Introdução
Chegamos ao fim da série “A Vida de Jesus”. Estamos na
última página do álbum de fotografias do Cristo. Estamos para olhar as últimas
fotos. A vida de Jesus na terra está chegando ao fim. Será? Na lição de hoje,
vamos estudar os fatos que constituem o momento em que Jesus subiu aos céus,
para se assentar à direita do Pai. Que o Espírito Santo faça descer aos nossos
corações as revelações celestiais!
Desenvolvimento do Ensino
Texto-base: Atos 1.1-11
O Evangelho segundo Lucas e o livro de Atos dos
Apóstolos foram escritos por Lucas, colaborador do apóstolo Paulo, historiador
e médico, e para Teófilo, um novato na fé cristã. Ambos são seqüenciais e
complementares, ou seja, Atos continua a história iniciada em Lucas. O ponto de
ligação e de transição entre esses livros é a ascensão de Jesus. Lucas termina
o seu evangelho dizendo: “Tendo-os levado até as proximidades de Betânia, Jesus
ergueu as mãos e os abençoou. Estando ainda a abençoá-los, ele os deixou e foi
elevado ao céu. Então eles o adoraram e voltaram para Jerusalém com grande
alegria. E permaneciam constantemente no templo, louvando a Deus” (Lucas
24.50-53).
Em seu evangelho, Lucas suprime muitas informações
importantes a cerca da ascensão de Jesus, preferindo publicá-las em Atos dos
Apóstolos. Possivelmente, a razão para isso tenha sido a seguinte: os fatos da
ascensão de Jesus não marcam o fim de sua atuação na terra, mas, sim, uma
transição do seu ministério por meio do Espírito Santo, que foi registrado no
Evangelho, para o ministério da Igreja por meio desse mesmo Espírito, que foi
registrado em Atos. Sendo a Igreja o Corpo do Cristo, Ele continuaria a atuar
na terra através dela. Assim, a ascensão de Jesus não é apenas o fim de uma
história, mas também o começo de outra. Lucas escreveu: “Em meu livro anterior,
Teófilo, escrevi a respeito de tudo o que Jesus começou a fazer e a ensinar,
até o dia em que foi elevado aos céus, depois de ter dado instruções por meio
do Espírito Santo aos apóstolos que havia escolhido” (Atos 1.1-2).
O texto acima diz que, antes de ser elevado aos céus,
Jesus deu instruções aos seus apóstolos. Que instruções foram essas?
Certamente, instruções a respeito da continuação da história. Quais foram essas
instruções? Vamos destacá-las e analisá-las:
1. A promessa do Espírito
Santo
Atos 1.4-5 diz: “Certa ocasião, enquanto comia com
eles, deu-lhes esta ordem: ‘Não saiam de Jerusalém, mas esperem pela promessa
de meu Pai, da qual lhes falei. Pois João batizou com água, mas dentro de
poucos dias vocês serão batizados com o Espírito Santo’”. Jesus disse, antes de morrer e ressuscitar: “Eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará
outro Conselheiro para estar com vocês para sempre, o Espírito da verdade.
(...) Vocês o conhecem, pois ele vive em vocês e estará em vocês. Não os
deixarei órfãos; voltarei para vocês. (...) O Conselheiro, o Espírito Santo,
que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará todas as coisas e lhes fará
lembrar tudo o que eu lhes disse. (...) Quando vier o Conselheiro, que eu
enviarei a vocês da parte do Pai, o Espírito da verdade que provém do Pai, ele
testemunhará a meu respeito. (...) Eu lhes afirmo que é para o bem de vocês que
eu vou. Se eu não for, o Conselheiro não virá para vocês; mas se eu for, eu o
enviarei. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo”
(João 14.16-18,26; 15.26; 16.7-8).
Antes de
ascender aos céus Jesus prometeu a seus discípulos o batismo com o Espírito
Santo. Eles deveriam esperar por isso em
Jerusalém, pois apenas mediante esse
batismo a história teria continuidade, a história da Igreja teria início. O que
esse Espírito faria? De acordo com Jesus, nos textos de João acima citados, o
Espírito Santo:
•Estaria
com os discípulos para sempre; Jesus não os deixaria órfãos; •Ensinaria aos
discípulos todas as coisas;
•Lembraria
aos discípulos tudo o que Jesus lhes havia dito; •Testemunharia a respeito de
Jesus;
•Convenceria o mundo do
pecado, da justiça e do juízo.
2. A Grande Comissão
A
promessa do Espírito Santo tinha em vista a continuação da obra de Jesus na
face da terra através de seus discípulos. Por isso, eles deveriam esperar por
esse batismo. Em Atos 1.8, está escrito: “Mas receberão poder quando o Espírito
Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a
Judéia e Samaria, e até os confins da terra”. Na verdade, o Espírito Santo
testemunharia a respeito de Jesus e convenceria o mundo do pecado, da justiça e
do juízo, através da Igreja. Antes de ascender aos céus, então, Jesus ordena
que os discípulos testemunhem a seu respeito a todo o mundo.
Essa
ordem está mais detalhada em Mateus 28.19-20, que diz: “Vão e façam discípulos
de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,
ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei”. A grande ordem de Jesus
não é “ir”, mas, sim, “fazer discípulos de todas as nações”. A melhor tradução
para o verbo “ir”, nesse texto, não é no imperativo, mas no gerúndio. Ao invés
de “vão”, então, seria “indo”. Sendo assim, nesse texto, a ordem de “fazer
discípulos tem três desdobramentos:
a. Indo:
Refere-se ao “fazer discípulos como um estilo de vida”. Os discípulos não
precisariam, necessariamente, abandonar suas famílias, empregos e cidades para
cumprir a Grande Comissão. Eles poderiam cumpri-la enquanto estivessem com suas
famílias, trabalhando e vivendo em suas cidades. Além disso, o “indo” pode se
referir ao primeiro estágio do processo de “fazer discípulos”, que é a
evangelização, em que o objetivo é testemunhar a respeito de Jesus a uma
pessoa, de modo que ela seja convencida e se entregue em fé a Ele;
b. Batizando:
O batismo deve ser ministrado àqueles que crêem em Jesus, de modo a confirmar,
publicamente, sua fé no Cristo. Refere-se ao segundo estágio do processo de
“fazer discípulos”, que é a consolidação, em que o objetivo é esclarecer a
decisão de entrega em fé que foi tomada, confirmando e consolidando-a;
c.
Ensinando a obedecer: Refere-se ao terceiro e mais
longo estágio do processo de “fazer discípulos”, que é o discipulado
propriamente dito. O
objetivo desse estágio é ensinar ao discípulo
a Palavra de Deus, bem como ensiná-lo, também, a
obedecer a essa Palavra em todos os seus mandamentos, de modo que ele alcance a
maturidade e passe a realizar o processo com outras pessoas.
3. A promessa da volta de
Jesus
Após a ascensão de Jesus aos céus, dois homens
vestidos de branco apareceram aos discípulos e lhe disseram: “Galileus, por que
vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado
aos céus, voltará da mesma forma como o viram subir” (Atos 1.11).
Conclusão
A
ascensão de Jesus deixou três importantes heranças para a Igreja:
•
A promessa do Espírito Santo, que estaria com os
discípulos e os ajudaria a crescer espiritualmente e realizar a obra;
•
A Grande Comissão, que é a ordem de continuar a obra
que Jesus começou a realizar, qual seja, fazer outros discípulos;
•
A promessa da volta de Jesus, que é a esperança de que
um dia estaremos todos juntos, enquanto Igreja, para sempre, com Ele.
Reflexão e Desafios
1.
O Espírito Santo está com você e tem te ajudado a
crescer espiritualmente e realizar a obra?
2.
Você tem cumprido a Grande Comissão de Jesus, ou seja,
tem feito discípulos para ele?
3. Você
acredita e tem aguardado o cumprimento da promessa da volta de Cristo?
IGREJA BATISTA
DO CALVÁRIO – SÃO JOÃO DO PARAÍSO – MG
www.marcelooquadros.blogspot.com
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