“Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em
celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais
do que elas? Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode
acrescentar um côvado à sua estatura? (…) Não vos inquieteis, pois, pelo
dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada
dia o seu mal” (Mateus 6.26-27,34).
Quando completou 38 anos de
ministério pastoral, este autor decidiu parar um tempo, para descanso,
estudo, viagens e escrever. Neste período foi morar na região de
Brasília, que ele e a esposa muito amam. Adotou um passatempo matinal.
Dava alpiste e painço aos pardais, em sua quadra. Punha-lhes água
fresca, numa tigela, aonde eles vinham beber e se banhar. Eram dezenas
de pardais. Na ocasião, escreveu três artigos sobre os pardais. Um deles
se intitulava “Deus cuida dos pardais (mas eu dou água e comida para
eles)”. Ao retornar ao pastorado, em outra cidade, acertou com a pessoa
que alugara sua casa que esta alimentaria os pardais.
Mudei-me para
Macapá, no Amapá. Moro em frente a uma área de preservação ambiental. À
frente da residência fica a mata. Sou acordado por bandos de
periquitos, às seis da manhã, ao raiar o sol. Na mata há araras, sabiás,
tucanos e macacos guaribas. Há um iguana que passa pelo teto de minha
casa e vai para a mata, todos os dias. Não entendi porque ele faz este
trajeto diário. Outro dia, saindo de carro, tive que esperar outro
iguana, de quase um metro, atravessar a rua.
Deus cuida dos pardais,
dos sabiás, dos tucanos, macacos e iguanas. Muitas vezes, como no caso
dos “meus” pardais, usa pessoas. Em outra usa outro método. Ele é
criativo e soberano. Faz como quer, quando quer, usa quem quer e não
explica como age. Mas ele cuida.
Vendo seu cuidado com a criação animal, é oportuno recordar a pergunta de Jesus: “Não valeis vós muito mais do que elas?”.
É
verdade que as necessidades dos animais são menores que as nossas. Mas
quantas de nossas necessidades são reais? Precisamos mesmo de um
computador novo a cada seis meses? Precisamos de um carro novo a cada
ano? Precisamos de mais um par de sapatos, só para combinar com aquela
bolsa ou aquela calça (das quais não precisávamos)? Há necessidades
legítimas, mas algumas são apenas manifestações de ambição e busca de
coisas pelo prazer de ter coisas. O cristão precisa saber ter e usar
coisas e não ser possuído e usado por elas. Pensar nas palavras de Jesus
ajuda a entender como deve ser nossa postura com as necessidades
humanas e a providência de Deus.
A primeira é que Deus pode nos usar
para cuidar dos outros. Muitos querem ser abençoados, mas não querem ser
abençoadores. Querem receber, mas não dar. Mas Jesus disse que dar é
mais enriquecedor que receber: “Em tudo vos dei o exemplo de que assim
trabalhando, é necessário socorrer os enfermos, recordando as palavras
do Senhor Jesus, porquanto ele mesmo disse: Coisa mais bem-aventurada é
dar do que receber” (At 20.35). Até cristãos, iludidos pela publicidade,
acham que a felicidade está em ter coisas. Jesus diz que ser útil traz
mais alegria. Quem deseja encontrar realização, não deve se preocupar
tanto com o que os outros podem fazer por si, mas em ser útil. E deve si
preocupar menos com o que Deus lhe dará (afinal, ele cuida, e cuida
bem!) e se preocupar com o que Deus pode fazer por sua vida. Os
missionários que estão nos campos, privando-se do conforto da
modernidade das grandes cidades, não estão frustrados. Estão realizadas
por estarem no centro da vontade de Deus. Deus cuida de você! Deixe sua
vida nas mãos dele e preocupe-se em ser um instrumento dele para ele
cuidar de outros. Deixe os cuidados com ele, e ofereça-se para ser útil
nas mãos dele.
A segunda é que não devemos viver ansiosos. Há pessoas
que se afligem tanto com os problemas do passado (que não existe mais) e
com os problemas do futuro (que ainda não chegou) que não desfrutam o
presente. É bom ser previdente e cuidar para o futuro. Jesus ensinou
isso: “Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se senta
primeiro a calcular as despesas, para ver se tem com que a acabar? Para
não acontecer que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo
acabar, todos os que a virem comecem a zombar dele, dizendo: Este homem
começou a edificar e não pode acabar” (Lc 14.28-30). Devemos planejar
para o futuro. Confiança em Deus não significa imprevidência, e sim que
não devemos nos angustiar pela vida material: “Não vos inquieteis, pois,
pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a
cada dia o seu mal”.
Como não viver ansiosos? Com uma visão correta
da vida material. Veja esta bela oração: “Duas coisas te peço; não mas
negues, antes que morra: Alonga de mim a falsidade e a mentira; não me
dês nem a pobreza nem a riqueza: dá-me só o pão que me é necessário;
para que eu de farto não te negue, e diga: Quem é o Senhor? ou,
empobrecendo, não venha a furtar, e profane o nome de Deus” (Pv 30.7-9).
A
terceira é que Deus é o Senhor da vida material. Ela cuida de nós, mas
tem direitos sobre nós. Não é um Papai Noel bonachão, que nos dá o que
queremos, se tivermos sido bons meninos. Ele é o Senhor. Devemos confiar
nele, ser honestos em nossos negócios e usar de integridade. O pacto
das igrejas batistas traz esta expressão: “a ser corretos em nossas
transações, fiéis em nossos compromissos, exemplares em nossa conduta e
ser diligentes nos trabalhos seculares”. Devemos ser honestos.
Deus
cuida, o que é excelente motivo para não nos afligirmos. Deus cuida
através de nós, excelente motivo para consagrarmos a vida ao seu
serviço.
Fonte: http://www.pibbvc.com.br
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