INTRODUÇÃO
Comece a lição
perguntando:
1.Em sua opinião, o que
é santidade? O que é ser santo?
2.É possível ao ser
humano comum ser santo?
Por causa da cultura religiosa de nosso país, muitos de nós, ao ouvir a
palavra “santo” pensamos nos homens e mulheres que foram canonizados pela
Igreja Católica e em suas imagens. Assim, o conceito de santidade vigente é o
de algo acessível apenas a pessoas extraordinárias e especiais, que estão em um
patamar acima dos seres humanos comuns. Aos meros mortais resta apenas se
inspirar nesses homens e mulheres para tentar, a duras penas e com muitos
fracassos, ser pessoas melhores.
Esse
pensamento, entretanto, não é bíblico. Não são esses os conceitos que a Bíblia
tem para “santo” e “santidade”. Nela, “santo” tem o sentido de “separado” e
“santidade”, de “separação”. Separado do quê? Separação para quê? Separado do
pecado e separação para Deus. Assim, os conceitos de “pecado” e de “Deus” estão
intimamente ligados aos de “santo” e “santidade”. Eu me torno santo à medida
que me separo do pecado. Pecado é a transgressão voluntária da Lei. É quando o
ser humano, por sua livre escolha, desobedece à vontade do Senhor. Eu me torno
santo à medida que me disponho a obedecer à vontade do Pai e me separo para
ele. O grande propósito e motivação para a santidade é Deus e o experimentar de
sua presença. Eu me separo do pecado para estar com Deus. Eu tenho paixão por
santidade porque tenho paixão por Deus.
DESENVOLVIMENTO
A paixão por Deus é o grande incentivo para sermos santos. Quem tem os
meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. (...) Se alguém me ama,
obedecerá à minha palavra, disse Jesus em João 14.21,23.
Contudo, o que é santidade, de maneira concreta? Qual o perfil de uma
pessoa santa? A Bíblia responde a essa pergunta em Romanos 8.28-29: Sabemos que
Deus age em todas as coisas para o bem
daqueles que o
amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Aqueles que de antemão conheceu também os
predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos.
1. Santidade é ser como Jesus
Os
que amam a Deus se tornam conformes à imagem de seu Filho, escreveu Paulo aos
Romanos. Assim, santidade é algo concreto e tem um perfil definido. Ser santo é
ser como Jesus. Agir com santidade é agir como Jesus agiria. O apóstolo Pedro
também escreve sobre isso em sua primeira epístola: Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de
vocês, deixando-lhes exemplo, para que
sigam os seus passos, 1 Pedro 2.21. Ser santo é seguir os passos de Jesus.
O escritor Charles Sheldon incentiva
todos aqueles que estão buscando santidade a se perguntar antes de qualquer
ação: “Em meus passos, o que faria Jesus?”. Essa pergunta deu nome ao seu livro
e recentemente se transformou em filme.
2. Santidade é propósito de Deus para seus filhos
“Chamados”,
“propósito” e “predestinou” são termos usados para declarar que Deus chamou os
seus filhos para serem santos, estabelecendo a santidade como um dos propósitos
para a vida deles. O que isso quer dizer?
Propósito
é sinônimo de destino. Mas para onde? Para quê? O propósito está relacionado ao
sentido da vida. Assim, se santidade é propósito do Pai para seus filhos, a
vida de um filho de Deus só terá sentido se for santa. Um filho de Deus só terá
uma vida cheia de significado se estiver caminhando em direção à santidade. Sem
santidade a vida perde o seu sentido e fica vazia.
3. Santidade é algo bom
Deus age em todas as coisas para o bem daqueles
que o amam, escreveu Paulo.
A
palavra “bem”, de acordo com o texto, é para que aqueles que o amam sejam
conformes à imagem de seu Filho. “Bem” diz respeito à santidade. Assim,
santidade é um bem que Deus tem para seus filhos; é algo bom.
Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas
transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de
experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus, declara
Paulo, em Romanos 12.2. A vontade de Deus
é sinônimo de santidade, é boa agradável e perfeita. E ao contrário do que
o mundo diz, ser santo é algo bom, agradável e perfeito. Uma vida boa,
agradável e perfeita se encontra na santidade e não na libertinagem e no
pecado. Pecado atrai maldição, que gera sofrimento. Santidade atrai bênção, que
gera felicidade.
Para
finalizar, vamos ler e analisar mais um texto do apóstolo Paulo que trata de
santidade: Habitarei com eles e entre eles andarei; serei o seu Deus, e eles
serão o meu povo. Portanto, saiam do meio deles e
separem-se, diz o Senhor. Não toquem em coisas impuras e eu os receberei e
lhes serei Pai e vocês serão meus filhos e minhas filhas, diz o Senhor
Todo-Poderoso. Amados, visto que temos essas promessas, purifiquemo-nos de
tudo o que contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a santidade no
temor de Deus, 2 Coríntios 6.16-17; 7.1.
Primeiramente, o texto confirma o conceito de santidade que apresentamos
há pouco. Nele, o próprio Senhor diz: Saiam do meio deles e separam-se. Não
toquem em coisas impuras. Santidade, então, é separar-se do que é impuro. Há
ainda outros três aspectos sobre a santidade que podem ser destacados:
4. Santidade é integral, ou seja, do corpo e do
espírito
Purifiquemo-nos de
tudo o que contamina o corpo e o espírito. Santidade não diz respeito apenas ao
que é espiritual. O pecado não afeta
apenas o nosso espírito. A santidade também diz respeito ao corpo. Gênesis 2.7
declara que o Senhor criou o ser humano com parte material, o pó da terra, e
imaterial, o fôlego de vida. Ele não despreza o corpo em favor do espírito nem
vice-versa. Seu desejo é que nós tenhamos uma santidade integral, que envolva o
corpo, a alma e o espírito.
5. Santidade se desenvolve em um processo
Purifiquemo -nos de
tudo o que contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a santidade. Santidade
é algo que não se adquire em um único
momento, em um estalar de dedos. Ela se desenvolve em um processo, é
aperfeiçoada à medida que perseveramos em deixar o pecado e obedecer a Deus.
Não devemos cultivar expectativas erradas quanto à santidade, esperando
alcançá-la de uma vez por todas em uma reunião ou por meio de uma oração. Ela
não é instantânea. A santidade é uma estrada que se percorre com perseverança.
6. Santidade se dá pelo temor a Deus
Purifiquemo-nos de
tudo o que contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a santidade no temor
de Deus. Para sermos santos devemos
temer a Deus. O que é temor? Não é medo. Seria incoerente se o fosse. Como amor e medo podem
conviver? A Bíblia responde: No amor não
há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe
castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor, 1 João 4.18. O
temor a Deus não nos motiva à santidade colocando em nós medo do castigo divino
caso pecarmos. Definitivamente, não! O temor a Deus nos leva à santidade
alertando-nos das trágicas consequências do nosso pecado e nos apontando o
melhor caminho a seguir. O temor do Senhor é o princípio do conhecimento,
ensina o Livro de Provérbios. O temor do Senhor nos capacita a fazer boas
escolhas.
CONCLUSÃO
Nesta terceira reunião da série “Paixão Contagiante”, aprendemos que o
conceito bíblico de santidade difere do que a nossa cultura religiosa afirma
sobre isso. Santo não é alguém extraordinário ou especial, que merece adoração
e devoção dos demais, mas sim uma pessoa comum que, apaixonada por Deus, decide
obedecer à sua vontade e viver de modo agradável a ele. Seis importantes
princípios bíblicos sobre santidade:
1.Santidade é ser como
Jesus;
2.Santidade é propósito
de Deus para seus filhos;
3.Santidade é algo bom;
4. Santidade
é integral, ou seja, do corpo e do espírito; 5.Santidade se desenvolve em um
processo;
6.Santidade se dá pelo
temor a Deus.
APLICAÇÃO
Como já foi comunicado, nesta série, há uma inovação no que se refere à
dinâmica das lições do Núcleo Familiar. Depois de cada lição ministrada há uma
reunião para a aplicação do que foi aprendido. Assim, aguarde a aplicação desta
lição, “Paixão por santidade” na semana que vem.
IGREJA
BATISTA DO CALVÁRIO – SÃO JOÃO DO PARAÍSO – MG
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