INTRODUÇÃO
O relativismo é uma das marcas dos tempos atuais. Seu
principal slogan é: “tudo é relativo”. Seu principal dito popular: “futebol, política
e religião não se discuti; cada um tem a sua opinião”. O relativismo nega que a
verdade exista de forma absoluta. Defende que cada indivíduo pode ter a sua
própria verdade. O que é certo para um não necessariamente será certo para
outro. O que é errado para um não necessariamente será errado para outro. Não
há um marco-referencial a partir do qual se determina o que é certo e o que é
errado. A vontade do indivíduo é o seu marco-referencial próprio. Suas
preferências e desejos são sua bússola. A partir de si mesmo ele determina o
que é verdadeiro.
Nesse ambiente, a Bíblia se coloca como um agente
confrontador. Ela reconhece que, para certas questões, não existe uma resposta
apenas, ou seja, aceita a qualidade de relativo para alguns aspectos da vida.
Entretanto, afirma com veemência, ao longo de suas
páginas, que existem verdades absolutas, as quais são irrevogáveis. Essas
verdades têm sua origem em Deus, o criador de tudo o que existe. A Bíblia diz,
em Tiago 4.12, que “um só é Legislador”. Deus é aquele que cria e
estabelece as leis (verdades) que regem a criação.
O homem atual
(também chamado de pós-moderno) rejeita a fé cristã por esta afirmar e
defender verdades absolutas.
A Bíblia diz em
2Timóteo 4.3,4.
Em conformidade
com o que foi escrito acima, esse texto nos diz que há homens que não
suportam a verdade, a rejeitam, preferindo seguir o que ensinem o que está de acordo com seus desejos.
Por isso, procuram por mestres que eles querem ouvir. Não suportam o confronto.
São relativistas.
Em Romanos 1.18
também está escrito:
Segundo esse texto, há homens ímpios e
perversos que impedem o progredir da verdade, preferindo a injustiça. Essa é
uma descrição do homem caído e perdido, que está destituído da glória de Deus e
rebelde em relação à sua vontade.
Rm 3.23
DESENVOLVIMENTO DO ENSINO
Texto-base: João 14.6
Eu sou o
caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.
Contrariando as tendências do presente, essa afirmação
de Jesus tem como característica marcante ser absoluta. Jesus não utiliza
artigos indefinidos, dizendo “eu sou um caminho, uma verdade...”.
De maneira definida e precisa ele diz “eu sou o
caminho, a verdade
e a vida”. Não há outras possibilidades. Não há relativismo. Ele é o
único meio, a única maneira de se chegar a Deus. Ele é a única verdade no que
se refere à religiosidade e espiritualidade. Ele é a única fonte de vida.
Em uma realidade tão plural no que se refere às
religiões, essa declaração pode aparentar presunção e intolerância. Mas Jesus,
de alguma maneira, não está falando de religiões e igrejas. Ele está falando de
uma pessoa, de si mesmo, sobre um envolvimento com ele. Ele é o filho de Deus,
enviado pelo Pai para reconciliar o mundo com ele.
Em 1Timóteo 2.5 está escrito:
Sendo assim, aquele que está em Cristo, aquele que
nele crê, está reconciliado com Deus, em paz com Ele. Rm 5.1, e pode
desfrutar a vida eterna.
João 3.36 diz:
Além desse, há outro aspecto que o presente texto nos
ensina. Jesus declara ser a verdade. Em outras palavras, ele diz ser o
marco-referencial a partir do qual a vida dos homens deve se orientar. Essa
afirmação é um convite, um desafio, para que os homens, crentes nele ou não,
deixem de orientar suas vidas tendo a si mesmos como referência; parem de
declarar e defender as suas verdades. É uma chamada à submissão a ele. Que
deixemos de lado as nossas opiniões e preferências e abracemos a sua vontade.
Que dirijamos nossas vidas de acordo com a sua verdade. Essa é a
única maneira de termos uma vida
que realmente valha a pena.
Jo 10.10
CONCLUSÃO E DESAFIOS
“Eu sou o caminho, a verdade
e a vida” traz desafios para todos nós, tanto para crentes quanto para
não-crentes.
Para os
não-crentes, o desafio de reconhecer que Jesus é o único meio de salvação e
reconciliação com Deus.
Em Atos 4.12 está escrito: “E não há
salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro
nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”.
Para os crentes, o desafio
de reconhecer que Jesus é o marco-referencial a partir do qual devemos dirigir
nossas vidas. Ele é o nosso padrão e modelo. Sua palavra (a Bíblia) é nosso
manual. Devemos nos submeter a ela, nos conformando, assim, à vontade dele.
Todas as nossas decisões e escolhas devem estar baseadas nela. Todos os nossos
pensamentos e opiniões devem estar de acordo com os dele.
Tanto para o primeiro quanto
para o segundo desafios, a grande questão envolvida é a submissão da vontade a
Cristo, deixando de lado o que é propriamente nosso. Que o Espírito Santo nos
ajude a reconhecer que Ele é o caminho, a verdade e a vida em todos os
aspectos.
IGREJA BATISTA DO CALVÁRIO – SÃO JOÃO DO PARAÍSO
– MG
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