A
conceituada revista HSM Management publicou na edição de outubro de 2002, na
página 106, um estudo segundo o qual 90% dos profissionais das mais diversas
áreas empregam o seu tempo em atividades inúteis.
Portanto, apenas 10% deles usam as horas de trabalho de forma
sensata e inteligente. O estudo da revista mostra também que:
-
30% dos executivos são proteladores;
-
20% não se comprometem seriamente;
-
40% são dispersivos;
-
apenas os já citados 10% são determinados.
Os
proteladores são aqueles que, embora executem fielmente as tarefas que
lhes
cabem, não conseguem ter iniciativa. Os que pouco se comprometem exibem muito
foco, mas baixo nível de energia. Os dispersivos são, de longe, o contingente
mais numeroso dentre os executivos estudados pela revista. São pessoas bem
intencionadas e com alto nível de energia, porém, carentes de foco, confundem
movimentação frenética com ação construtiva. Já os
determinados
têm grande energia e foco, esforçam-se mais que os colegas e, por isso, atingem
metais cruciais e de longo prazo mais frequentemente que os outros.
Destaca
a revista: "Os executivos determinados decidem primeiro aonde desejam
chegar e em seguida exploram os recursos externos, constroem redes de
influência e aprimoram suas habilidades de forma a atingir o objetivo que
visualizaram no prazo determinado".
Nas
organizações, a tendência humana à protelação só consegue levar a pior
quando
a hierarquia estabelecida exige prazos rígidos. Quando isso acontece, é como se
não houvesse mais a possibilidade de afrouxamento da ação esperada, mesmo que
uma eventual protelação pudesse ser aceitável em razão dos chamados motivos de
força maior. Então, diante dessa inflexibilidade, as pessoas desafiadas acabam
por extrair seu mais alto potencial e aceitam dobrar o desconforto porque não
há hipótese de não corresponder aos prazos previstos.
Somos
todos (ou quase todos) como o estudante que acaba deixando para fazer seus
trabalhos escolares na última hora. Assim funciona a nossa natureza. às vezes
temos oito dias para fazer determinado trabalho, mas vamos protelando até não
dar mais. Uma coisa é flexibilizar um compromisso por uma contingência
qualquer, outra é um superior hierárquico estabelecer que tal prazo não poderá
ser ultrapassado. O subordinado, então, terá de fazer das tripas coração para
atender à ordem. Essas pessoas encontram uma maneira de corresponder aos prazos
por serem pressionadas para isso. Será que também não teríamos condição de ser
os regentes de nossos prazos com medida e tempo certos?
É
como a clássica história do porco e da galinha. Quando me sirvo de um café da
manhã em estilo americano, vem à minha memória essa história bastante
conhecida. Num prato de ovos com bacon, a galinha entra com os ovos e o porco
com o bacon. No entanto, o único que se compromete nessa "parada" é
mesmo o porco, pois a galinha está remotamente envolvida. O porco,
literalmente, dá um pedaço de si. É o que acontece com a gente quando de fato
elege desafios nos processos de visualização com prazos e medidas.
Portanto,
meus caros e nobres colegas do IPGN, deixo a vocês uma simples e singela
pergunta para meditação:
O
EMPREENDEDOR É UM PORCO OU UMA GALINHA?
Um
super abraço,
Marco
Antônio
Tutor
IPGN
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