Introdução
Jesus veio à terra com uma missão: inaugurar o Reino de Deus. Todo o seu
ministério apontou nessa direção. Na lição de hoje, vamos estudar dois textos
bíblicos que falam de maneira resumida sobre isso. Que o Espírito Santo
implante o Reino de Deus “em” e “no meio de” nós!
Desenvolvimento
do Ensino
Texto-base: Lucas
4.14-30 e Mateus 4.23-25
O ministério de Jesus teve início logo após o seu batismo por João
Batista, um período de quarenta dias de jejum no deserto e sua tentação pelo
diabo. Em seu batismo, ele recebeu a unção do Espírito
Santo, a confirmação de sua identidade de Filho de Deus e a aprovação de
Deus Pai. Em seu jejum, ele buscou intensamente ao Pai. Em sua tentação, ele
foi testado e aprovado, mostrando-se, assim, apto para realizar a missão de
inauguração do Reino de Deus na terra. Os textos-base dessa lição nos
apresentam de maneira resumida o ministério realizado por Jesus durante os seus
dias entre os homens. Quais são os elementos desse ministério? São eles:
1. A unção do Espírito Santo
Lucas 4.14 diz: “Jesus voltou para a Galiléia no poder do Espírito”.
Além disso, após ler o trecho do livro do profeta Isaías que diz “O Espírito do
Senhor está sobre mim” (v.18), Jesus disse que nele esse texto encontrava o seu
cumprimento, ou seja, Ele era o Ungido de Deus (vv.20-21).
Em seu ministério, Jesus não realizou grandes e extraordinários feitos
porque era Deus, mas, sim, porque tinha a unção do Espírito Santo. Se assim não
fosse, ele não teria dito aos seus discípulos:
“Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará
coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para o
Pai” (João
14.12). Apenas mediante a unção do Espírito
Santo, derramado pelo próprio Jesus após a sua ascensão (João 16.7; Atos
1.8), os discípulos fariam as obras que Ele fez e ainda maiores. Além disso,
apenas após o batismo nas águas e a unção do Espírito Santo é que Jesus iniciou
o seu ministério, o que demonstra que foi uma obra baseada nessa unção.
2. A pregação do Evangelho do
Reino
Lucas 4.18-19 diz: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me
ungiu para pregar boas novas aos pobres. (...) e proclamar o ano da graça do
Senhor”. Mateus 4.23 diz: “Jesus foi por toda a Galiléia, (...) pregando as
boas novas do Reino”.
Em seu ministério, Jesus pregou o Evangelho do Reino. A palavra
“Evangelho” significa “boas notícias”. Quais são as boas notícias? De acordo
com o anjo de Lucas 2.10-11, a boa notícia é que
Jesus é o
Salvador. Segundo Paulo, em 1Coríntios 15.3, a boa notícia é que “Cristo morreu
pelos nossos pecados”, ou seja, em Cristo, os seres humanos
podem ter os seus pecados perdoados e serem, assim, reconectados com Deus.
A partir disso, Jesus começou o seu ministério
pregando: “O tempo é chegado. (...)
Arrependam-se e creiam nas boas novas!” (Marcos 1.15). O primeiro
apelo do Evangelho é que os seres humanos reconheçam, confessem e se arrependam
dos seus pecados, pois estes os separam de Deus
(Romanos 3.23; 6.23; Isaías 59.2). O segundo é que
creiam em Cristo como a solução para esse problema, pois através dele os
pecados da humanidade são perdoados, havendo, assim, reconexão com Deus e
resgate da morte espiritual.
3. O ensino dos princípios do
Reino
Mateus 4.23 diz: “Jesus foi por toda a Galiléia,
ensinando nas sinagogas deles”. Jesus tinha dois tipos de mensagem: a pregação
do Evangelho do Reino às multidões e o ensino dos princípios do Reino aos
discípulos. Sendo assim, ele tinha dois tipos de fala para dois distintos tipos
de público: a pregação para as multidões e o ensino para os discípulos. Ao
falar para as multidões, geralmente, Jesus fazia uso de parábolas, por causa de
seu aspecto cotidiano e misterioso. Mateus 13.34 diz: “Jesus falou todas estas
coisas à multidão por parábolas. Nada lhes dizia sem usar alguma parábola”. Já
com os discípulos, ele ensinava de maneira clara os princípios do Reino de
Deus. Ele disse aos discípulos, em Marcos 4.11: “A vocês foi dado o mistério do
Reino dos seus, mas aos que estão de fora tudo é dito por parábolas”.
Complementando essa idéia, Marcos 4.34 diz: “Não lhes dizia nada sem usar
alguma parábola. Quando, porém, estava a sós com os seus discípulos,
explicava-lhes tudo”.
O chamado “Sermão do Monte” (Mateus 5-7) é o melhor
exemplo de Jesus ensinando os princípios do Reino aos seus discípulos. Mateus
5.1-2 diz: “Vendo as multidões, Jesus subiu ao monte e se assentou. Seus
discípulos se aproximaram dele, e ele começou a ensiná-los”.
4. A cura e a libertação dos
necessitados
Lucas 4.18 diz: “Ele me enviou para proclamar
liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os
oprimidos”. Mateus 4.23-24 diz: “Jesus foi por toda a Galiléia, (...) curando
todas as enfermidades e doenças entre o povo. Notícias sobre ele se espalharam
por toda a Síria, e o povo lhe trouxe todos os que estavam padecendo vários
males e tormentos: endemoninhados, epiléticos e paralíticos; e ele os curou”.
Em seu ministério, Jesus curou os enfermos de suas
doenças e libertou os cativos de espíritos malignos. Geralmente, ele realizava
esses milagres em meio às multidões, para confirmar a pregação do Evangelho do
Reino e despertar a fé nas pessoas (Marcos 16.20; João 2.23).
5. A aceitação e a rejeição das
pessoas
Lucas 4.14-15 diz: “Jesus voltou para a Galiléia no
poder do Espírito, e por toda aquela região se espalhou a sua fama. Ensinava
nas sinagogas, e todos os elogiavam”. Mateus 4.24-25: diz: “Notícias sobre ele
se espalharam por toda a Síria (...). Grandes multidões o seguiam, vindas da
Galiléia, Decápolis, Jerusalém, Judéia e da região do outro lado do Jordão”.
Jesus, por conta de seus milagres e de suas palavras, gozou de grande aceitação
e fama na Palestina do primeiro século.
Em seu ministério, o status de Jesus oscilou entre a
aceitação entusiástica e a rejeição violenta. Entretanto, ele não se pautava
por isso. Ele conhecia o coração do homem e sabia que os interesses é que o
orientam. Quando o discurso de Jesus agradava às pessoas, essas o amavam. Quando
as desagradava, elas o abandonavam (João 6.60-66).
Conclusão
O ministério
de Jesus inaugurou o Reino de Deus e causou um grande impacto na Palestina da
época.
Ao ser questionado por alguns discípulos de João Batista se ele era, de
fato, o Messias prometido, ele responde: “Voltem e anunciem a João o que vocês
estão ouvindo e vendo: os cegos vêem, os mancos andam, os leprosos são
purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e as boas novas são
pregadas aos pobres; e feliz é aquele que não se escandaliza por minha causa”
(Mateus 11.4-6).
Mesmo recebendo aceitação e rejeições oscilantes da parte das pessoas,
Jesus, na unção do Espírito Santo, pregou o Evangelho, ensinou os princípios do
Reino e curou e libertou os necessitados, inaugurando, assim, a presença do
Reino de Deus na face da terra.
Reflexão
e Desafios
- O que Jesus pode fazer por nós?
- O que nós podemos e temos que fazer em nome dele?
- Como a célula pode continuar o ministério
iniciado por Jesus?
- Como Jesus lidou com a aceitação e a rejeição e
como nós devemos lidar com elas?
IGREJA BATISTA DO
CALVÁRIO – SÃO JOÃO DO PARAÍSO – MG
www.marcelooquadros.blogspot.com
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