INTRODUÇÃO
Comece a
lição perguntando:
1. Se você é casado(a), como se sente ao ver seu
cônjuge sendo maltratado por alguém? Se solteiro(a), quais são seus sentimentos
ao ver sua mãe sendo maltratada?
A Bíblia compara a Igreja a uma noiva e a uma
esposa. O Senhor é apaixonado pela Igreja e se importa com tudo que lhe diz
respeito. Ao ver sua Igreja sendo maltratada, fica irado e, por zelo e cuidado,
atua em seu socorro e proteção. Quando a vê sendo cortejada por outros e
cedendo à tentação, fica enciumado e entristecido. Assim o Pai se expressa, por
meio do profeta Jeremias: Eu me lembro de sua fidelidade quando você era jovem:
como noiva, você me amava e me seguia pelo deserto, por uma terra não semeada.
(...) Será que uma jovem se esquece das suas joias, ou uma noiva, de seus
enfeites nupciais? Contudo, o meu povo esqueceu-se de mim por dias sem fim. Com quanta habilidade você busca o amor!
Mesmo as mulheres da pior espécie
aprenderam com o seu procedimento. (...) Você tem se prostituído com muitos
amantes e, agora, quer voltar para mim?’, pergunta o Senhor. (...) Como a
mulher que trai o marido, assim você tem sido infiel comigo, ó comunidade de
Israel, declara o Senhor. Jeremias 2.2,32-33; 3.1,20.
DESENVOLVIMENTO
Se Deus é tão apaixonado pela Igreja, a ponto de
sentir ciúmes, paixão pela Igreja é algo que também deve estar no coração
daqueles que são apaixonados por Deus. Entretanto, como já aprendemos, a paixão
não pode se limitar apenas a um sentimento, deve motivar-nos a agir. Que ações
o nosso apaixonado Deus pratica em favor de sua amada noiva? E nós, como
apaixonados pela Igreja, o que deveríamos fazer por ela?
Paulo trata desse tema quando escreve aos
Efésios: Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se
por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água
mediante a palavra, e para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas
santa e inculpável. Da mesma forma, os maridos devem amar cada um a sua mulher
como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o
alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, Efésios
5.25-29.
1. Paixão pela Igreja é entrega em favor dela
Paulo enfatiza que o marido deve amar a esposa
como Cristo amou a Igreja. Como Jesus amou sua Igreja? Entregando-se em favor
dela. Nós também, como apaixonados pela Igreja, devemos entregar-nos por ela,
investindo o melhor dos nossos recursos. A paixão pela Igreja pede que eu e
você, por sermos apaixonados por Deus, nos disponhamos a dar nosso
tempo,
dinheiro e energia em prol dela.
2. Paixão pela Igreja é trabalhar para
edificá-la
Jesus se entregou em favor da Igreja para
santificá-la, de modo que ela lhe seja apresentada gloriosa, santa e
inculpável, escreve Paulo. Como noivo apaixonado, Jesus está trabalhando pela
edificação de sua amada. Paixão pela Igreja é trabalhar para edificá-la. E essa
edificação é manifestada pelo uso dos dons espirituais dados pelo Espírito
Santo à sua Igreja, como afirma Paulo em 1 Coríntios 12.1-31. A Igreja é um
organismo que se edifica a si mesma com o auxílio de Deus. Em Efésios 4.15-16
lemos: Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a
cabeça, Cristo. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as
juntas, cresce e edifica-se a si mesmo
em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função.
Paixão
pela Igreja se manifesta ao sermos motivados a trabalhar pela sua edificação e
cada um de nós faz a sua parte.
3. Paixão pela Igreja é cuidar
Jesus cuida e alimenta a Igreja assim como
alguém faria com o seu próprio corpo. Paixão pela Igreja implica cuidado. O
cuidado motivado pela paixão nos leva ao zelo. Quando Jesus expulsou com
violência os vendedores e cambistas do Templo de Jerusalém, os discípulos, ao
verem o Mestre tão irado, lembraram-se do Salmo 69.9: Pois o zelo da tua casa
me consome, e os insultos daqueles que te insultam caem sobre mim. Jesus,
movido pela paixão, cuidou da casa de seu Pai. Paixão pela Igreja deve nos
levar a cuidar e zelar por ela.
Como podemos cuidar e zelar pela Igreja? A essa
pergunta Paulo responde com estas palavras, em sua “Carta da paixão pela
Igreja”: Como prisioneiro no Senhor, rogo-lhes que vivam de maneira digna da
vocação que receberam. Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam
pacientes, suportando uns aos outros com amor. Façam todo o possível para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um
só corpo e um só Espírito, assim como a esperança para a qual
vocês foram chamados é uma só; há um só Senhor,
uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por
meio de todos e em todos, Efésios 4.1-4. O cuidado e o zelo a que a paixão pela
Igreja nos induz se manifesta na conservação da sua unidade.
Paulo enfatiza que devemos fazer todo o possível
para conservar a unidade da Igreja. Todo o possível. Devemos nos empenhar com
todos os nossos recursos para que não haja divisões na Igreja. Como a unidade é
mantida? Pelo vínculo da paz, isto é, quando há paz entre os irmãos. Nós, os
apaixonados pela Igreja, devemos agir pela promoção da paz em nosso meio. Como?
Praticando ações que gerem paz entre nós mesmos e os outros e, também, entre os
irmãos. O autor de Efésios declara que isso é alcançado quando agimos com
humildade, docilidade e paciência uns com outros. O orgulho nos divide. A
agressividade nos fere. A impaciência nos afasta.
CONCLUSÃO
IGREJA BATISTA DO CALVÁRIO – SÃO
JOÃO DO PARAÍSO – MG
www.marcelooquadros.blogspot.com
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