“Eu, porém vos digo: Qualquer que olhar para uma
mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela”
– MT 5.28
Quando
tentado sexualmente, você luta em sua mente para dizer não à imagem e se
empenha, com vigor, para pensar em imagens com outra conotação que
aniquilarão a imagem sedutora?
“Porque,
se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se pelo
Espírito mortificardes os feitos do corpo, certamente vivereis” (Rm
8.13)
Muitos
crentes pensam que lutam contra a tentação quando oram por livramento e
esperam que o desejo desapareça. Isto é muito passivo.
Sim,
Deus opera em nós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa
vontade! Mas o resultado é: “Desenvolvei
a vossa salvação com temor e tremor” (Fp 2.12-13).
Arrancar os olhos talvez seja uma metáfora, mas expressa uma atitude
violenta. O cérebro é um “músculo” que devemos exercitar em
busca de pureza, e o cérebro do crente é fortalecido com o poder do
Espírito de Cristo.
Isto
significa que não devemos dar mais do que cinco segundos a uma imagem ou
um impulso sexual, antes de lançarmos um contra-ataque violento em nossa
mente. Isso mesmo! Cinco segundos. Nos dois primeiros segundos, dizemos:
“Não! Saia de minha mente”. Nos dois próximos segundos,
clamamos: “Ó Deus, em nome de Jesus, ajuda-me. Livra-me agora. Eu
sou teu”.
Este
é um bom começo. Mas a verdadeira batalha está apenas começando. É uma
batalha da mente. A verdadeira necessidade é lançar fora da mente a
imagem e o impulso. De que maneira? Traga à sua mente uma contra-imagem
que exalta a Cristo e cativa a alma. Lute. Empurre. Ataque. Não diminua o
empenho. Tem de ser uma imagem tão poderosa, que as outras não
sobreviverão diante dela. Existem pensamentos e imagens que destroem
concupiscências.
Por
exemplo, nos primeiros cinco segundos da tentação, você já exigiu de sua
mente que ela se fixasse, com firmeza, na forma de Jesus Cristo
crucificado? Imagine isto: você acabou de ver uma moça com uma blusa
transparente que o motivou a fantasiar. Você tem cinco
segundos.“Não! Saia de minha mente. Ó Deus, ajuda-me!”
Agora,
exija de sua mente que ela fixe sua contemplação na cruz de Cristo
— isto pode ser feito por intermédio do Espírito Santo. Use todo o
seu poder de imaginação para ver o lado ferido de nosso Senhor. Trinta e
nove chicotadas deixaram pouca carne intacta. O corpo do Senhor se move
para cima e para baixo, por causa de sua respiração, sobre a trave
vertical da cruz. Cada respiração introduz lascas na carne lacerada. O
Senhor ofega. Em alguns momentos, Ele geme, sob a dor insuportável. Ele
tenta se mover na madeira, mas os cravos O impedem, travando os seus
pulsos e atingindo os terminais dos nervos. Ele geme com grande agonia e
procura mexer os pés, para trazer algum alívio a seus pulsos. Contudo, os
ossos e nervos de seus pés traspassados se comprimem um contra o outro,
com agonia, de modo que Ele geme novamente. Não há qualquer alívio. A
garganta dEle está seca por gemer e sentir sede. Ele perde a respiração e
pensa que está sufocado. E, de repente, seu corpo suspira por ar, e todas
as feridas doem. Em intensa aflição, Ele se esquece da coroa de espinhos
de seis centímetros e, em desespero, inclina para trás a cabeça, batendo
um dos espinhos perpendiculares contra a trave da cruz, fazendo-o
penetrar em sua cabeça. Sua voz ecoa um tom agudo de dor, e soluços
irrompem de seu corpo, traspassado e dolorido, enquanto cada gemido traz
mais e mais dores.
Agora,
não estou mais pensando naquela blusa. Estou no Calvário. Estas duas
imagens são incompatíveis. Se você usar o vigor de seu cérebro para
buscar e se fixar em — com todo o poder de seu pensamento —
imagens de Cristo crucificado, com a mesma energia criativa que usa nas
fantasias sexuais, você aniquilará essas fantasias. Mas você tem de
começar nos primeiros cinco segundos e não desistir.
Portanto,
a minha pergunta é: você luta, em vez de apenas orar, esperar e tentar
evitar? É imagem contra imagem. É um conflito mental, impiedoso e
contínuo. Não basta apenas orar e esperar.
Una-se
a mim neste conflito sangrento, a fim de mantermos o corpo e a mente
puros para o Senhor, para minha esposa e para a igreja. Jesus sofreu além
do que podemos imaginar, a fim de “purificar,
para si mesmo, um povo exclusivamente seu” (Tt 2.14).
Todo clamor e suspiro de Jesus tinha o objetivo de matar a minha
concupiscência — “Carregando,
ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós,
mortos aos pecados, vivamos para a justiça” (1 Pe 2.24).
Nenhum comentário:
Postar um comentário