segunda-feira, 10 de novembro de 2014

De A a Z com C. S. Lewis: P é de “Pain” (Sofrimento)

por Lou Markos
Deus, como declaram os cristãos, é todo poderoso e amoroso. Mas, mesmo assim, a dor e o sofrimento em nosso mundo sugerem que ou Deus é fraco demais para eliminá-los ou Ele é apático demais para fazê-lo. Isso, em resumo, é o problema do sofrimento, o que há séculos tem sido um dos principais argumentos contra a existência do Deus da Bíblia. Céticos como Hume ou Richard Dawkins apresentaram o problema do sofrimento como prova incontestável de que nosso universo não é governado por um Deus pessoal e benevolente que opera milagres e se envolve na história humana.
Como apologeta, Lewis sabia que não poderia desafiar os céticos de sua época se não tentasse escrever sobre isso em seus livros. Assim, o primeiro trabalho apologético completo de Lewis não foi Cristianismo Puro e Simples ou Milagres – Um estudo preliminar, mas sim O Problema do Sofrimento.
No segundo e terceiro capítulos desse livro, Lewis argumenta que o sofrimento é o resultado do experimento de Deus com o livre arbítrio. Quando declara a existência e a necessidade do livre arbítrio humano, Lewis não deseja implicar que somos livres para fazer o que quisermos ou que Deus não é soberano. Ao invés disso, ele nos lembra que, como criaturas feitas à imagem de Deus, possuímos consciência, racionalidade e vontade. Deus não tinha a intenção de criar uma raça de marionetes, mas sim de seres morais, que pensam, escolhem e criam.
Embora a grande maioria dos cristãos concorde com o argumento de Lewis, poucos param para pensar nas implicações da escolha de Deus em nos dar uma vontade distinta da Sua. Deus não pode nos dar a escolha e tirá-la de nós no mesmo instante; isso seria uma contradição, e Deus, como Lewis afirma com ousadia, não viola a lei da não-contradição.
Se Deus realmente quisesse que fôssemos agentes morais, como afirma Lewis, então Ele teria que criar uma quadra esportiva, na qual agiríamos segundo nossas próprias escolhas. Entretanto, para assegurar-se de que não manipularíamos essa quadra para satisfazer nossos caprichos (e, portanto, interferir injustamente nas escolhas dos outros agentes morais), Ele teria que fazer com que a quadra fosse tanto fixa como estável. Infelizmente, para que a quadra fosse fixa e estável, Deus teria que deixar em aberto a possibilidade de Suas criaturas colidirem com ela, causando desconforto e até sofrimento.
Nosso mundo, como sugere Lewis, pode não ser o melhor dos mundos, mas pode ser o único tipode mundo que Deus poderia ter criado para permitir que fizéssemos parte de Seu experimento com o livre arbítrio. É óbvio que críticos rapidamente irão argumentar que Deus poderia transformar pedras em travesseiros sempre que algum de nós caísse, para que não machucasse a cabeça. Bem, Lewis admite, Deus faz exatamente isso às vezes, sempre que opera um milagre, mas se Ele mudasse a natureza toda vez que alguém estivesse a ponto de se machucar, o jogo, sendo um jogo propriamente dito, seria impossível de ser jogado.
Então a natureza fixa do nosso mundo – que é necessária se promulgamos nosso livre arbítrio – faz do sofrimento uma possibilidade sempre presente. Mas isso é só uma parte da história. Com muita frequência os cristãos, particularmente os cristãos americanos, acreditam que Deus nos criou para que nos divertíssemos. Mas Sua intenção nunca foi essa. Ele nos criou para nos transformar em algo maior, mesmo que esse processo de transformação envolva dor e sofrimento. Sim, Lewis conclui, Deus pode nos tratar severamente algumas vezes, mas Ele nunca nos tratou com desprezo. Pelo contrário, Ele nos faz o “elogio insuportável”, nos amando completa e incondicionalmente. E esse amor exige que nos transformemos nas criaturas que Ele nos criou para sermos, custe o que custar. Quem o pai disciplina é o filho amado, não o servo.
Fonte: http://tuporem.org.br/de-a-a-z-com-c-s-lewis-p-e-de-pain-sofrimento/
Traduzido por Filipe Espósito e revisado por Jonathan Silveira. 
CONFIRA O TEXTO ORIGINAL, CLICANDO AQUI

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