Eu não entendo o Brasil: se por um lado (no caso, o de trás) o STF (Soltando Totalmente a Franga) liberou as relações estáveis homoafetadas, por outro lado, o MEC resolveu perseguir a língua portuguesa, independente do gênero, número e grau. Num caso flagrante de gramaticofobia, os livros escolares agora estão ensinando que falar e escrever errado não tem nada demais. Na verdade, o governo está implantando no país um novo método pedagógico e revolucionário: a Demagogia do Oprimido.
O MEC (Ministério dos Erros de Concordância) não vai parar por aí: o ministro Fernando Errahd vai tornar obrigatória a introdução no currículo escolar do idioma sindical, a língua presa. Essa grande virada na educação brasileira começou com o presidente Luís Sintáxio Lula da Silva, que nunca acertou uma concordância na vida. Aliás, minto: a única concordância que o Lula aceita é a concordância verbal, a que trata do uso das verbas públicas. Por falar em dramática, quer dizer, gramática, vamos fazer um pequeno exercício de análise sintática.
Na oração O MINISTRO PALOCCI FATUROU UMA GRANA PRETA , quem é o SUJEITO??????????????????
Bem, o ministro Palocci não é sujeito. Sujeito à investigação. O que existe, na verdade, é um sujeito OCULTO: o sujeito que pagou a consultoria mas não quer aparecer de jeito nenhum.
E o PREDICADO????????????????????????????
Não tem predicado, só tem PREJUDICADO. No caso o CONTRIBUINTE. A única coisa que está errada mesmo na oração é a expressão "grana preta", um flagrante exemplo de preconceito linguístico contra as minorias "diferenciadas".
Na verdade, o politicamente correto seria: O MINISTRO PALOCCI FATUROU UMA GRANA AFRODESCENDENTE.
AGAMENON MENDES PEDREIRA (vítima de empobrecimento ilícito)
O GLOBO - 22 de maio de 2011
Pensamento do dia: "Nestes tempos de internet, se eu tivesse um filho hoje em dia ele ia se chamar Tweeterson"
AGAMENON MENDES PEDREIRA
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