Quebra
Gelo
1.
Em sua opinião, o que é tentação? Tentação é
pecado?
2.
Você esperava que as tentações cessassem após sua conversão a Jesus?
3.
Em que circunstâncias você se percebe tentado?
Itrodução
Quando ouvimos a palavra tentação, dois episódios bíblicos podem vir à
nossa mente. O primeiro é a tentação e queda do homem, registrado em Gênesis
3.1-24. Nessa história, o diabo tenta Eva, oferecendo-lhe a possibilidade de
ter os olhos abertos e, como Deus, conhecer o bem e o mal. Eva cede à tentação, desobedecendo a uma
ordem clara do Criador. Ela come do
fruto da árvore proibida e o dá a seu marido, o qual também come. Os olhos dos
dois, de fato, são abertos e eles passam a conhecer o bem e o mal. Entretanto,
também passam a experimentar a corrupção e a morte em suas vidas.
O segundo episódio é a tentação de Jesus, registrada nos Evangelhos de
Mateus, Marcos e Lucas. Nessa história, o diabo também é um dos personagens,
atuando mais uma vez como tentador. Entretanto, ela tem um final diferente. Jesus não cede à tentação
do inimigo, mas resiste-lhe através da Palavra de Deus.
Por causa da derrota dos primeiros, toda a história
humana foi manchada
pelo pecado. Por causa do triunfo
do último, a possibilidade de vitória sobre o pecado e de uma vida livre
da corrupção e da morte é disponibilizada. O que podemos
aprender sobre tentação
com o episódio de Jesus? É sobre isso a lição do Núcleo Familiar de
hoje. Que o Espírito Santo nos faça vencedores!
Desenvolvimento do Ensino
Texto-base: Mateus 4.1-11
Após ser batizado por João Batista, o mesmo Espírito que havia ungido
Jesus o conduz ao deserto, ao encontro do diabo, para ser provado por ele.
Antes de ser tentado, entretanto, Jesus passou quarenta dias e quarenta noites,
naquele deserto, em jejum. Depois disso, o diabo se aproximou dele, para tentá-lo. Qual era o quadro em que Jesus se encontrava naquele momento? Jesus estava:
·
Ungido e cheio do Espírito Santo (Mateus 3.16; Lucas 4.1);
·
Consciente e convicto de quem Ele era: o Filho de Deus
(Mateus 3.17);
·
Fisicamente fraco e psicologicamente frágil (Mateus 4.1,2);
·
Em um período de intensa busca ao Pai (Mateus 4.2).
A partir disso, ocorrem três testes aplicados pelo diabo a Jesus. Vamos
a cada um deles:
1. A
primeira tentação
a.
O teste
Se tu és o Filho de Deus, manda que estas
pedras se transformem em pães.
Na primeira tentação, o diabo coloca em dúvida a filiação divina de
Jesus, desafiando-o a
realizar um milagre que satisfaria a sua necessidade de
comida e comprovaria ser ele o Filho de Deus.
Ele intentou gerar insegurança e orgulho no coração de Jesus (“Se és o
Filho de Deus”), além de egocentrismo e autonomia em relação ao Pai, o qual já havia preparado para ele todos os cuidados necessários para o pós-jejum
(Mateus 4.11). Apesar de Jesus não ter uma natureza pecaminosa, essa foi uma
tentação da carne, da satisfação imediata dos
apetites.
b.
A resposta
Está escrito: “Nem só de pão
viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”.
Jesus não se permite cair na armadilha
do tentador. Ele rebate
a tentação provocadora utilizando-se das Sagradas Escrituras. Ele toma “a espada do
Espírito, que é a palavra de Deus” (Efésios 6.17), e contra-ataca a investida
do diabo. A palavra de Deus era seu principal alimento, sua necessidade maior. Sendo assim, não duvidaria de quem era, pois seu Pai já o
havia afirmado e daria mais atenção à vontade
de Deus do que às suas necessidades físicas momentâneas, crendo
que o Pai já havia preparado
todo o suprimento de que Ele necessitava.
2. A
segunda tentação
a.
O teste
Se és o Filho de Deus, joga-te daqui para baixo. Pois está escrito: “Ele
dará ordens a seus anjos a seu respeito, e com as mãos eles o segurarão, para
que você não tropece em alguma pedra”.
Na segunda tentação, o diabo tira Jesus do deserto e o leva à parte mais
alta do templo de Jerusalém. Duvidando mais uma vez de sua filiação divina, ele
desafia Jesus a testar o cuidado paternal de Deus por sua vida, jogando-se do
alto do templo. Para tanto, ele se
utiliza da mesma estratégia de Jesus, citando um texto das Sagradas Escrituras com o sentido
distorcido. A confiança de Jesus na proteção e cuidado
do Pai é atacada. Mais uma vez o diabo tenta semear dúvida e orgulho em seu coração.
b.
A resposta
Também está escrito: “Não ponha à prova o
Senhor, o seu Deus”.
Jesus não se deixa enganar
e responde com a mesma
moeda (“também está
escrito”), desmascarando, a
interpretação e aplicação incorretas que o tentador havia feito do texto
bíblico citado. O cuidado do Pai por sua vida não precisava ser provado. Não era necessário testar o Pai para saber que ele o
amava como Filho. Ele já havia dito
isso.
3.
A terceira tentação
a.
O teste
Tudo isto
te darei, se te prostrares e me adorares.
Na terceira tentação,
o diabo leva Jesus para um monte muito alto e lhe mostra a glória dos reinos
do mundo. De posse desses reinos (o que lhe foi entregue por Adão, no Jardim do
Éden), ele os oferece a Jesus em troca de adoração. Em sua última tentativa, o
diabo não faz uma provocação, mas oferece a Jesus a facilidade de uma troca.
Ele não precisaria morrer na cruz para readquirir a posse da terra. Isso lhe
seria dado em troca de uma simples adoração.
A resposta
Retire-se,
Satanás! Pois está escrito: “Adore o Senhor, o seu Deus, e só a ele preste
culto”.
Jesus rejeita a proposta e ordena que o tentador se retire. Citando mais
uma vez as Escrituras, ele diz que apenas o Senhor
é digno de culto. Indiretamente, ele também que não tomaria
atalhos para redimir a humanidade, mas realizaria a vontade de Deus quanto
a isso. Satanás se retira e o Pai dá ordem aos anjos para servirem o Filho
de Deus em suas necessidades.
Conclusão
A tentação de Jesus, no deserto, pelo
diabo, foi um grande teste
de preparação para
o seu ministério. Ele foi aprovado
e, por causa disso, nós também podemos
vencer. Para isso,
olhe para as seguintes
conclusões:
Quando nos tenta, o diabo ataca:
·
Nossas fraquezas e fragilidades;
·
Nossa identidade de filhos de Deus;
·
Instigando-nos ao orgulho, à vaidade, à autonomia e à ganância;
·
Tentando nos tornar egocêntricos, desviando nossos olhos para necessidades pessoais;
·
Utilizando-se das Escrituras e distorcendo-lhe o significado;
·
Nossa confiança em Deus e em sua Palavra;
·
Oferecendo-nos atalhos.
Como Jesus, devemos contra-atacar:
·
Ungidos e cheios do Espírito Santo;
·
Utilizando as Escrituras, a partir de uma
interpretação e aplicação corretas;
·
Valorizando mais a comunhão com Deus do que as
necessidades pessoais;
·
Não querendo provar nada a nosso próprio respeito;
·
Reconhecendo a soberania de Deus e se submetendo à sua autoridade.
Reflexões e Desafios
1.
Quais são os momentos ou áreas em que você é tentado?
2.
A partir disso, esteja atento
a como o diabo ataca e use as estratégias de Jesus para contra-
atacar.
IGREJA BATISTA DO CALVÁRIO –
SÃO JOÃO DO PARAÍSO – MG
www.marcelooquadros.blogspot.com
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