Introdução:
Na
lição de hoje, vamos iniciar o estudo do capítulo 2 da epístola de Tiago. Ele
pode ser dividido em duas partes, tendo em vista os dois temas que aborda. O
primeiro é sobre a imparcialidade que deve existir nos relacionamentos do
cristão, ou seja, o filho de Deus não deve fazer acepção de pessoas. O segundo
se refere ao binômio fé e obras, isto é, trata sobre como esses dois
fundamentais elementos do cristianismo devem se relacionar.
Nesta
semana, nos dedicaremos ao tema da imparcialidade. A prática da Palavra se
manifesta na maneira como tratamos as pessoas. Hernandes Dias Lopes diz que “Tiago
mostra que a maneira como nos comportamos com as pessoas indica o que realmente
nós cremos sobre Deus. Não podemos separar relacionamento humano de comunhão
divina. (...) podemos testar nossa fé pela maneira como nós tratamos as pessoas”.
Falar
sobre acepção de pessoas no contexto brasileiro é algo muito delicado. Vivemos
em uma sociedade que, veladamente em alguns momentos e explicitamente em
outros, trata as pessoas com parcialidade, principalmente tendo em vista a
condição sócio-econômica e a cor da pele. Que o Espírito Santo nos dê sabedoria
para conduzir essa lição e elimine esse mal do nosso meio.
Desenvolvimento do ensino:
Texto-base: Tiago 2.1-13 (NVI)
Leia
todo o texto com os presentes duas vezes. Esse é o que podemos chamar de texto
auto-explicativo. A idéia central está clara e é bem-desenvolvida pelo autor. Como
diria o teólogo Karl Barth, talvez sua simples leitura já fosse suficiente para
provocar impacto em nossos corações. Vamos destacar, entretanto, alguns pontos
que o texto nos oferece, buscando aplicações práticas a partir de
perguntas de
reflexão e desafios.
1. Não façam diferença entre as pessoas,
tratando-as com parcialidade
Através
desses versículos, Tiago quer ensinar a seus destinatários que o crente em
Cristo não deve fazer discriminação entre as pessoas, tratando algumas de
melhor maneira do que outras, tendo em vista diferenças existentes entre elas.
Nesse contexto, ele não está se referindo ao tratamento especial que podemos
dispensar a pessoas que nos são próximas ou queridas. Sua intenção é falar
sobre o tipo de tratamento que damos às pessoas no geral. Nesse âmbito, não
devemos fazer acepção de pessoas, favorecendo a uns e desprezando a outros a
partir de critérios discriminatórios. Que critérios podem ser esses? Condição
sócio-econômica, bens que se possui, cor da pele, aparência física, roupas que
se veste, nível cultural, “tribo” à qual se pertence, preferências musicais,
herança familiar, cargo ocupado em uma organização etc. Nosso tratamento às
pessoas não deve se basear nisso, mas, sim, ser imparcial.
- No contexto dos cristãos a quem Tiago escreveu, o
problema quanto ao tratamento parcial e discriminatório estava ligado à
condição econômica das pessoas, ou seja, os ricos eram bem-tratados por
causa do que tinham e os pobres eram mal-tratados pelo que não tinham. E
no contexto em que você está inserido (trabalho, escola, família, igreja, Núcleo
familiar)? Existe acepção de pessoas? Qual é o critério usado pelas
pessoas para tratar os outros com parcialidade?
- Você é parcial e discriminatório no seu trato com
as pessoas? Quais são os critérios que você usa para fazer isso?
2. Se tratarem os outros com
parcialidade, estarão cometendo pecado
Tratar
uma pessoa com parcialidade, a partir de qualquer critério, é pecado. Quem
assim age, não está cumprindo o segundo mandamento dado por Jesus, que fala do
amor ao próximo, sendo, assim, um transgressor da Lei de Cristo. Isso é tão
sério para Tiago que ele faz questão de dizer que aquele que tropeça em somente
um item da Lei é culpado como se a tivesse quebrado por inteiro, ou seja, se o
único erro de uma pessoa for fazer acepção de pessoas, mesmo que veladamente,
apenas no coração, ela estará cometendo um grande pecado diante de Deus, para o
qual é necessário arrependimento.
- Passe sua semana em revista: em que momento você
tratou alguém com parcialidade, tendo em vista a condição sócio-econômica,
a cor da pele ou qualquer outro critério?
- A acepção de pessoas é pecado, por isso,
reconheça onde ela está presente em sua vida e arrependa-se.
3. Seremos julgados pela lei da
liberdade
Todas
as nossas palavras e ações serão julgadas por Deus tendo em vista sua lei. Para
os cristãos, esse não será um julgamento de condenação à morte eterna, tendo em
vista que a salvação não é por obras, mas, sim, por fé. Nesse julgamento, serão
incluídos os pecados de acepção de pessoas, os quais são considerados, por
Tiago, como ações sem misericórdia para com o próximo. Segundo o irmão de
Jesus, para essas ações também haverá um julgamento sem misericórdia.
Conclusão e Desafios:
Nesta
lição, aprendemos que:
·
Não devemos fazer
acepção de pessoas a partir de critérios discriminatórios, tais como, condição
sócio-econômica, cor da pele, etc;
·
A acepção de
pessoas é pecado, pois é uma ação que está na contramão do segundo grande
mandamento (amar ao próximo como a si mesmo);
·
A acepção de
pessoas é uma ação que não expressa misericórdia e, como tal, também será
julgada sem misericórdia.
- A
Palavra de Deus diz que ele, ao se voltar amorosamente para a humanidade,
não fez acepção de pessoas, tendo preferência por determinados tipos de
pessoas. Atos 10.34,35 diz: “Então, 1. Peça ao Espírito Santo para sondar o seu coração e te revelar isso;2. Peça ao Espírito Santo para quebrantar o seu coração quanto a isso e fazer com que você reconheça, confesse e abandone esse pecado;3. Peça ao Espírito Santo para batizar o seu coração de amor de modo que você consiga cumprir o segundo grande mandamento para com aqueles que você trata com parcialidade.4.
- falou Pedro, dizendo:
Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; pelo
contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é
aceitável. Romanos 2.11 também diz: ”Porque
para com Deus não há acepção de pessoas”.
- Se Deus assim agiu, não devemos nós, como seus filhos, imitá-lo?
Nesta semana, então, fique atento aos seguintes desafios:
5. Avalie, em todo o tempo, suas atitudes e sentimentos para com as pessoas e veja em que momentos surge a acepção de pessoas. Lembre-se de que vários podem ser os seus critérios para fazer isso, não apenas os citados na lição. Alguns deles podem ser bem sutis. Você pode, por exemplo, discriminar pessoas que você percebe ou considera menos inteligentes do que você. - falou Pedro, dizendo:
Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; pelo
contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é
aceitável. Romanos 2.11 também diz: ”Porque
para com Deus não há acepção de pessoas”.
- IGREJA BATISTA DO CALVÁRIO – SÃO JOÃO DO PARAÍSO – MGwww.ibatistacalvario.com.br
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