2 Tm 1.1-12; Parte 1
Esta carta é considerada a última do apóstolo Paulo. Ele descreve vividamente que está chegando ao fim do seu ministério. Ele está preso em roma aguardando a sua condenação. Mas, isso não quer dizer que ele está desanimado.
Max Lucado propõe algumas perguntas provocativas a Paulo: “O que sobrou para você? Se você tivesse permanecido como um judeu em Jerusalém, teria uma posição importante e uma boa aposentadoria. Se tivesse feito mais concessões, teria passado despercebido pelos romanos. Se tivesse sido menos apaixonado, poderia ter liderado uma igreja e ficado em uma cidade.”
Mesmo sem que estas perguntas tenham sido feitas a ele, Paulo as respondeu. Você pode imaginar um homem já envelhecido, cansado, com marcas de açoites e outras cicatrizes adquiridas em apedrejamentos e naufrágios. Você pode imaginar a sua fisionomia: seus olhos brilham e o seu coração queima enquanto diz com firmeza: “...guardei a fé”.
Paulo continua vibrante, otimista, feliz com o evangelho, jubiloso com o seu chamado. Veja como ele se apresenta: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pela vontade de Deus, segundo a promessa da vida que está em Cristo Jesus ,”. São palavras de fé, confiança e esperança.
Você tem encontrado esse gozo em Cristo? Seus olhos brilham quando você se lembra qual é o sentido da sua vida? Vamos entender essa carta.
A realidade mais dolorosa e comum no ministério é a realidade de Timóteo: o pastor desencorajado e pensando em desistir. O que é verdade também na vida de muitos crentes. Mas, porque Timóteo estava desanimado? Que agonias e angústias o levavam às lágrimas?
As pistas para responder essas perguntas estão em vários lugares. Timóteo era pastor da igreja de Éfeso:
· Ele teve que confrontar falsos ensinamento ali – 1 Tm 1.3-7;
· Esse problema já estava enraizado ali a muito tempo – At 20.28-30;
· Os falsos mestres eram persuasivos e estavam atraindo seguidores – 2 Tm 2.17-18;
· Timóteo era desprezado pela pouca idade;
Timóteo estava passando por momentos difíceis no seu ministério, ele orava, pregava, aconselhava, mas as coisas não estavam se resolvendo – os problemas persistiam. A crise era inevitável: “meu ministério não está dando certo”, “não vejo o poder do evangelho em meu trabalho”, “não importa o quanto eu me dedique – tudo está indo de mal a pior.”
Além disso, seu mentor estava preso. Seu ministério “parecia” terminar em derrota. Timóteo estava muito mal e isso chegou ao conhecimento de Paulo. Ele não sairia daquela situação sozinho e estava prestes a desistir de tudo. É a esse homem que Paulo está escrevendo. É esse o estado em que ele se encontra.
Por isso, 2 Timóteo é um dos livros mais encorajadores do novo testamento. Ele remodela a nossa visão do evangelho. Ele traz o que precisamos ouvir. Ele nos exorta e ensina o que o evangelho é e porque não podemos deixá-lo.
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