Introdução:
O
texto de hoje é uma advertência de Tiago a pessoas ricas. Nele, o autor bíblico
diz que os ricos deveriam chorar e se lamentar, pois uma desgraça cairia sobre
eles. Qual a causa disso? Os ricos estavam acumulando ilicitamente riquezas
para si, enquanto os pobres estavam sendo injustiçados, oprimidos e vivendo em
miséria. Isso não estava indiferente aos olhos do Senhor.
As
circunstâncias que envolvem esse texto bíblico, certamente, se repetem em nosso
contexto histórico. Em nosso país, pela injustiça e pela corrupção, os ricos
têm se tornado, a cada dia, mais ricos e os pobres mais pobres. Deus não está
indiferente a isso. Aliás, para Ele, dinheiro é um assunto de grande
importância. Ele está muito interessado como ganharmos e usamos o dinheiro e
quer nos orientar quanto a isso. Sendo assim, na lição de hoje, apontaremos
alguns princípio de Deus quanto ao dinheiro que estão presentes no texto de Tiago
5.1-6. Que o Senhor fale ao seu coração.
Desenvolvimento do ensino:
Texto-base: Tiago 5.1-6 (NVI)
Ouçam agora vocês, ricos! Chorem e lamentem-se, tendo
em vista a desgraça que lhes sobrevirá. A riqueza de vocês apodreceu, e as
traças corroeram as suas roupas. O ouro e a prata de vocês enferrujaram, e a
ferrugem deles testemunhará contra vocês e como fogo lhes devorará a carne.
Vocês acumularam bens nestes últimos dias. Vejam, o salário dos trabalhadores
que ceifaram os seus campos, e que vocês retiveram com fraude, está clamando
contra vocês. O lamento dos ceifeiros chegou aos ouvidos do Senhor dos
Exércitos. Vocês viveram luxuosamente na terra, desfrutando prazeres, e
fartaram-se de comida em dia de abate. Vocês têm condenado e matado o justo,
sem que ele ofereça resistência.
- As
riquezas e bens deste mundo são perecíveis e passageiros
Tiago
diz aos ricos que a riqueza deles apodreceu, que suas roupas foram corroídas
pelas traças e que o ouro e a prata deles enferrujaram (cf. Tg 5.2,3). Isso
aponta para o caráter perecível e passageiro das riquezas e bens deste mundo,
ou seja, podemos perder as riquezas e bens que temos ou podemos vir a ter. Não
temos garantia da posse perpétua deles. Sendo assim, não podemos depositar
neles nossa
confiança e segurança. Podemos tê-los em mãos hoje e, amanhã, não.
Sendo assim, não devemos investir toda ou o melhor de nossas vidas para
conquistá-los. Disse Jesus, em Mateus 6.19-20: “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem
destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros
nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não
arrombam nem furtam”.- Você tem
consciência do caráter perecível e passageiro das riquezas?
- Você tem
depositado sua confiança e seguranças nas riquezas?
- Você tem
investido toda ou o melhor de sua vida para conquistar riquezas?
- O
desperdício de riquezas e bens é pecado
Os
ricos a quem Tiago escreveu tinham muitas riquezas e bens guardados, enquanto
os pobres viviam em miséria. Conforme o primeiro ponto, essas riquezas e bens
se perderam, o que se caracterizou como um grande desperdício. Ao invés de
compartilharem um pouco de suas riquezas e bens com os pobres, de modo que suas
necessidades fossem saciadas, os ricos guardaram-nas egoisticamente para si e
elas terminaram por perecer. Por isso, conforme o texto bíblico, “a ferrugem deles testemunhará contra vocês e
como fogo lhes devorará a carne” (Tg 5.3). Isso queria dizer que aquele desperdício
de bens e riquezas era um mal testemunho contra os ricos, ou seja, era pecado
aos olhos de Deus e algo contra o qual ele se levantaria.
- Você tem
desperdiçado riquezas e bens que poderiam saciar as necessidades de outras
pessoas?
- O
acúmulo de riquezas e bens para exclusivo uso próprio é pecado
Os
ricos a quem Tiago escreveu estavam acumulando riquezas e bens apenas para o
uso próprio. Diz o texto que eles viviam luxuosamente, desfrutando de prazeres
e fartando-se de comida (cf. Tg 5.5), enquanto os pobres viviam em miséria.
Eram pessoas indiferentes e insensíveis às necessidades dos outros, alem de
egoístas. Tiago os exorta quanto a isso, pois, certamente, é pecado aos olhos
de Deus. Através da Parábola do Bom Samaritano (cf. Lc 10.25-37), Jesus ensina
que devemos estar atentos e sensíveis aos necessitados e compartilhar com eles
nossos recursos na medida de suas necessidades.
- Você tem
compartilhado suas riquezas e bens com outras pessoas?
- A
obtenção de riquezas e bens de maneira fraudulenta é pecado
Aos
olhos do Senhor, isso era pecado. No livro de Provérbios, há muitas
advertências e conselhos contra práticas fraudulentas. Eis alguns exemplos: “O Senhor detesta pesos adulterados, e
balanças falsificadas não o agradam” (20.23); “Melhor é o pobre íntegro em sua conduta do que o rico perverso em seu
caminho” (28.6).
- Cite
exemplos de fraude no ganhar dinheiro. Eis um exemplo muito comum: fraude
no imposto de renda, seja de pessoa física ou jurídica.
- Pare e
pense: você tem praticado alguma fraude para ganhar dinheiro?
Conclusão e Desafios:
Nesta
lição, aprendemos que:
- As riquezas e bens deste mundo são perecíveis e
passageiros. Por isso, não devemos depositar neles nossa confiança e
esperança, nem investir neles toda ou o melhor de nossas vidas;
- O desperdício de bens e riquezas é pecado, ainda
mais quando há pessoas necessitadas;
- O acúmulo de riquezas e bens para exclusivo uso
próprio é pecado;
- A obtenção de riquezas e bens de maneira
fraudulenta é pecado.
Tendo
em vista esses pontos, passe sua vida em revista e veja se você está caminhando
conforme a vontade do Senhor.
IGREJA BATISTA DO
CALVÁRIO – SÃO JOÃO DO PARAÍSO – MG
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