo faz”e “nada a ver”revela o grau de socialização neste mundo que
tem como príncipe o malígno. Que socialização mais das trevas, mais
doentia, mais hipócrita. Se de fato queremos viver em sociedade, se de
fato queremos o bem social, o peso maior deve ser a consideração dos
efeitos devastadores do álcool na sociedade: lares sofridos, violência
familiar, desastres, misério, ruínas, destruição de vidas, etc.. Pode
ser que alguns bebedores se controlem mas por amor aos que não se
controlam, por amor as vítimas destes que nada tem a ver, por amor a
sociedade rejeitemos a bebida
alcoólica.
4 –
NORMALIZAÇÃO – A mídia tem a força de transformar o mal em bem, a
embriaguez em lucidez, a doença em saúde, o defeito em virtude. O álcool
tornou-se a água da vida, o líquido essencial para vivermos. Entre os
adolescentes é normal vomitar depois de tanto beber, é normal acordar
abraçado ao vaso sanitário, até dá status diante da galera fazer alguma
loucura por causa do álcool. Estar muito doido, muito louco, é a grande
aventura teen! Normal! Os milhões de reais gastos nos comerciais de
cerveja onde aparecem personagens no mínimo bizarros com lindas mulheres
e alegres homens idolatrando uma garrafa revela o poder que há por trás
da indústria do álcool. Uma cena surreal: Adolescentes (1) com seus
amigos (2) bem vestidos (3)
nutridos (4) com fé em Deus (5) com teto para se abrigar (estes 5 ítens
seriamsuficientes para satisfação de vida) num barzinho tendo no centro
da mesa garrafas de bebidas alcoólicas. Quanto vázio! Quanta insensatez!
5 –
NORMATIZAÇÃO - Em decorrência da norma-li-zação vem a norma-ti-zação do
uso do álcool. Além de normal é norma! - “Se você não beber não faz
parte da nossa turma”. - “Homem que é homem bebe”. O mais triste é
adolescentes se sujeitarem a isto, aceitam as condições estabelecidas
por estes mui amigos, pior ainda apresentam dúvidas de identidade sexual
crendo que bebendo estarão provando a masculinidade. Quanta
infantilidade, coisa de criança: “vai ver se estou lá na esquina”. E
eles vão! Somos livres em Cristo, não somos obrigados a nada que é
imposto pela sociedade cega, que ofenda ao Senhor. O álcool é mais uma
sisterna rota que o ser humano elaborou na tentativa de suportar a
vida fora do Édem. O álcool é a tentativa de anestesiar as dores da
vida, é a ilusão de alterar relidades, é a idéia macabra de se matar
para viver. Jesus Cristo é a fonte de água viva, enchei-vos do Espírito
de Cristo, o Reino de Deus tem outros valores, estamos mas não somos
deste mundo!
Wanderley Rangel Filho – www.pavi.psc.br
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