Grandes perguntas sobre a fé cristã
LIÇÃO 5:
COMO SER CHEIO DO ESPIRITO SANTO
INTRODUÇÃO
A Bíblia nos mostra que Jesus foi o homem que
foi e fez as obras que fez não porque era Deus, mas, sim, porque era um homem
cheio do Espírito Santo. O ministério de Jesus começou, de fato, apenas após
Ele ser batizado nas águas por João Batista e receber, da parte do Pai, o
Espírito Santo (Lc 3.21-23). Semelhantemente, o ministério dos apóstolos também
só começou, de fato, após eles ficarem cheios do Espírito Santo, em Pentecostes
(At 2.1-4). Esse evento foi tão poderoso e marcante na vida daqueles homens
que, logo após o ocorrido, Pedro, o discípulo que havia negado a Cristo três
vezes diante de poucas pessoas simples (Lc 22.54-62), levantou-se e, em alta
voz, dirigiu-se a uma multidão de judeus, pregando-lhes o Evangelho do Reino
com ousadia e intrepidez, de modo que cerca de três mil pessoas se converteram
a Cristo naquela ocasião (At 2.14,41).
O Espírito Santo é quem nos capacita a vivermos
de maneira plena a vida cristã. A nossa conversão a Cristo e o nosso processo
de santificação são conduzidos por Ele (Jo 3.5-9; 16.8-11). Ele é quem, à
semelhança do que aconteceu com Pedro, nos capacita para a realização da obra
do Reino, dando-nos autoridade, poder e, especificamente, os dons espirituais
(1Co 12.1-11). Sendo assim, apenas cheios do Espírito Santo, poderemos
experimentar uma vida cristã plena e vitoriosa, advindo disso a importância de
aprendermos a como ser cheios dele. Em nosso Núcleo Familiar , por exemplo, é a
presença do Espírito Santo que traz dinâmica e alegria às reuniões e faz com
que o líder seja eficaz. Por isso, precisamos aprender a como ser cheios do
Espírito Santo.
Ao contrário do que muitos pensam, receber a
plenitude do Espírito não é algo restrito a ocasiões especiais. A vontade do
Senhor é que sejamos constantemente cheios do Espírito Santo. A plenitude do
Espírito Santo de um crente não depende de um avivalista. Ela pode ser buscada
no dia-a-dia da vida cristã. É sobre isso que o apóstolo Paulo trata de maneira
clara e simples em Efésios.
DESENVOLVIMENTO
DO ENSINO
Texto-base: Efésios 5.18-21
Para explicar o que é ser cheio do Espírito,
Paulo contrapõe isso com o ato de se embriagar. Em outras, ele diz assim: “Ao
invés de vocês se embriagarem com vinho, encham-se do Espírito”.
Você já passou pela
experiência de ficar embriagado?
Como uma pessoa chega
à embriaguez e qual é o seu estado nessa situação?
A embriaguez acontece quando alguém ingere certa
quantidade de bebida alcoólica até o ponto de perder o controle próprio, devido
à ação do álcool no organismo. O embriagado não tem domínio do seu corpo e pode
ficar com as emoções desvirtuadas. O resultado disso, na maioria das vezes, não
é bom. Paulo afirma que no vinho há dissolução, ou seja, que a bebida alcoólica
leva o homem a atitudes descontroladas e desenfreadas.
Tendo isso em vista, o apóstolo, então, ordena
que a pessoa não beba álcool, mas sim, em um processo semelhante, se encha do
Espírito. Deve-se beber abundantemente do Espírito até o ponto de ser controlado
por ele. O resultado, nesse caso, é a manifestação do caráter, das ações e das
vontades do Espírito através da vida da pessoa. Aquele que é cheio do Espírito
está rendido à terceira pessoa da trindade.
Como alcançar isso? Como beber abundantemente do
Espírito? Paulo apresenta quatro atitudes que devemos ter para sermos cheios do
Espírito. São elas:
1. Falando
entre vós com salmos
A primeira atitude refere-se ao nosso falar.
Para sermos cheios do Espírito devemos falar palavras que
edifiquem as pessoas e, assim, glorifiquem a Deus. Essa
edifiquem as pessoas e, assim, glorifiquem a Deus. Essa
é
uma possível interpretação para “falando entre vós com salmos” (v.19). Para isso,
é necessário que efetuemos mudanças no nosso
vocabulário, de modo a adequá-lo a esse requisito. Paulo confirma essa idéia na
mesma carta aos Efésios: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e
sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim,
transmita graça aos que ouvem” (Ef
4.29). Uma fala pura, agradável e que acrescente
à vida do outro atrairá o Espírito Santo para nós.
Como tem sido o seu
falar? Ele tem edificado às pessoas?
2. Entoando e louvando de coração ao Senhor com
hinos e cânticos espirituais
A segunda atitude refere-se à nossa adoração a
Deus. “Entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos
espirituais” (v.19) se refere a cantarmos sincera e verdadeiramente a Deus músicas de louvor (sejam elas
compostas e ensaiadas, espontâneas, etc). Quando assim agimos, estamos nos
enchendo do Espírito. Isso significa que podemos ser cheios do Espírito ou não
dependendo de como participamos dos momentos de louvor nos quais nos
encontramos (nos cultos, no Núcleo Familiar, em casa, etc). Há aqui, então, um
forte chamado do Senhor para o adorarmos em espírito e em verdade (Jo 4.23,24)
e, assimf, termos jorrando de nós uma fonte de águas vivas (Jo 4.4-15).
Você tem adorado a Deus de coração nas oportunidades que tem tido para
isso?
3. Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai,
em nome de nosso Senhor Jesus Cristo
A terceira atitude refere-se a uma gratidão
constante a Deus. Dar graças sempre e por tudo atraíra o Espírito Santo para
nós. O contrário disso é murmuração e insatisfação. O grande exemplo bíblico de
murmuração e insatisfação e de como isso desagrada ao Senhor é o povo de Israel
em sua caminhada no deserto rumo à terra prometida (Êx 15.22-26; 16.1-12;
17.1-7). Toda murmuração é contra Deus (Êx 16.8). Sendo Deus o nosso Pai, ou
seja, aquele que cuida de nós, quando reclamamos de qualquer relacionada à
nossas vidas estamos nos dirigindo contra Ele. Isso, com certeza, afasta o Espírito
Santo de nós. Gratidão é algo tão importante para Deus que Jesus, ao curar dez
leprosos e ver apenas um voltando para agradecer-lhe, pergunta admirado: “Não eram dez os que foram curados? Onde
estão os nove? Não houve, porventura,
quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?” (Lc 17.17,18).
Você tem tido uma
constante atitude de gratidão a Deus?
4. Sujeitando-vos
uns aos outros no temor de Cristo
Como tem sido o seu relacionamento com as pessoas quanto à submissão e à
humildade?
CONCLUSÃO
E DESAFIOS
Das quatro atitudes para sermos cheios do
Espírito, três referem-se ao uso que podemos fazer da nossa língua (falar,
entoar e louvar, e dar graças) e duas dizem respeito aos nossos relacionamentos
(falar e sujeitar-se). A partir disso, podemos concluir que o sermos cheios do
Espírito está intimamente ligado com o modo como usamos nossas línguas e com a
maneira como conduzimos nossos relacionamentos. Isso determinará se seremos ou
não pessoas cheias do Espírito.
Alguns estudiosos afirmam que essas quatro atitudes
não são pré-requisitos para sermos cheios do Espírito, mas, sim, conseqüências
disso, ou seja, quem é cheio do Espírito tem essas atitudes. Isso também está
correto, a partir do momento em que, quando estamos cheios do Espírito, somos
estimulados por ele a agir dessas maneiras e não queremos perdê-lo fazendo o
que é contrário à sua vontade. O resultado final será o que podemos chamar de
circulo virtuoso (o contrário de círculo vicioso): ao agirmos conforme os
quatro tópicos seremos cheios do Espírito, ao sermos cheios do Espírito
agiremos conforme os quatros tópicos e assim por diante. Mantenha esse círculo
na ativa!
Você quer ser cheio do Espírito no seu dia-a-dia
cristão? Você quer manter e expandir a porção de Deus que você tem recebido?
Então se comprometa a:
1.
Falar palavras que edifiquem os outros;
2. Adorar ao Senhor de coração nas oportunidades
que tiver para isso;
3. Agradecer constantemente ao Senhor por sua vida;
4. Submeter-se humildemente ao seu próximo.
IGREJA BATISTA DO
CALVÁRIO – SÃO JOÃO DO PARAÍSO – MG
www.marcelooquadros.blogspot.com
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