terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Autoridade e Autoritarismo: Onde reside a autoridade do pastor e da Igreja?


Levir Merlo, pastor,
colaborador de OJB

“Aos anciãos, (presbítero, bispo e pastor), pois que há entre vós, rogo eu, que sou ancião com eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa da glória” (I Pe 5.1-4).
Onde reside a autoridade pastoral? Em uma Igreja Batista de quem é a última palavra? Pode uma comissão ou um pastor disciplinar alguém? O que cabe aos pastores?
Essas e outras indagações precisam de uma resposta, até por conta das inquietações que fervilham na mente de muitos crentes. Nesse texto de I Pedro 5.1-4, temos claramente o parâmetro bíblico de como deve se comportar um pastor verdadeiramente vocacionado. Também nas cartas pastorais de I Timóteo 3.1-7 e Tito 1.5-9 encontramos outras características de um ministro servo do Senhor. Vamos às respostas sobre as indagações acima:
1.    Onde reside a autoridade pastoral? Primeiro, sua autoridade maior tem que vir do Senhor e perante o rebanho do Senhor deve conquistá-la com o seu testemunho de vida. Mas isso não lhe dá o direito de achar que pode tomar decisão unilateral. Como ouvimos dizer: “Autoridade não se impõe, se conquista”. Fora dessa linha, entra o autoritarismo, ou seja, a ditadura que não condiz com os princípios democráticos duma Igreja Batista.

2.     De quem é a última palavra em uma Igreja Batista? Numa Igreja Batista, as decisões difíceis e complexas devem ser tomadas pela Igreja em assembleia geral. Logo, a autoridade máxima em uma Igreja Batista é Jesus Cristo, que é a cabeça da Igreja. No entanto, as decisões terrenas emanam do voto da maioria de seus membros e orientados pelo Espírito Santo, não de uma comissão ou de um pastor, salvo em casos que a assembleia delegue poderes.

3.    Pode uma comissão ou um pastor disciplinar alguém? As questões de disciplina são tão complexas e melindrosas que devem ser tomadas pela Igreja, pois foi a igreja que recomendou ao batismo tal pessoa, o disciplinado é parte do corpo, portanto cabe ao corpo decidir em assembleia sobre aquele membro. Não cabe ao pastor disciplinar membro, salvo se autorizado pela Igreja, o que é uma decisão temerária da Igreja. O máximo que um pastor deve fazer é recomendar à disciplina. Caso a Igreja não aceite a recomendação pastoral, duas possibilidades há, ou o pastor perdeu a sua autoridade, ou a Igreja é rebelde. Nesse caso, a melhor procedência de um ministro é pedir a sua exoneração, do contrário sofrerá, se desgastar e até atrapalhar a obra.
4.    O que cabe a nós pastores? Nosso respeito, como ministro da Palavra, nos está plenamente recomendado o que diz a Bíblia em I Pedro 5.1-3. E, nos demais, somos chamados para sermos servos. O Senhor nos ajude nessa condição. Nossa recompensa maior vem do Senhor, como está escrito em I Pedro 5.4.

                                                                                                             Artigo publicado no Jornal Batista

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