terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Análise de Empréstimos e Financiamentos

Empréstimos e FinanciamentosLeia aqui a análise de financiamento de imóvel gerada no módulo de Cálculos Financeiros do sotware grátis Ganância Finanças Pessoais. Utilizando o software, você poderá fazer suas análises específicas, além de visualizar a tabela de evolução do saldo devedor e comparativo de taxas e prazos, para tomar uma decisão consciente e planejada, se estiver pensando em fazer um finaciamento imóbiliário ou de um veículo, ou uma outra dívida qualquer.
A seguir, o exemplo de análise de um financiamento de R$ 50.000,00, em 180 meses, com taxa de juros de 1% ao mês:  

Informações do Empréstimo

Valor do Empréstimo (Dívida): R$ 50.000,00
Prazo (Número de Prestações): 180 meses (15 anos)
Entrada: Sem Entrada
Valor da Prestação (Parcela): R$ 600,08
Taxa de Juros: 1,00% a.m.
                      equivalente a 12,682503% a.a.


Análise Matemática do Empréstimo

Montante Total Pago: R$ 108.015,13
(R$ 600,08 x 180 meses = R$ 108.015,13)
Esse montante é equivalente a 2,16 vezes o valor do empréstimo. Ou seja, ao final do financiamento, o devedor terá pago 2,16 imóveis.
Montante Total de Juros: R$ 58.015,13
Para cada parcela paga, a parte de Juros e a parte de abatimento do Principal estão demonstrados na Tabela de Evolução do Saldo Devedor (veja no software Ganância). Mas, se calculássemos o valor de juros de maneira proporcional durante o período do empréstimo, descobriríamos que o pagamento de juros, a cada mês, seria o equivalente a R$ 322,31 (R$ 58.015,13 / 180).
Explicando melhor, a pessoa que fizer este empréstimo está optando por pagar, nos próximos 180 meses, R$ 322,31 a cada mês, simplesmente de juros.
Número de Parcelas de Pagamento de Juros: 96,69
Por outro lado, se pudéssemos separar em número de parcelas o valor de Juros e o valor de pagamento de Principal, veja que interessante: dividindo-se o montante total de juros pagos pelo valor da prestação, descobriríamos que 96,69 parcelas seriam pagas simplesmente de juros (R$ 58.015,13 / R$ 600,08 = 96,69). Ou seja, das 180 parcelas, 96,69 são para pagamento de juros e 83,31 são para efetivamente abater o valor do empréstimo.
Data da Última Prestação: 10/01/2024
Analisando a data de início do empréstimo (10/01/2009) e o prazo de pagamento (180 meses), verifica-se que a última parcela do empréstimo deverá ser paga no dia 10/01/2024. Você tem certeza de que esta parcela poderá ser paga?


Comparando com a Renda do Devedor

Agora, vamos comparar este empréstimo com a remuneração (renda) de R$ 2.000,00 por mês.
A prestação mensal deste empréstimo (R$ 600,08) equivale a 30,00% dessa renda (R$ 600,08 / R$ 2.000,00 x 100 = 30,00%).
Considerando apenas os juros proporcionais de cada prestação, veja só: sendo a remuneração (renda) do devedor de R$ 2.000,00, significa que nos próximos 180 meses, 16,12% da renda será consumida com o pagamento apenas dos JUROS deste empréstimo (R$ 322,31 / R$ 2.000,00 x 100 = 16,12%).
Isso mesmo, 16,12% da renda será gasta mensalmente apenas com o pagamento de juros.
Mais um cálculo: 16,12% x 180 meses = 29,01 meses. Esse cálculo também pode ser feito assim: Montante de Juros Pagos (R$ 58.015,13) / Renda (R$ 2.000,00) = 29,01 meses . Ou seja, o devedor precisará trabalhar 29,01 meses simplesmente para pagar juros deste empréstimo. Considerando o prazo de 180 meses do empréstimo, isso é equivalente a 1,93 meses por ano. Enfatizando: o devedor estará trabalhando o equivalente a 1,93 meses por ano, durante o período do empréstimo, apenas para pagar os juros deste empréstimo.


Escolhendo Economizar

Se, ao invés de fazer o empréstimo, a pessoa escolhesse economizar o valor mensal, quanto tempo seria necessário economizar?
Fazendo a análise simples do ponto de vista matemático, se ao invés de fazer o empréstimo o valor da prestação (R$ 600,08) fosse economizado (capitalizado) na poupança, com rendimento de 0,5% a.m., em 70 meses o valor economizado seria de R$ 50.146,69, suficiente para fazer a compra à vista. Note que 70 meses seria equivalente a 38,89% do prazo total de pagamento do empréstimo que é de 180 meses.


Considerações sobre Financiamento de Imóvel

É comum ouvirmos que pagar aluguel é jogar dinheiro fora. Mas isso não é necessariamente verdade, pois pagar juros de financiamento pode ser mais caro que pagar aluguel.
No caso desta simulação aqui, em que na análise de juros proporcionais calculamos que R$ 322,31 serão pagos simplesmente de juros a cada mês, se fosse possível alugar um imóvel do mesmo padrão por um valor inferior a esse, seria vantajoso, do ponto de vista matemático, optar por alugar um imóvel, ao invés de fazer o financiamento.
Considerando que a pessoa que fizesse o financiamento desta simulação estaria se comprometendo a pagar mensalmente uma prestação de R$ 600,08, se conseguisse alugar um imóvel pagando um valor igual ou inferior a R$ 322,31 (o valor proporcional de juros) e tivesse disciplina para economizar a diferença de R$ 277,78 (R$ 600,08 - R$ 322,31 = R$ 277,78) a uma taxa de juros de 0,5% a.m., em 129 meses acumularia o montante de R$ 50.162,57, suficiente para adquirir o imóvel à vista.


Importante Saber sobre Prazos e Taxas de Juros

Na análise do prazo de pagamento de um empréstimo, é imprescindível perceber que quanto maior for o prazo, maior será o montante de juros pagos.
Quanto à taxa de juros, qualquer variação, por menor que seja, dependendo do prazo, poderá impactar significativamente o montante de juros pagos.
Também é importante saber que o valor da parcela não decresce proporcionalmente ao aumento de prazo. A nossa tendência é pensar que quando o prazo de pagamento é aumentado, a parcela vai sendo reduzida proporcionalmente, até chegar próxima de zero. Isso não é verdade quando há juros incidentes sobre o saldo devedor. Nesse caso, a parcela nunca será inferior aos juros sobre o valor do empréstimo.
Vamos tentar explicar matematicamente:
Em um empréstimo de prestações iguais, SEM entrada (ou seja, o primeiro pagamento é em 30 dias), o valor da parcela nunca será inferior a [Valor do Empréstimo x (Taxa de Juros/100)]. Nesta simulação, por exemplo, por mais que se aumente o prazo, o valor da parcela nunca seria inferior a [R$ 50.000,00 x (1,00/100) = R$ 500,00].
Em um empréstimo de prestações iguais, COM entrada (ou seja, o primeiro pagamento é no ato do empréstimo), o valor da parcela nunca será inferior a [Valor do Empréstimo / (1 + (Taxa de Juros/100)) x (Taxa de Juros/100)]. Nesta simulação, por exemplo, por mais que se aumente o prazo, o valor da parcela nunca seria inferior a [R$ 50.000,00 / (1 + (1,00/100)) x (1,00/100) = R$ 495,05].
Veja na Tabela de Análise de Taxas e Prazos (no software Ganância), que, à medida que o prazo é aumentado, o valor da parcela reduz cada vez menos, e chega um momento que a parcela não reduz mais.
A implicação prática disso é que é necessária uma avaliação matemática cuidadosa ao escolher o prazo de pagamento de um empréstimo, considerando a taxa de juros praticada, pois, dependendo do caso, o aumento de prazo significa simplesmente acréscimo no montante de juros pagos. Como normalmente a taxa de juros é estabelecida pelo mercado e há pouco espaço para negociação, o que o vendedor (ou financiador) aceita (e até incentiva, óbvio) é negociar o aumento de prazo, mas que, sendo aumentado, embora reduza um pouco a parcela, aumenta o prejuízo para o devedor quando se considera o montante total de juros que serão pagos embutidos nas prestações.
Assim, analisando, por exemplo, um financiamento de imóvel, percebe-se que 10 anos (120 meses) já é um prazo de pagamento muito longo, considerando-se o montante de juros que serão pagos. Aumentar o prazo para 12, 15, ou 20 anos significa praticamente apenas aumentar o montante de juros pagos.
De modo geral, a única análise que as pessoas são ensinadas a fazer (pelas políticas de marketing de lojas e financeiras) ao considerar um empréstimo é verificar se o valor da prestação cabe no seu orçamento. Esse tipo de análise é um "tiro no pé" para quem vai tomar um empréstimo. Para tomar uma decisão sábia, é imprescindível avaliar também o prazo de pagamento e a taxa de juros, para calcular o montante total de juros que serão pagos, e, a partir disso, tomar uma decisão mais consciente.
Veja a Tabela de Análise de Prazos e Taxas (no software Ganância) para comparar este empréstimo com outras opções de prazos e taxas de juros, e perceba como o prazo e a taxa de juros impactam diretamente o montante total de juros pagos.


Outras Questões a Considerar

Esta breve análise considera os pagamentos das parcelas até o final, com uma análise do montante de juros de modo proporcional, sem transtornos durante o período.
Mas, se o empréstimo tiver de ser interrompido, o que acontece? Como o saldo devedor não diminui proporcionalmente (ver Tabela de Evolução do Saldo Devedor), e, certamente haveria algum tipo de tarifa de interrupção ou transferência do empréstimo, é provável que isso geraria ainda mais despesas.
Se o empréstimo ficar determinado tempo sem pagamento, o que aconteceria com o saldo devedor? Dependendo do valor do saldo devedor, da taxa de juros e do tempo que a dívida ficar sem pagamento, há a possibilidade de a dívida ficar "impagável". Para avaliar isso, seriam necessários alguns cálculos financeiros específicos.
Preste bastante atenção a essas possibilidades antes de decidir assinar um contrato.
"Assim como os pobres são dominados pelos ricos, quem toma dinheiro emprestado é escravo de quem empresta" Pv 22:7.


Nota Importante

Quando uma análise de empréstimo é feita mais detalhadamente, percebe-se, do ponto de vista matemático e lógico, o quanto é desvantajoso e desaconselhável fazer dívidas.
Os cálculos e análises aqui apresentados têm objetivos didáticos. Queremos incentivar a reflexão e motivar as pessoas a avaliarem possíveis operações financeiras que pretendem fazer, para que
tomem decisões mais conscientes. Entretanto, não podemos nos responsabilizar por eventuais prejuízos sofridos decorrentes do uso das informações aqui geradas, pois há mais informações específicas que precisam ser analisadas em cada possível negócio. Portanto, busque conselhos de pessoas da sua confiança, que possam ajudar na avaliação. Por exemplo, na aquisição de um imóvel, procure um especialista no mercado imobiliário e um corretor de imóveis. Se realmente pretende financiar a compra do imóvel, procure também um especialista em operações financeiras desse tipo. Preferencialmente, consulte pessoas que não estejam envolvidas no negócio, pois a possibilidade de obter conselhos imparciais é maior.
 http://www.ganancia.com.br

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