Deus, em suas imensuráveis sabedoria e soberania, tem o
poder de utilizar dos mais diversos tipos de homens; desde aqueles simples,
dando-lhes capacidade e sabedoria, como Pedro e John Bunyan, até os mais
estudados e cultos, dando-lhes a humildade e o desapego, como Paulo e Martyn
Lloyd-Jones. Lloyd-Jones, embora cometesse erros, assim como os demais citados,
pode nos ensinar muitas coisas em seu exemplo de vida.
David Martyn Lloyd-Jones nasceu em Cardiff, Gales
Meridional, em 20 de dezembro de 1899, filho de Henry e Magdalena Lloyd-Jones.
Seu pai era dono de uma mercenária e, além de Martyn, tinha dois filhos –
Harold, que morreu na pandemia de gripe de 1918, e Vincent, que se tornou um
juiz da alta corte. Lloyd-Jones, juntamente com sua família, morou em Gales até
que as dificuldades financeiras os levaram a Londres, em 1914, onde ele
terminou seus estudos escolares e se graduou em medicina, com apenas vinte e um
anos de idade, em um dos melhores hospitais-escolas daquela época.
Ainda quando terminava seus estudos, Lloyd-Jones chamou a
atenção de Sir Thomas Horder, o médico do rei, de quem mais tarde, em 1921, se
tornou assistente. Com isso sua carreira na medicina era
sucesso garantido. Mais tarde, Sir James Paterson Ross, presidente da Real Escola de Cirurgiões, disse que Martyn Lloyd-Jones era “um dos mais excelentes clínicos já encontrados por ele”.
sucesso garantido. Mais tarde, Sir James Paterson Ross, presidente da Real Escola de Cirurgiões, disse que Martyn Lloyd-Jones era “um dos mais excelentes clínicos já encontrados por ele”.
Mesmo assim, em 1926, o Dr. Lloyd-Jones anunciou que estava
deixando a medicina para ser pregador do Salão Missionário de Sandfields, em
Aberavon, Porto Talbot, Gales Meridional. Martyn Lloyd-Jones não tinha feito
faculdade de teologia nem buscava um salário recompensador. Ele trocou a Rua
Harley (a “Meca” da medicina, onde trabalhava com Sir Horder) por 225 libras
por ano e uma pequena casa em Gales. Não houve outro motivo além do chamado de
Deus para ele fazer essa troca.
Porém a resposta a esse chamado de Deus não foi fácil, tanto
por seu amor a medicina quanto pelas dúvidas que sua noiva, Bethan Phillips,
tinha sobre ele alterar a direção de sua vida. Mesmo assim, mais tarde, ele
disse: “Não renunciei a coisa
alguma; recebi tudo. Considero a mais alta honra que Deus pode conferir a
qualquer homem chamá-lo para ser arauto do evangelho”.
Em 1927, Martyn Lloyd-Jones se casou com Bethan Phillips,
sua companheira pelo resto da vida, com quem teve duas filhas, Elizabeth e Ann.
Logo após o casamento, eles seguiram para Sandfields, em Aberavon.
Em 1938, D. M. Lloyd-Jones concordou em ser assistente do
Dr. Campbell Morgan, na Capela de Westminster, Londres. Ele permaneceu ali como
ministro até 1968 e então se tornou um pregador itinerante até a idade de
oitenta anos.
Desde a década de 1950, muitos dos sermões de David Martyn
Lloyd-Jones foram gravados e, por meio da Fundação
Martyn Lloyd-Jones de Gravações (MLJ Recordings Trust), e outros
sites, podemos ouvir aos áudios originais até hoje. Lloyd-Jones era receoso
quanto à circulação de seus sermões gravados, por temer o seu mau uso.
Até seus quase sessenta anos, Martyn Lloyd-Jones publicou
relativamente poucos livros, isso porque ele via a pregação como sua vocação,
não a produção de literatura. Foi quando, com alguma reluta, começaram a
publicar seus sermões em forma de livros.
A paz da certeza de salvação e de que essa salvação veio
unicamente de Deus o acompanhou até seus últimos dias. Alguns meses antes de
sua morte, disse, ao ler resenhas das biografias de dois incrédulos: “Por que Deus quis olhar para
mim? Por que eu, em contraste com esses homens e o desespero em que eles
morreram?”.
Lloyd-Jones pregou pela última vez em oito de junho de 1980,
na Capela Batista Barcombe. E morreu, durante seu sono, em primeiro de março de
1981, em Ealing, oeste de Londres.
Ninguém jamais terá uma concepção verdadeira
do ensino bíblico sobre a redenção,
se não possuir clareza de entendimento
sobre a doutrina bíblica do pecado.
do ensino bíblico sobre a redenção,
se não possuir clareza de entendimento
sobre a doutrina bíblica do pecado.
- D. M. Lloyd-Jones
Fonte: a Palavra Prudente
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