INTRODUÇÃO
O homem ao ser salvo por Cristo Jesus ele passa
a pertencer a Deus. Geralmente dizemos que o crente pertence a Deus por três
motivos:
(1) Direito de criação = Deus criou
o homem por isso é sua propriedade ( Gênesis 1.26,27 ; Salmos 24.1-2 );
(2) Direito de preservação = Deus é
quem dá o ar, a vida e tudo mais que o homem necessita (I Crônicas 29.1-10);
(3) Direito de redenção. O crente
foi comprado com o precioso sangue de Jesus Cristo, por isso lhe pertence (I
Pedro 1.18-20; I Coríntios 6.19-20).
Por
estas razões o crente reconhece que pertence a Deus e que a Ele deve prestar
contas de todos os seus atos. Sabe que nada neste mundo de fato é seu, tudo
pertence a Deus, mas que ele recebe tudo para administra-lo durante o período
de sua vida aqui na terra. É a doutrina da mordomia cristã. O termo mordomia
cristã vem de mordomo, aquele que administrava todos os negócios do seu senhor.
É nesta acepção que nós usamos a palavra. A mordomia cristã envolve muito mais
do que podemos suportar á primeira vista. Não diz respeito apenas aos bens
materiais. Envolve toda a nossa vida: tempo, influência, talentos, corpo, bens
matérias, dinheiro, etc. Nenhum aspecto de nossa vida está fora da mordomia
cristã.
Como
somos salvos por Cristo, temos bênçãos e privilégios, mas temos também as
responsabilidades decorrentes disto. Somos verdadeiramente filhos de Deus,
gozamos de íntima comunhão com Deus, temos convicção de que ele tem muitas
bênçãos para nós, que nos atende em nossas petições e está reservando um céu
maravilhoso para cada um de nós. Mas isto implica em responsabilidades e
deveres. Sucintamente vejamos estas responsabilidades em quatro áreas:
O CRENTE E O SENHOR
A
responsabilidade do crente é com o Senhor, advindo daí os nossos deveres para
com Ele, em todas as outras áreas. A relação do crente e pessoal e constante.
No ato da conversão aceita Jesus Cristo com seu Salvador e consequentemente
como Senhor de sua vida. Por isto ele é servo, deve sempre buscar a vontade do
Senhor. Ele deve saber que não tem mais o direito de querer agir conforme a sua
própria vontade, mas buscar e fazer a vontade de Deus. O crente pertence
totalmente ao Senhor e a sua vida deve servir em tudo para a glorificação de
Deus. Nada deve fazer que venha a desabonar o Evangelho de Jesus Cristo.
Estando com a sua vida sintonizada com a vontade de Deus, recebe a luz
necessária para tudo o que deve fazer. Pela leitura da Bíblia, oração, sermões
que ouve nos cultos, vai ficando cada vez mais consciente quanto ao seu modo de
viver. Ele sabe que, em última análise, ele tem uma responsabilidade pessoal
com Deus e que no final de sua vida irá prestar conta de tudo a Ele.
O CRENTE E A IGREJA
A
segunda área de responsabilidade é com relação á Igreja de Deus aqui na terra.
Ele reconhece a igreja como agência do Reino de Deus. Sabe que Jesus a fundou e
a ama. Ele também a amará e fará tudo ao seu alcance para que haja progresso na
Igreja em todos os aspectos. Assim, logo após a sua conversão, o seu primeiro desejo
será fazer parte da igreja, pedindo para isto o batismo. Participará de todos
os cultos e trabalhos de sua igreja. No culto não será um mero assistente e sim
um participante ativo nos cânticos, nas orações, na leitura da Bíblia e um
ouvinte atento á mensagem que Deus envia através dos seus pregadores.
Participará também de todas as organizações internas da igreja: EBD, Uniões de
Treinamento, Escola de Missões, etc. Convidará seus conhecidos, colegas de
trabalho ou de estudo para que assistam aos cultos de sua igreja. Procurará
também evangelizar outras pessoas. Dará a sua contribuição financeira para a
manutenção dos trabalhos da Igreja. Através
de uma vida cristã digna, procurará honrar o nome de Cristo e de sua
Igreja. Orará pela Igreja, seu Pastor, seus trabalhos. Ajudará no trabalho de
visitação aos irmãos necessitados, aos decididos, aos hospitalizados, etc.
O CRENTE E SEU LAR
Outra
área importante a ser considerada na vida do crente é o seu lar. Suas
responsabilidades são maiores que as do homem sem Cristo. A conversão traz
mudanças em todos os setores da vida do homem. Ele reconhece que o lar que tem,
foi dado por Deus. E na intimidade do lar é que ele vai mostrar que de fato
Cristo mudou toda a sua vida. Todas as suas ações devem ser movidas pelo amor.
Ele deve mostrar-se paciente, manso, temperante, não dando vazão ao mau gênio e
desejoso de viver o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo em seu lar. Se não são
salvos, devem ser levados a Cristo pela sua conduta cristã.
O
crente deve manter um culto doméstico todos os dias. Ainda que simples: leitura
de um trecho da Bíblia, algum cântico e orações. É momento propício para orar
pelos membros do lar, pela conversão dos parentes e pelas necessidades da
igreja.
Os
esposos crentes têm deveres mútuos. Devem amar-se; serem leais e sinceros um
para com o outro; terem confiança mútua, devem orar um pelo outro; não se
criticarem um ao outro diante de terceiros; não falar mal um do outro; ajudar a
levar a carga um do outro; manterem a instrução religiosa da família e mostrar,
pelo exemplo, o procedimento cristão correto aos filhos.
Outra
grande responsabilidade do crente no lar é para com os filhos. Os pais devem
aos filhos primeiramente o amor verdadeiro e isto deve levar a tratá-los de
modo que venham a ser crentes. Além do ensino, o testemunho no lar contribui
grandemente para isto. Mesmo as pequeninas coisas não passam despercebidas ás
crianças e influem na vida deles. Devem também discipliná-los, quando
necessário.
O CRENTE E A
SOCIEDADE OU O SEU SEMELHANTE
O
crente tem deveres para com a sociedade em que vive. Jesus deixou bem claro que
ele deve ser o “sal da terra e luz do mundo’’ (Mateus 5.13-14). Ele está no
mundo, mas não é do mundo ( João 17.15;16). Transformando pelo poder de Deus, a
vida do crente deve seguir os padrões bíblicos e não os padrões do mundo. Com a
sua íntegra, deve influenciar positivamente os seus semelhantes. Antes de seu
testemunho verbal deve haver o testemunho de vida em todos os sentidos. Ele tem
o dever de falar de Jesus Cristo ao seu semelhante e convidá-lo para os cultos
de sua igreja. O crente tem o dever de amar seus semelhantes e ajudá-los em
suas necessidades tanto espirituais, como físicas ou matérias.
CONCLUSÃO
A vida do crente deve servir em tudo para a
glorificação do nome de Jesus Cristo. Ele deve reconhecer o senhorio de Jesus
Cristo em sua vida. Não pode viver de um modo egoísta pensando só em si e em
sua família. Deve lembra-se de que é servo de Deus, que deve viver para servir
e que um dia dará contas de tudo a Deus. Em todos os seus atos primeiramente
buscará a direção e orientação do Senhor.
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