(Extraído e adaptado do livro “Uma vida com propósitos”, de Rick Warren)
INTRODUÇÃO
Na reunião de hoje, daremos continuidade à série
“Grandes Perguntas sobre a Fé Cristã”. Com certeza, todos nós temos
inquietantes perguntas sobre a nossa fé, as quais, vez por outra, surgem em
nosso caminho e para as quais queremos encontrar respostas. O objetivo desta
série, então, é abordar as dúvidas mais comumente presentes nas mentes de
cristãos, sejam eles novos ou antigos na jornada da fé, e oferecer-lhes
respostas bíblicas.
A pergunta a ser abordada hoje é: “Como restaurar
relacionamentos quebrados?”. Quem nunca teve em sua história de vida um
relacionamento quebrado? Talvez muitos hoje estejam enfrentando esse tipo de
situação, a qual não está de acordo com a vontade de Deus. Deus deseja que os
seres humanos, especialmente os seus filhos, vivam conectados e em paz uns com
os outros. Paulo escreveu à igreja em Éfeso: “Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (Efésios 4.3). O
Senhor, entretanto, não quer que apenas estejamos
em paz com os outros. Ele também deseja que sejamos promotores da paz entre as
pessoas. Jesus disse: “Bem-aventurados os
pacificadores, pois serão chamados
filhos de Deus” (Mateus 5.9). Que o Senhor, através desta lição, nos ensine a sermos promotores da paz nos
nossos e nos demais relacionamentos!
DESENVOLVIMENTO
DO ENSINO
No excelente livro “Uma vida com propósitos”,
Rick Warren, ao tratar sobre o segundo propósito de Deus para os seres humanos,
qual seja, o da comunhão (“Você foi formado para fazer parte da família de
Deus”), no capítulo intitulado “Restaurando a comunhão quebrada”, afirma que
“Deus quer que valorizemos os relacionamentos e nos esforcemos para mantê-los,
em vez de descartá-los sempre que houver um desacordo, uma
mágoa ou um conflito” (p.133). Diante disso, surge a pergunta: como restaurar
relacionamentos quebrados? O próprio Warren sugere sete passos bíblicos e
práticos para a restauração da comunhão. São eles:
1.
Fale com Deus antes de falar com a pessoa
Converse sobre o problema com Deus. Se antes de
mais nada você for orar a respeito do conflito em vez de fofocar com um amigo,
descobrirá que em geral ou Deus muda o seu coração, ou muda o coração da outra
pessoa, sem sua ajuda. Todos os relacionamentos seriam mais tranqüilos se você
tão-somente orasse mais a respeito deles.
Assim como Davi compôs seus salmos, use a oração
para desabafar verticalmente. Conte a Deus suas frustrações. Grite por sua ajuda.
Ele nunca fica surpreso ou chateado
com sua raiva, mágoa, insegurança ou qualquer outra emoção. Diga-lhe, portanto,
exatamente como se sente (p.134).
2. Tome sempre a iniciativa
Não importa se você ofendeu ou se foi ofendido:
Deus espera que você dê o primeiro passo. Não espere pela outra parte, vá
primeiro a ela. Restaurar a comunhão perdida é tão importante que Jesus ordenou
até mesmo que tivesse precedência sobre o culto de adoração. Ele disse: Se você entrar no lugar da adoração e na hora de entregar a oferta você repentinamente
se lembrar de um rancor que um amigo tem contra você, abandone sua oferta,
deixe-a imediatamente, procure esse amigo e acerte as contas com ele. Então, só
depois de fazer isso, volte e acerte as coisas com Deus (Mateus 5.23-24).
Quando a comunhão é prejudicada ou rompida,
planeje imediatamente uma conferência de paz. Não fique procrastinando,
arrumando desculpas, nem prometa: “Dou um jeito nisso um dia desses”. Programe
um encontro o mais rápido possível. Demoras só aprofundam ressentimentos e
pioram a situação. Quando se trata de conflitos, o tempo não cura nada; ele faz
que as mágoas se aprofundem (p.135).
3. Tenha compaixão pelos sentimentos dos
envolvidos
Use mais os ouvidos do que a boca. Antes de
procurar solucionar qualquer desavença, você deve primeiro dar ouvidos aos
sentimentos das pessoas. Paulo aconselhou: Que
ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também o dos outros (Filipenses 2.4). A frase
“cuidar de” é a palavra grega skopos, de onde formamos as palavras
“telescópio” e “microscópio”. Significa prestar total atenção! Concentre-se em
seus sentimentos, e não nos fatos. Comece pela compaixão, e não pela solução.
Não comece tentando conversar com as pessoas
sobre como elas se sentem. Apenas ouça-as e deixe-as descarregar
emocionalmente, sem ficar na defensiva. Assinta com a cabeça, sinalizando que
compreende mesmo quando não concorda. Sentimentos nem sempre são verdadeiros ou
lógicos. Na verdade, ressentimentos nos fazem agir e pensar como tolos. Davi
admitiu:
O meu
coração estava cheio de amargura, e fiquei revoltado. Eu não podia compreender,
ó Deus; era como um animal, sem entendimento (Salmo 73.21-22). Todos agimos como animais quando estamos feridos
(p.135-6).
4. Confesse sua parte no conflito
Se você realmente deseja restaurar um
relacionamento, deve começar admitindo os próprios erros e transgressões. Jesus
disse que esta é a forma de ver as coisas com mais clareza: Tire primeiro a viga do seu olho, e então
você verá claramente para tirar o
cisco do olho do seu irmão (Mateus 7.5).
Já que todos temos pontos cegos, você precisará
pedir a uma terceira pessoa que o ajude a avaliar suas ações antes de se
encontrar com a pessoa com quem você tem um conflito. Também peça a Deus que
lhe mostre quanto do problema foi causado por você. Pergunte: “Sou eu o
problema? Estou sendo irrealista, insensível ou sensível demais?”. A Bíblia
diz: Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamos a nós
mesmos (1João 1.8) (p.136-7).
5. Invista contra o problema e não contra a pessoa
Não há como solucionar o problema se você
estiver preocupado em identificar a culpa. Você terá de fazer uma escolha. A
Bíblia diz: A resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida
desperta a ira (Provérbios 15.1). Você
nunca se fará entender estando zangado, então escolha cuidadosamente as
palavras. Uma resposta branda é sempre melhor que uma resposta sarcástica.
Na solução de conflitos, a maneira em que você fala é tão importante quanto o que você fala. Se você falar de forma
ofensiva, a outra pessoa ouvirá de forma defensiva. Deus nos diz: Quem tem coração sábio é conhecido como uma pessoa compreensiva; quando mais
agradáveis são as palavras, mais você consegue convencer os outros (Provérbios
16.21). Irritar as pessoas jamais
funciona, e você nunca é persuasivo quando é áspero (p.137).
6. Coopere tanto quanto possível
Paulo disse: Façam
todo o possível para viver em paz com todas as pessoas (Romanos 12.18). A paz sempre tem uma etiqueta de preço. Às
vezes custa o nosso orgulho;
freqüentemente custa o nosso egoísmo. Pelo bem
da comunidade, faça o melhor que puder para chegar a um acordo, adapte-se aos
outros e mostre preferência pelas necessidades deles (p.138).
7.
Dê ênfase à reconciliação, não à solução
Não é realista esperar que todos concordem a
respeito de tudo. A reconciliação se atém ao relacionamento, enquanto a solução
se atém ao problema. Quando focamos a reconciliação, o problema perde
importância e não raro se torna irrelevante.
Podemos
restabelecer um relacionamento mesmo quando somo incapazes de resolver nossas
diferenças. Os cristãos muitas vezes discordam sincera e legitimamente dando
opiniões divergentes; mas podemos discordar sem ser desagradáveis. O mesmo
diamante tem diferentes aspectos quando visto de diferentes ângulos. Deus
espera unidade, não uniformidade. Podemos caminhar de braços dados sem
concordarmos em todos os assuntos (p.138).
CONCLUSÃO
E DESAFIOS
Com quem
você precisa entrar em contato, por causa desta
lição? Com quem você precisa restaurar a comunhão? Não demore mais nem um
segundo. Dê uma parada agora mesmo e converse com Deus sobre essa pessoa. Então
pegue o telefone e comece o processo. Esses sete passos são simples, mas não
são fáceis. É necessário muito esforço para restaurar a comunhão com alguém.
Foi por isso que Pedro recomendou: Esforcem-se
para viver em paz com os outros (1Pedro 3.11). Mas quando trabalha pela paz, você está fazendo o que Deus
faria. É por isso que Deus chama os pacificadores de seus filhos (p.138).
Então,
pare e pense:
1.
Quem são as pessoas com as quais tenho
relacionamentos quebrados?
2.
Quando irei procurá-las para consertar esses
relacionamentos?
3.
Como irei me comportar para consertar esses
relacionamentos?
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